O Polo nasceu em 1975 apenas na carroceria de duas portas (ou três, para o padrão europeu), nas versões básica e L. Era o clone do Audi 50, lançado um ano antes, praticamente junto com o Golf. Se o novo modelo 2017 ultrapassou os quatro metros, o primeiro tinha apenas 3,65m. O motor era de 900 cm³ com apenas 40 cv, mas logo no ano seguinte, surgiu o 1.1 de 50 cv, da mesma família que no Brasil foi chamada de AP.
Em 1977 foi lançado o sedã Derby, também com apenas duas portas, mas com porta-malas de 515 litros e motor 1.3 de 60 cv. Em 1979, um face-lift colocou mais plástico na grade dianteira de um único par de faróis redondos e surgiu a primeira versão esportiva, a GT, com o motor do sedã.
2a Geração (1981)
A segunda geração foi lançada em 1981 com estilo próprio, pois o Audi 50 já havia saído de linha em 1978. As quinas foram suavizadas, os faróis ficaram mais recuados e as lanternas passaram a verticais. Uma novidade foi a carroceria de traseira de corte abrupto. que não chegava a ser uma perua. O sedã passou a ser chamado de Classic. Em 1985 foi lançado o Polo G40, esportivo de motor 1.3 com compressor mecânico que levava a potência para 115 cv. A aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 9 segundos. A sua grade tinha dois pares de faróis. No ano seguinte, surgia o motor a diesel, baseado no 1.3 a gasolina, só que com apenas 46 cavalos.
Em 1990 foi lançada uma atualização que se colocava entre um face-lift e uma nova geração. Os faróis passavam ser retangulares e as lanternas traseiras trapezoidais. Os motores passavam a ter injeção eletrônica, sendo monoponto para o 1.1 e multiponto para os 1.3, que já tinha várias opções de potência como 55, 75 e 115 (este do G40).
3a Geração (1994 - 1997 no Brasil, com o Classic)
A terceira geração foi totalmente inovadora. O hatch ficava mais alto e com traseira reta (e arredondada). A grade preta ganhou uma moldura em U na cor do carro. Os faróis continuaram retangulares, mas as luzes de pisca passavam a invadir a lateral. As quatro portas laterais eram usadas no Polo pela primeira vez, tanto no hatch quanto no Classic, este derivado do Seat Cordoba. O comprimento já estava em 3,71m. Uma versão curiosa foi a Harlequim, totalmente colorida, com portas, teto, capô e para-lamas de cada cor personalizada.
O interior ficava mais sofisticado e o painel integrado ao quadro de instrumentos serviu de inspiração para a segunda geração do nosso Gol. Tinha motores 1.0, 1.4. 1.6 e 1.9 turbodiesel.
Polo Harlequin |
Aliás, por falar em Brasil, o Polo começou a ser vendido na América do Sul, mas o hatch desta geração nunca chegou ao nosso país. Para cá vieram apenas o sedã Classic, com motor 1.8, e o furgão Caddy 1.6 (em alguns países vendido também como picape), que aqui recebeu o nome genérico de Van (Inca para a Seat), ambos importados da Argentina. Na Europa, o Polo ganhou a sua primeira versão oficialmente perua, chamada de Variant. Também era derivada do Seat Cordoba Vario. Por fim a esportiva GTI, com apenas duas portas na carroceria e motor 1.6 16v de 119 cavalos.
Em 1999, o hatch ganhou um face-lift que deixou a grade levemente mais pronunciada (algumas versões na cor do carro) e os faróis maiores com refletores transparentes. Por dentro, o painel ficou mais simples, com a parte central curvada separada dos instrumentos. As saídas de ar acompanhavam essa curva, com as centrais lembrando o Fiat Grand Siena brasileiro. O Classic só ganhou este painel, pois a frente manteve a grade, mas ganhou faróis de lente translúcida. Só este chegou ao Brasil em 2000.
4a Geração (2001 - 2002 no Brasil)
O estilo voltou a mudar radicalmente. O Polo voltou a ficar mais hatch, mais conservador e de novo com faróis circulares. Só que na quarta geração, apresentada em 2001 na Europa, o conjunto ótico passou a vir separado da grade (agora com moldura discreta), lembrando o Mercedes Classe E de 1995. A plataforma era inteiramente nova, a chamada PQ24.
Esta plataforma, além do próprio Polo, foi usada em outros três Volkswagen aqui no Brasil: Fox, Gol de terceira geração (chamada pela marca de Geração 5) e Voyage. Foi por isso que o Polo IV chegou ao Brasil em junho de 2002, com os motores 1.6 (101 cv) e 2.0 (116 cv) do Golf. Em outubro foi lançado o Sedan, que voltou a ter um estilo próprio, já que o Cordoba assumiu uma outra identidade. Apesar de elegante, o Polo Sedan era um pouco conservador, principalmente nas lanternas traseiras. Chegou a ser exportado para a Europa, mas não fez sucesso (europeu prefere os hatches), ficando restrito aos mercados emergentes.
Antes, em agosto, foi adicionado ao catálogo do hatch o motor 1.0 de dezesseis válvulas do Gol. Rendia 79 cv, mas em 2003, quando o governo acabou com o desconto de IPI para carros 1.0, a cilindrada já deixou de ser oferecida em menos de um ano. Um mico no mercado. Para corrigir o erro, a Volkswagen tornou flex (podendo ser abastecido com álcool ou gasolina) o 1.6, que passou para 104 cv com álcool, já para a linha 2004.
O interior, apesar do painel de desenho vertical, com a parte central destacada, ficou ainda mais requintado. O Sedan tinha uma tampa no vão superior central do painel, como se fosse um porta-objetos. Mas com o tempo foi retirado para cortar custos.
