As picapes médias no Brasil já merecem ser chamadas de full-size. Tamanho crescimento que tiveram nos últimos vinte anos. Só para se ter uma ideia, a "compacta" Fiat Toro tem o mesmo porte da primeira geração da S10 lançada por aqui. Hoje esta mede 5,41m de comprimento, 2,13m de largura e 1,84m de altura. Mas em 1995, tinha 4,85m, 1,88m e 1,70m. A Toro tem 4,92m, 1,84m e 1,74m.
Só não chamamos ainda porque temos em nosso mercado a Ram, antiga Dodge. Se estou chamando esses utilitários de picapes médias é simplesmente por força do hábito.
Contudo, na renovação pela qual todas passaram recentemente, o momento é das asiáticas, que mudaram toda a estrutura. A Toyota Hilux foi a primeira a ganhar nova geração no final de 2015. Ano passado foi a vez da Mitsubishi L200 Triton, que ganhou o sobrenome Sport. E este ano foi lançada a nova Nissan Frontier.
Já as picapes ocidentais ganharam apenas face-lifts. Chevrolet S10 e Ford Ranger mudaram com mais vigor na frente, atualizando o seu estilo ainda moderno e incorporando novos equipamentos como sistema multimídia, alerta de colisão e de mudança de faixa de rolamento. A Volkswagen Amarok praticamente não mudou por fora e tem a carroceria mais antiga do segmento. Mas ganhou novo painel interno.
Aproveitando esse momento de mudanças, reuni as seis picapes médias (ou full size, se preferir) do mercado, comparando-as nas versões completas, equipadas com motor a diesel, tração 4x4 e câmbio automático: Toyota Hilux 2.7 SRX, Mitsubishi L200 Triton Sport HPE Top 2.4, Nissan Frontier LE 2.3 (versão única), Chevrolet S10 High Country 2.8, Ford Ranger Limited 3.2 e Volkswagen Amarok Highline 2.0 TDI.
No mercado há um equilíbrio entre asiáticas e ocidentais, com a liderança estando nas mãos da Hilux. Mas aqui no comparativo, uma ocidental deu o troco. E não foi a Ranger, vencedora do último comparativo, de 2013. Leia para saber quem foi.
Embora tenha vencido um quesito e ficado quatro vezes em segundo lugar, a Toyota Hilux ficou na sexta e última posição geral. Sua caçamba de 1.360 litros é a mais volumosa. A japonesa fabricada na Argentina também foi bem na soma de percursos do consumo de 10 km/l na cidade e 12 km/l na estrada (22 km/l), na frenagem de 29,9 metros a 80 km/h e no ângulo de ataque de 31º, com vão livre de 28,6 cm, perdendo apenas para, respectivamente, a Amarok, L200 Triton e Nissan Frontier.
No acabamento ficou em segundo junto com quatro concorrentes: Ranger, Amarok, Frontier e L200. Tem boa montagem, mas todas perderam para a S10 porque não possuem pelo menos uma parte emborrachada no painel, como a picape da Chevrolet. Todos os seus plásticos são duros.
Na lista de equipamentos ficou em terceiro, graças a falhas da Chevrolet, Nissan e Volkswagen, que não disponibilizaram mais airbags em suas picapes. A Amarok não tem airbags de cortina e Frontier e S10 trazem apenas os frontais obrigatórios.
A Hilux SRX tem ar condicionado digital de duas zonas, bancos dianteiros com regulagem elétrica, sistema multimídia, entrada sem chave e botão de partida, piloto automático, câmera de ré, controles de tração e estabilidade e controle automático de descida e subida. Boa parte desses itens as outras concorrentes também têm, mas a Toyota traz airbags laterais e de joelhos, televisão e sistema ECO, que ajuda a economizar combustível.
A Toyota também ficou em terceiro no câmbio automático de seis marchas, como a Ranger e a S10, no estilo reto e desajeitado, atrás das conterrâneas japonesas, e no nível de ruído de 67,2 decibéis a 120 km/h, empatada tecnicamente com a S10.
O que empurrou a Hilux para baixo da tabela foram o preço de R$ 190.290 pedidos pela versão SRX (somente na cor branca, porque com outras cores ela custa R$ 192.570), os 177 cavalos da versão 2.8 turbodiesel, o desempenho fraco (aceleração de 0 a 100 km/h em 13,9 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 10,3 segundos) e a menor rede de concessionárias da Toyota (são 132). O espaço interno só não foi o mais apertado porque empatou com a Amarok, único modelo que a Hilux superou na suspensão (interpretando avaliação da revista Car and Driver), que faz os passageiros de trás pularem em terrenos acidentados.
