Como em 2019, o Guscar publicou cinco comparativos em 2020, ano marcado pela pandemia do vírus comunista chinês, que eu também peguei, junto com a minha família (Meus pais, minha irmã e meu cunhado. Só o meu sobrinho escapou). Mas, diferente, do ano anterior, foram mais duelos, dois deles entre Honda e Toyota e um entre picapes da Fiat (nova Strada) e da Volkswagen (Saveiro). Esses dois duelos entre as marcas japonesas foram entre sedãs, um médio (Civic 2.0 x Corolla 2.0) e outro grande (Accord x Camry). Também foram feitos confrontos de três entre hatches compactos aventureiros (Hyundai HB20X, Fiat Argo Trekking e Ford Ka Freestyle) e crossovers de estilo cupê (Volkswagen Nivus, Honda HR-V e Citroën C4 Cactus). 

Este ano, o melhor aproveitamento foi do Hyundai HB20X, que venceu o comparativo dos compactos aventureiros com 82% dos pontos possíveis. O hatch foi lançado no final do ano passado, mas a versão X só entrou no mercado, de fato, em 2020. Como eu usei o ruído do HB20 Diamond Plus da revista Carro, que teve extinta a sua edição impressa com testes mais detalhados, ainda não me senti à vontade para retomar o prêmio de Melhor do Ano.



Vencedor do primeiro comparativo realizado em 2020, o sedã Honda Accord Touring, que tem motor 2.0 turbo de 256 cavalos, derrotou o arquirrival Toyota Camry V6, de 310 cv, por 9x3, obtendo um aproveitamento de 75% em 13 quesitos, que seria o terceiro melhor do ano, mas o irmão maior do Civic foi lançado no final de 2018. 

O Accord foi superior no preço, câmbio, desempenho, consumo, ruído, estilo, assistência, espaço interno e equipamentos. Já o Camry só se destacou no motor, na frenagem e no porta-malas. Os dois sedãs grandes empataram no acabamento. 


Quando eu fiz o comparativo, o Accord custava R$ 204.900 e o Camry, R$ 245.990. Hoje, o Honda está saindo R$ 227.900 e o Toyota por R$ 309.990. 




No mês seguinte ao duelo Accord x Camry fiz outro frente a frente entre Honda e Toyota. Desta vez, com as versões movidas por motor 2.0 aspirado dos sedãs médios mais vendidos do país. Ambos possuem outra motorização: o 1.5 Turbo do Civic e a híbrida do Corolla. 

O Honda venceu apertado, por 7x6, com nenhum item empatado. Logo, o aproveitamento foi de pouco mais que a metade. O Civic venceu no preço, equipamentos, estilo, porta-malas, consumo, nível de ruído e assistência. O Toyota Corolla XEi 2.0 foi o melhor no motor, câmbio, desempenho, frenagem, acabamento, espaço interno e ainda dá um banho nas vendas, o que não contou pontos para um empate. 


Mesmo se tivesse goleado, o Civic não poderia ser indicado como o Carro do Ano do Guscar, pois foi lançado em 2016 e eu só fiz o comparativo para avaliar o Corolla com motor 2.0, principal lançamento de 2019. Portanto, outro "inelegível". 




Entre os vencedores dos cinco comparativos realizados pelo Guscar em 2020, o Hyundai HB20X teve o melhor aproveitamento.

No final de junho, ele derrotou o Fiat Argo Trekking 1.8 e o Ford Ka Freestyle 1.5. O HB20X sobrou no comparativo. Mesmo com o velho motor 1.6 16v aspirado (ele não recebeu o 1.0 Turbo-GDi), venceu sozinho no desempenho, consumo, frenagem, ruído, estilo e equipamentos. Dividiu o maior porta-malas e o melhor acabamento com o Argo e empatou com os dois rivais no câmbio. A vantagem para o segundo colocado, o Fiat, foi de cinco pontos. Seria maior se ele não tivesse ficado para trás justamente no motor, no espaço interno e na assistência, por causa das poucas concessionárias do grupo CAOA. O aproveitamento foi de 82%. Como usei o ruído da versão Diamond Plus com motor 1.0 turbo, não achei justo declará-lo como o Melhor dos Comparativos. 


Pela Hyundai, o HB20X é considerado um modelo independente do hatch e do sedã (HB20S). Por isso, tem cinco versões de acabamento: Vision, que atualmente custa R$ 67.490, Evolution (R$ 74.490), Evolution Pack (R$ 76.990), Diamond (R$ 80.490) e Diamond Plus (R$ 81.490). 




A Fiat Strada, a primeira picape compacta de quatro portas do mercado, em setembro, na versão completa Volcano 1.3 FireFly, derrotou a rival Volkswagen Saveiro Cross de cabine dupla, mas ainda de duas portas, por 7 a 3, sendo três itens empatados (câmbio, desempenho e equipamentos). 

A Strada foi superior no preço, consumo, frenagem, caçamba, estilo, assistência e espaço interno.  Ela só perdeu no motor, ruído e acabamento. 


Dos 13 itens analisados, eu descartei os três empatados, restando dez. Como a Strada venceu sete destes dez, temos, então, 70% de aproveitamento para a picape da Fiat.




Eleito o Carro do Ano 2021 pela revista Autoesporte, por pouco, o Volkswagen Nivus não teve o melhor aproveitamento entre os vencedores de comparativos do blog em 2020. O primeiro SUV compacto com estilo assumidamente cupê do mercado nacional venceu um confronto em que enfrentou o Honda HR-V, que sempre teve um estilo meio cupê, mas sempre foi considerado um crossover convencional, e o Citroën C4 Cactus, um SUV de estilo incomum. Só que os dois desafiantes estão em final de carreira. 


O Nivus derrotou o HR-V, segundo colocado, por apenas um ponto, e dez à frente do C4 Cactus. Conquistou 31 pontos em treze quesitos que valiam 3. Ficou em primeiro no desempenho, consumo, frenagem, assistência e equipamentos. Nos demais ficou em segundo, não ficando em último em nenhum deles. Fazendo a conta do aproveitamento, obteve 79,5%.


O Nivus só tem motor 1.0 turbo de injeção direta (200 TSI), mas tem duas versões de acabamento: Comfortline e Highline. Se destaca por trazer seis airbags desde a versão básica e piloto automático adaptativo (ACC) com frenagem de emergência para a mais completa. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO