A Ferrari já se adaptou aos novos tempos com carros híbridos, um SUV e, em breve, terá um totalmente elétrico. Mas ainda aposta em um esportivo tradicional, com motor V12 aspirado, que deve ser o último de sua história (o motor, claro). O nome não poderia ser mais original: 12Cilindri, que vai substituir o 812 Superfast.
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| Ferrari 812 Superfast |
O 12Cilindri tem as linhas habituais dos cupês da Ferrari mais recentes. Há saliências no capô longo e na coluna lateral traseira, dando continuidade às linhas das caixas das rodas de 21 polegadas, dando um certo ar musculoso ao carro. Mas o que chama atenção e dá personalidade ao novo modelo é a frente baixa, reta e bicuda, com um aplique negro na ponta do capô, entre os faróis retangulares, também escurecidos, lembrando a 365 GTB/4 Daytona de 1967. As luzes diurnas de LED estão numa linha abaixo dos faróis e que se estende, mescladas com friso cromado, até a lateral.
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| Ferrari 365 GTB/4 Daytona |
O teto e a tampa traseira são de vidro, mas são separados pela carenagem. As lanternas estão embutidas no friso traseiro e acendem em dois pares de linhas nas extremidades, onde estão os dois aerofólios móveis independentes do central. O escapamento duplo é retangular e está disfarçado nos cantos do para-choque bem robusto.
O 12Cilindri foi apresentado também na versão roadster, na qual a traseira é diferente, sem vidro na tampa do porta-malas. Nesta versão, que tem capota rígida retrátil eletricamente em 14 segundos a até 45 km/h, a capacidade do bagageiro é de 200 litros, enquanto que no cupê é de 270 litros. O roadster tem apenas duas saliências longas nas extremidades, fazendo o papel de santoantônio.
O novo esportivo da Ferrari mede 4,73 metros de comprimento, 2,18 m de largura (incluindo os retrovisores), 1,29 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos.
O luxuoso interior traz o painel dividido em dois gabinetes que incorporam as saídas de ar, formando um duplo cockpit. Um, de formato triangular, para o quadro de instrumentos eletrônico, de 15,6 polegadas, no lado do motorista, e outro, mais achatado, para a tela horizontal de informações para o passageiro. Abaixo, fica a tela multimídia central de 10,25 polegadas. O volante tem três braços e base reta, além de diversos botões, entre eles o dos modos de condução. Os dois únicos bancos têm formato de concha. O revestimento é em Alcantara misturado a poliéster reciclado.
O tão falado motor V12, que dá nome ao esportivo, tem 6.5 litros de capacidade cúbica e 830 cavalos e vai montado entre o centro e a dianteira. Sem turbo ou hibridização, é uma evolução da família F140HD usado desde o Enzo em 2002. Também esteve presente no antecessor 812 Superfast e atualmente equipa até o SUV Purosangue. A potência máxima é atingida a 9.250 rotações, mas a injeção já é cortada a 9.500 rpm. O torque máximo é de 69,1 kgfm a 7.250 rpm. Para proporcionar essa potência e reduzir o peso, as bielas são de titânio e os pistões de liga de alumínio forjado.
O câmbio é automatizado de dupla embreagem e oito velocidades. As rodas traseiras são direcionais. O controle de estabilidade tem a função Side Slip Control (SSC) que ajuda a fazer as curvas com um certo grau de sobreviragem. Os freios são do tipo by wire, no qual a bomba de freio convencional é substituída por um sensor que mede a pressão da pisada no pedal e envia um sinal semelhante ao sistema hidráulico para parar o carro.
O 12 Cilindri Coupé acelera de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos, enquanto o Spider leva 3 segundos. Até os 200 km/h o cupê vai em 7,9 segundos e o spider em 8,3 segundos. A velocidade máxima é de 340 km/h para as duas versões.
O preço na Itália começará em 395 mil euros, cerca de R$ 2,338 milhões. A versão Spider começará em 435 mil euros (R$ 2,575 milhões). As primeiras entregas do cupê serão até o final deste ano. Quem preferir a Spider, vai ter que esperar até 2025.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
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