Na Europa, o Polo hatch tinha duas ou quatro portas. Ele recebeu o moderno motor tricilíndrico 1.2, que, mesmo sem turbo, deu origem ao 1.0 TSI usado hoje, inclusive no Brasil. Tinha duas opções de potência: 54 (6 válvulas) ou 63 cv (12v). Também eram oferecidos o 1.4 16v aspirado de 100 cv (a versão de 8v chegou a ser usada na nossa Kombi) e o 1.9 turbodiesel de 100 cv. Na lista de equipamentos opcionais deles apareciam controles de tração e estabilidade, airbags laterais, bancos em couro, teto solar elétrico e navegador.
Quatro versões interessantes de lá: a Polo Fun, de aparência aventureira (uma mania brasileira que também existe lá), a GT, com motor turbodiesel 1.9 de 130 cavalos, a GTI, que tinha motor de cinco cilindros 1.8 de 20 válvulas com 150 cavalos (chegou a ser importada em pequenas quantidades para o Brasil), e a GTI Cup Edition, com este mesmo motor de potência elevada para 180 cv. As duas últimas, lançadas depois do face-lift que o Polo ganhou em 2005 na Europa e 2006 no Brasil.
Polo Fun |
Os faróis redondos separados da grade foram reagrupados num conjunto ótico e envolvendo a entrada de ar, agora maior, e o para-choque dianteiro, formando um efeito visual em V. No interior de cada farol, o projetor de luz tinha o emblema VW. Na traseira, as lanternas ganharam elementos circulares, inclusive no Sedan, só que em menor tamanho. A Polo Fun mudou de nome para CrossPolo.
Cross Polo |
Em 2009, no Brasil, o motor 2.0 passou a ser flex, rendendo até 120 cv com álcool e 116 cv com gasolina, e ficou restrito ao sedã e à nova série especial GT do hatch. E o Polo também ganhava opção do câmbio automatizado i-Motion.
Aqui, o Polo continuou ganhando novidades, como a versão E-Flex, que aquecia o álcool nas partidas a frio, dispensando o tanquinho de gasolina, o Bluemotion, com motor 1.6 a gasolina (na Europa usava o diesel), rodas estreitas, câmbio de relação longa e grade quase selada. Tudo para economizar combustível. E a opção do câmbio automatizado i-Motion, com apenas uma embreagem e cinco marchas.
Por fim, em 2011, em vez da nova geração, ganhamos mais um face-lift, inspirado no Vista, a versão do modelo na África do Sul, que deixou grade e para-choque retos, mas manteve o desenho dos faróis, agora com lentes escurecidas. Em 2014, o Polo de quarta geração deixou o mercado brasileiro.
Por fim, em 2011, em vez da nova geração, ganhamos mais um face-lift, inspirado no Vista, a versão do modelo na África do Sul, que deixou grade e para-choque retos, mas manteve o desenho dos faróis, agora com lentes escurecidas. Em 2014, o Polo de quarta geração deixou o mercado brasileiro.
5a Geração (2009)
A quinta geração, de 2009, apresentou um novo desenho para a carroceria, tão moderno que foi repetido na sexta lançada agora. Faróis e grades seguiram um novo padrão Volkswagen usado até hoje, como a grade escura e reta, já usado no Scirocco e no Golf. Para o Brasil só serviu de inspiração para o face-lift do nosso Gol, tanto nos faróis quanto nas lanternas.
A quinta geração, de 2009, apresentou um novo desenho para a carroceria, tão moderno que foi repetido na sexta lançada agora. Faróis e grades seguiram um novo padrão Volkswagen usado até hoje, como a grade escura e reta, já usado no Scirocco e no Golf. Para o Brasil só serviu de inspiração para o face-lift do nosso Gol, tanto nos faróis quanto nas lanternas.
O interior voltou a unir painel e quadro de instrumentos num só conjunto, mas deu destaque a cobertura dos instrumentos. O desenho ficou conservador. O acabamento, claro, foi aprimorado. Na lista de equipamentos teto solar digital, ar-condicionado digital dual zone, sistema de navegação e áudio com comandos por toque, airbags frontais, laterais (maiores) e do tipo cortina, controle de estabilidade em todas as versões, encostos de cabeça ativos e fixação Isofix para cadeiras de crianças.
Esta quinta geração chegou a ter uma versão sedã chamada Vento. Foi especulada para o Brasil, mas ficou restrita a países como a Índia. Acabou não vindo também. Mas foi lançada na Argentina, com nome de Polo mesmo, pois o nome da corrente de ar batiza o Jetta por lá. Em 2014 ganhou um face-lift, quase imperceptível. Se não der problema, teremos a sexta geração.
6a Geração (2017)
Se não tivemos a quinta, teremos a sexta, que não mudou radicalmente o seu estilo em relação a anterior. Ganhou faróis em LED e lanternas tridimensionais, mas suas linhas lembram bastante a geração que substitui. Internamente se destaca pelo painel horizontal com aplique em cores variadas, quadro de instrumentos virtual e sistema multimídia embutido no vidro.
A versão básica Trendline já vai disponibilizar de série, na Europa, sistema de posicionamento diurno em LED com função Coming and Leaving Home, limitador de velocidade e o sistema de monitoramento da área de assistência frontal com frenagem de emergência em cidade com monitoramento de pedestres.
Na mecânica serão oferecidos motores 1.0 aspirado (MPI), turbo com injeção direta (TSI), gás natural (TGI), além do moderno 1.5 TSI com desativação parcial de cilindros e o 2.0 TSI de 200 cv para a versão esportiva GTI. Outras versões terão a opção do pacote de personalização R-Line.
Construída sobre uma plataforma modular (MQB A0), será fabricada em São Bernardo do Campo, SP, junto com o sedã provavelmente chamado Virtus.
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