No mercado a Toyota Hilux tem superado a Chevrolet S10 em vendas, mesmo sendo a mais cara. Mérito da força da marca Toyota, porque aqui no comparativo o resultado foi bem diferente.
A melhor lista de equipamentos, beneficiada pela mancada da Chevrolet por não oferecer airbags laterais, foi a única vitória da Ford Ranger no comparativo. Com as tais bolsas e mais cortina e joelho para o motorista, ela também traz piloto automático adaptativo e sistema de permanência em faixa. Também não faltaram assistente de partida em rampa, sistema multimídia com tela de 8 polegadas, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, banco do motorista com ajuste elétrico, ar condicionado digital, direção elétrica e gancho ISOFIX. Mas o seu preço de R$ 185.190 (somente na cor branca) é o segundo mais caro, sendo mais barato apenas que a Hilux. Com outras cores, o valor sobe para R$ 186.490.
A Ranger se saiu bem na potência do motor Duratorq 3.2. Tem os mesmos 200 cavalos da S10, mas perde no desempate porque a Chevrolet é 2.8. Esta também se destacou no acabamento, deixando todas as concorrentes com o segundo lugar.
O câmbio automático de seis marchas da Ranger é similar ao da S10 e da Hilux e ambas ficam atrás das sete marchas da Frontier e das oito da Amarok. O desempenho é mediano: aceleração de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 8,7 segundos. O conforto de rodagem só fica atrás Frontier e da L200. A caçamba tem 1.180 litros de capacidade, inferior a da Hilux e da Amarok. O espaço interno, empatado com a L200, fica atrás da Frontier e S10. Finalmente, a rede de 374 concessionárias da Ford fica atrás da Volkswagen e Chevrolet.
Com tantos resultados medianos e alguns inferiores (apenas um quarto lugar no consumo de 9,1 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada e um último lugar no ângulo de entrada de 28º, o que torna a picape da Ford mais urbana), a Ranger acabou ficando em penúltimo lugar geral, perdendo no desempate de vitórias para a Mitsubishi L200.
Três quintos lugares (no preço, no ruído de 68,7 decibéis a 120 km/h e no estilo já um pouco cansado - a grade do face-lift e os faróis acabaram envelhecendo-a em vez de rejuvenescê-la) também colaboraram para tornar a Ranger a pior entre as picapes ocidentais.
Uma das duas únicas picapes deste comparativo fabricadas no Brasil (única das marcas japonesas), ao lado da Chevrolet S10, a Mitsubishi L200 Triton Sport é a de estilo mais atraente e também a de melhor frenagem (para a 80 km/h em 28,8 metros). Também tem bom nível de ruído (66,6 decibéis a 120 km/h, pela Quatro Rodas, perdendo apenas para a Amarok, cujo dado vem da Car and Driver) e boa suspensão, ficando apenas atrás da Frontier.
Na versão HPE com pacote tecnológico completo é equipada com acionamento automático do limpador do para-brisa e dos faróis, ar-condicionado automático de duas zonas, auxílio para saída em rampa, bancos revestidos em couro, controlador de velocidade, controle eletrônico de estabilidade e tração, diferencial traseiro autobloqueante, estribos laterais, faróis de neblina, fixações Isofix para cadeiras infantis, freios com freios antitravamento (ABS) e assistência adicional em emergência, grade e maçanetas externas cromadas, rodas de alumínio de 16 pol, sistema de áudio com CD/DVD, navegador e tela tátil de 7 pol, tração temporária nas quatro rodas com reduzida, transmissão automática com controles de marchas junto ao volante, volante com ajuste de altura e distância e controles de áudio, assistente de direção com reboque, banco do motorista com ajustes elétricos, bolsas infláveis laterais dianteiras, de joelhos do motorista e de cortina, câmera traseira de manobras, chave presencial para acesso ao interior, faróis bixenônio com lavadores e leds para luz diurna, sensores de estacionamento traseiros. assistente de direção com reboque, banco do motorista com ajustes elétricos, bolsas infláveis laterais dianteiras, de joelhos do motorista e de cortina, câmera traseira de manobras, chave presencial para acesso ao interior, faróis bixenônio com lavadores e leds para luz diurna, sensores de estacionamento traseiros. É a segunda melhor lista, perdendo apenas para a Ford Ranger Limited.
O preço de R$ 174.990 só fica atrás da Frontier e da Amarok Highline. Também em terceiro lugar ficou o espaço interno. Só que este dividido com a Ranger.
