Em março, eu apresentei fotos e informações da nova geração do já tradicional Jeep Grand Cherokee, que chega ao quinto capítulo da sua história. Só que este capítulo foi dividido em dois. Primeiro foi mostrada a inédita variação L, uma versão mais longa de sete lugares, reduzida para seis em um acabamento mais luxuoso. E foi este derivado mais longo que o texto de março mostrou em detalhes

Agora foi apresentada a versão convencional de cinco lugares, a verdadeira quinta geração do Grand Cherokee, que sempre foi o carro preferido dos jogadores de futebol. A ideia era não falar do modelo, pois eu acreditava que ser apenas uma versão meramente mais curta. No máximo, faria uma atualização no texto original. Acontece que o Jeep Grand Cherokee de cinco lugares é praticamente um outro carro, lembrando muito o Commander recém-lançado no Brasil, comparado ao Compass. 

Pra começar, a caída do teto é diferente. No Grand Cherokee L, o pilar de sustentação do teto vem da linha de cintura e a lateral lembra o Compass. Já no Grand Cherokee normal, o pilar nasce no teto, que tem cor contrastante da carroceria em algumas versões. Faróis e lanternas traseiras são ligeiramente diferentes. O Grand Cherokee normal tem faróis e grade mais escurecidos e as lanternas são ligadas uma a outra, diferentemente do L, que tem uma traseira mais limpa. 


O Grand Cherokee curto tem 4,91 metros de comprimento e 2,96 m de distância entre-eixos. O L tem 5,20 metros e 3,09 m, respectivamente. A largura é de 1,97 m e a altura, 1,80 m, um centímetro mais largo e 1 cm mais baixo que a versão longa. Quanto à capacidade de enfrentar terrenos acidentados, o Grand Cherokee convencional tem altura em relação ao solo de 28,7 cm com a suspensão pneumática Quadra-Link e pode atravessar terrenos alagados de até 61 cm de profundidade. Mas seu ângulo de entrada é baixo, tendo apenas 20,5º, com 26,6º de saída.



O interior tem o mesmo estilo do Grand Cherokee L, com o quadro de instrumentos eletrônico e a tela de 10,1 polegadas do sistema U Connect 5 abaixo das saídas de ar horizontais, mas levemente flutuantes. A diferença é que o Grand Cherokee tem outra tela de 10,2 polegadas para o passageiro da frente, lembrando aqueles instrumentos digitais dos modelos da Ferrari, que além do Cherokee, só o Grand Wagoneer tem. E esta tela multimídia para o carona do Grand Cherokee (por enquanto, o L não tem) reproduz o Fire TV da Amazon, assim como nas telas de 10,3 polegadas instaladas atrás dos bancos dianteiros, também presentes só no Grand Wagoneer. 



O Grand Cherokee também tem projeção de informações no para-brisa com área de 10 polegadas, muitos assistentes de condução como sistema de visão noturna, visão por câmeras 360º e assistente de direção, que praticamente permite que o carro ande sozinho, associando o controle de velocidade com o sistema de manutenção em faixa (obviamente, o sistema não está disponível no Brasil e nem na Europa). Ele também tem abertura das portas por gesto, assentos da primeira e segunda fila aquecidos e ventilados, ajuste elétrico e massagem nos bancos dianteiros, iluminação ambiente de cinco cores, som McIntosh de 19 alto-falantes, teto solar simples ou panorâmico, câmera para vigiar crianças na segunda fila, 12 portas USB e dois carregadores por indução.


Na motorização, a quinta geração do tradicional SUV da Jeep terá propulsores V6, V8 e híbrida recarregável. No ano que vem ou depois terá um totalmente elétrico. O de seis cilindros em V é o Pentastar 3.6, que entrega 293 cavalos de potência e 353 Nm de torque, com capacidade de reboque de até 2.812 kg. O Hemi V8 tem 5.7 litros de volume, rende 357 cv, 528 Nm e pode rebocar até 3.265 kg. Ambos os motores possuem desligamento parcial dos cilindros e são acoplados à transmissão automática Torque Flite de oito velocidades.


Já a versão híbrida, chamada 4xe, combina um Hurricane 2.0 turbo com dois motores elétricos traseiros e a mesma transmissão automática de oito marchas das versões a gasolina. A potência combinada é de 380 cavalos e o torque 64,7 kgfm. A autonomia no modo elétrico é de apenas 40 quilômetros chegando a 708 km com o motor a gasolina, cujo consumo médio é de 24,2 km/l. A bateria é de 17 kWh. 


A exemplo dos cilindros do motor, a tração também desliga o eixo dianteiro caso o sistema 4x4 não seja necessário. A tração nas quatro rodas é reativada automaticamente assim que o veículo detecta que ela é necessária. São três tipos de tração: Quadra-Trac I, Quadra-Trac II e Quadra-Drive II. As duas últimas têm redutora e a Quadra-Drive II bloqueio eletrônico de diferencial traseiro. Há também o seletor de terreno, que ajusta o veículo em pisos como Pedra, Neve, Lama ou Areia e também automático e esportivo.


O novo Grand Cherokee terá, nos Estados Unidos, as versões de acabamento Limited, Trailhawk, Overland, Summit e Summit Reserve. Diferente da versão L ou do Wagoneer, é presença certa no Brasil a partir do ano que vem. 


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO