TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
DADOS DE TESTE: REVISTAS CARRO E QUATRO RODAS (ESPAÇO INTERNO)
Em oito anos de carreira no Brasil, o Kia Cerato quase amadureceu. De um sedã com design sem sal na primeira geração, ainda era um médio-compacto quando chegou à sua segunda carroceria, com um estilo bem atraente, criado pelo alemão Peter Schreyer. Apesar dos cantos vivos, foi responsável por revolucionar a identidade da marca sul-coreana.
Nesta terceira edição, lançada aqui no ano passado, o Cerato cresceu e agora pode ser classificado como um sedã médio. Ganhou curvas nas linhas, faróis, lanternas e painel interno, além de uma grade mais imponente. Mas o que impediu o amadurecimento completo foi o motor.
Manteve o mesmo 1.6 Flex usado no estranho compacto Soul e também no Hyundai HB20, que rende no máximo 128 cavalos. Por isso, a ambição de ter um desempenho melhor ou igual que o Toyota Corolla, Honda Civic e companhia ficou comprometida.
O Cerato tinha tudo para fazer frente aos sedãs médios na faixa de 4,60m de comprimento (o Cerato tem 4,56m), mas com este motor não dá para enfrentar os rivais 2.0 ou 1.6 turbo (como é o caso do Citroën C4). Só vendeu 268 unidades em junho, segundo a Fenabrave.
Como ninguém vai preterir o Cerato por um chinês da JAC (o J5), o Fiat Linea está muito velho e o Honda City ganhará nova geração em breve, decidi realizar o sonho da Kia e compará-lo com o Corolla. Mas o oponente estará na versão básica, a GLi, com motor 1.8.