Resultados medianos como os 190 cavalos na potência do motor turbodiesel 2.4 (ficou atrás da Frontier, que é 2.3). volume da caçamba (1.061 litros) e assistência (190 concessionárias), o desempenho e o ângulo de entrada entre os piores e o último lugar no câmbio automático de cinco marchas e o consumo (9 km/l e 11,5 km/l), ajudaram a L200 Triton a ficar em quarto lugar no comparativo, melhor apenas que a Ford Ranger (a quem superou no número de vitórias) e a Toyota Hilux.
3º Volkswagen Amarok Highline 2.0 TDI
Com a carroceria mais antiga do comparativo (foi lançada no Brasil em 2010) e um face-lift quase imperceptível, a Amarok conseguiu um heroico terceiro lugar. Ficaria em segundo se não tivesse empatado em pontos e vitórias (quatro) com a Nissan Frontier, que obteve quatro segundos lugares contra três da picape da Volkswagen.
No teste da revista Car and Driver, a Amarok se destacou no consumo somado de 23,6 km/l (9,1 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada) e no ruído de 63 decibéis a 120 km/h. O câmbio automático de oito marchas é o melhor das seis e a Volkswagen é a que tem maior número de concessionárias: 619.
A Amarok é a segunda mais barata. Na versão Highline (não considerei a Extreme por ser uma série especial mais cara com os mesmos equipamentos) custa R$ 168.990. Com rodas de 19 polegadas e pneus regulares, o preço pula para R$ 171.370.
A lista de equipamentos da Amarok Highline tem ar condicionado digital dual zone, direção hidráulica, bancos em couro com regulagem elétrica para os dianteiros, controle de descida, assistente de partida em rampa, sistema multimídia com navegador, gancho ISOFIX, piloto automático, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e câmera de ré. Fica em quarto lugar porque a Volkswagen não oferece airbags de cortina.
Voltando a falar dos bons resultados, além do preço, a Amarok também ficou em segundo lugar na caçamba de 1.280 litros.
O desempenho (aceleração de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 9 segundos) e ângulo de entrada de 30º, com área livre do solo de 24 cm, que lhe deu vantagem no desempate contra a L200 Triton, que tem a mesma angulação, estão entre os resultados medianos
A potência de 180 cavalos do motor 2.0 TDI biturbo, a frenagem de 30,7 metros a 80 km/h só superaram uma picape (Hilux e Frontier, respectivamente). Já o espaço interno é um dos piores junto com a picape da Toyota. Por sua vez, a suspensão da Amarok é a que mais faz os passageiros pularem. O outro resultado ruim da Amarok é o seu próprio estilo. A carroceria é a mesma desde 2010.
Não fossem essas últimas colocações, a Amarok não só conquistaria o segundo lugar, como também disputaria a vitória com a S10. Que venha logo a versão V6.
2º Nissan Frontier LE 2.3
Se o comparativo ainda fosse classificado por número de vitórias como antigamente, a Nissan Frontier seria a vencedora pelo maior número de segundo lugares, superando a Amarok, que seria a vice-campeã.
Com a carroceria mais antiga do comparativo (foi lançada no Brasil em 2010) e um face-lift quase imperceptível, a Amarok conseguiu um heroico terceiro lugar. Ficaria em segundo se não tivesse empatado em pontos e vitórias (quatro) com a Nissan Frontier, que obteve quatro segundos lugares contra três da picape da Volkswagen.
No teste da revista Car and Driver, a Amarok se destacou no consumo somado de 23,6 km/l (9,1 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada) e no ruído de 63 decibéis a 120 km/h. O câmbio automático de oito marchas é o melhor das seis e a Volkswagen é a que tem maior número de concessionárias: 619.
A Amarok é a segunda mais barata. Na versão Highline (não considerei a Extreme por ser uma série especial mais cara com os mesmos equipamentos) custa R$ 168.990. Com rodas de 19 polegadas e pneus regulares, o preço pula para R$ 171.370.
A lista de equipamentos da Amarok Highline tem ar condicionado digital dual zone, direção hidráulica, bancos em couro com regulagem elétrica para os dianteiros, controle de descida, assistente de partida em rampa, sistema multimídia com navegador, gancho ISOFIX, piloto automático, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e câmera de ré. Fica em quarto lugar porque a Volkswagen não oferece airbags de cortina.
Voltando a falar dos bons resultados, além do preço, a Amarok também ficou em segundo lugar na caçamba de 1.280 litros.
O desempenho (aceleração de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 9 segundos) e ângulo de entrada de 30º, com área livre do solo de 24 cm, que lhe deu vantagem no desempate contra a L200 Triton, que tem a mesma angulação, estão entre os resultados medianos
A potência de 180 cavalos do motor 2.0 TDI biturbo, a frenagem de 30,7 metros a 80 km/h só superaram uma picape (Hilux e Frontier, respectivamente). Já o espaço interno é um dos piores junto com a picape da Toyota. Por sua vez, a suspensão da Amarok é a que mais faz os passageiros pularem. O outro resultado ruim da Amarok é o seu próprio estilo. A carroceria é a mesma desde 2010.
Não fossem essas últimas colocações, a Amarok não só conquistaria o segundo lugar, como também disputaria a vitória com a S10. Que venha logo a versão V6.
2º Nissan Frontier LE 2.3
Se o comparativo ainda fosse classificado por número de vitórias como antigamente, a Nissan Frontier seria a vencedora pelo maior número de segundo lugares, superando a Amarok, que seria a vice-campeã.
A picape japonesa que se mudou provisoriamente do Paraná para o México, mas será fabricada definitivamente na Argentina, ficou em segundo lugar no câmbio automático de sete marchas, no desempenho (10,9 segundos de aceleração e 7,6 segundos de retomada, no estilo e no acabamento, onde houve um empate coletivo nesta posição.
A Frontier é a mais barata (custa R$ 166.700 na versão única LE), tem a suspensão mais macia, segundo a Car and Driver, é a mais espaçosa e enfrenta melhor os obstáculos de terra com ângulo de ataque de 31º.
Os 190 cavalos do motor renderam um terceiro lugar para a picape da Nissan na tabela, atrás dos 200 da S10 e da Ranger. Já o consumo de 9 e 11,5 km/l ficou em quarto.
Estes resultados medianos se somam ao penúltimo lugar em assistência (145 concessionárias) e ao último lugar em frenagem (31,8 metros a 80 km/h), ruído (71,2 decibéis a 120 km/h) e na lista de equipamentos.
Como na S10, a Nissan também se "esqueceu" de oferecer airbags laterais e de cortina. Como a sua lista não traz grandes atrativos de segurança como alerta de mudança ou manutenção de faixa e nem frenagem autônoma, a Frontier acabou ficando em último lugar. Sua versão única é até completa com ar condicionado digital, bancos em couro, aquecimento nos dianteiros e regulagem elétrica para o motorista, sistema multimídia com espelhamento, navegador e câmera de ré, acendimento automático dos faróis, entrada e partida sem chave, piloto automático e controle automático de descida. Mas boa parte disso seus concorrentes também têm.
Como o comparativo é classificado por pontos, a Frontier acabou ficando em segundo. Se não desse para superar a S10, os pontos fracos dariam para colocá-la em segundo lugar geral com folga.
1º Chevrolet S10 High Country 2.8 turbodiesel
A Chevrolet S10, vice-líder de vendas no segmento, venceu o comparativo com sobras. E poderia ter vencido com mais folga ainda se a GM não tivesse esquecido de disponibilizar airbags laterais e de cortina. Tem equipamentos que lhe dariam o primeiro lugar no quesito, como alertas de saída involuntária de faixa e de colisão. Também estão presentes na versão top High Country, santo-antonio personalizado, sistema multimídia MyLink espelhável, ar condicionado digital, bancos em couro com ajuste elétrico para o do motorista, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, assistente de partida em rampa, controle eletrônico de descida, controles de tração e estabilidade, sensores de chuva e faróis, acionamento do motor por controle remoto, entre outros.
De fato, a S10 tem o motor mais potente e com menor cilindrada (200 cavalos de um 2.8), o melhor desempenho (aceleração de 0 a 100 km/h em 10 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 7,6 segundos) e a única que se destacou em acabamento, com uma parte macia no painel.
O consumo de 9,2 km/litro na cidade e 12,7 km/l, empatou tecnicamente na soma dos percursos (21,9 km/l) com a Hilux, mas ambas ficaram atrás da Amarok. Na frenagem, novo empate em segundo com a picape da Toyota, desta vez incluindo a Ranger. A S10 parou em 29,7 metros a 80 km/h, um décimo maior que a Ford. Agora quem as derrotou foi a L200 Triton Sport. A S10 ficou em segundo lugar sozinha na assistência das 600 concessionárias da Chevrolet e no espaço interno.
No câmbio automático de seis marchas, junto com a Ranger e a Hilux, no nível de ruído de 67,6 decibéis a 120 km/h (empatada com a Hilux) e no ângulo de entrada (30,7º) a S10 ficou em terceiro lugar.
Os R$ 179.590 pedidos pela versão High Country, a suspensão, a caçamba de 1.061 litros de capacidade e o estilo de 2012 (melhorado com o face-lift do ano passado) foram outros resultados medianos que, se fossem melhores, fariam da S10 ainda mais superior.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
DADOS DE TESTE: REVISTAS QUATRO RODAS E CAR AND DRIVER (TESTE DA AMAROK E AVALIAÇÃO DA SUSPENSÃO)
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