O Honda HR-V de terceira geração já está no mercado brasileiro (por enquanto apenas com motor 1.5 aspirado) e o ZR-V, de porte maior (ou HR-V norte-americano), chega no ano que vem. Mas neste texto eu vou falar do irmão mais velho da linha de crossovers da marca japonesa: o CR-V, que teve apresentadas imagens e informações da sua sexta geração.
Com a evolução que vem passando desde 1995, o CR-V, que já foi compacto, passará a ser o maior e mais caro utilitário esportivo da Honda vendido no Brasil, provavelmente, a partir de 2023. Nos Estados Unidos, onde já está à venda, ele é o terceiro maior, abaixo do Passport (mais veterano que o CR-V) e do Pilot.
O CR-V ficou com linhas conservadoras e retas em relação a geração anterior. A frente segue o conceito adotado na atual geração de outros SUVs da marca, como o nosso HR-V e os novos Pilot e Passport. A grade hexagonal é mais vertical, com filetes trançados. Ligados à grade estão os faróis bem finos, que se resumem às luzes diurnas de LED na parte superior e os três projetores, também em LED. O tal conservadorismo está na lateral e na caída da janela na altura da traseira. A base é levemente ascendente. Lembra o Mitsubishi Outlander da anterior geração. A traseira concentra a identidade do CR-V: lanternas ao redor do vidro, que se unem às horizontais, no caso da anterior e desta nova. O comprimento aumentou 10 cm, passando de 4,59 para 4,69 metros e a distância entre-eixos de 2,66 para 2,70 m. As rodas são de 18 polegadas em quase todas as versões, sendo que na top Sport Touring são de 19 polegadas.
O interior repete o conceito estético dos dois HR-V e do Civic: painel horizontal, com tela multimídia destacada, bem forrado e saídas de ar em forma de ralador (no caso do Civic). No CR-V básico (EX) a tela é de 7 polegadas, enquanto que nas demais é de 9 polegadas. O quadro de instrumentos é parcialmente eletrônico, com o velocímetro ainda analógico. O espaço para as pernas aumentou e os bancos possuem oito ângulos de reclinação. A capacidade do porta-malas subiu para 1.112 litros, chegando a 2.166 litros com os bancos rebatidos.
O sistema multimídia tem conectividade com Android e Apple, com cabo na básica e sem fio nas demais. Há portas USB-A e USB-C e carregadores por indução. A versão mais completa (Sport Touring) tem sistema de som premium Bose, com 12 auto-falantes. Todas as versões têm o sistema Hill Descent Control (controle de descida) e os modos de condução Snow (Neve), Normal e Econ. A Sport Touring ainda tem o modo Sport.
O novo CR-V é bem recheado de itens de segurança. Além dos dez airbags e lembrete de uso de cintos de segurança dianteiros e traseiros, ele traz o sistema Honda Sensing em todas as versões. O pacote, que ganhou uma nova câmera e radar para ampliar o campo de visão para a detecção de objetos, tem mitigação de colisões, monitoramento padrão de pontos cegos, assistência em engarrafamentos, controle de frenagem em baixa velocidade, reconhecimento de sinais de trânsito, piloto automático adaptativo, sistemas de assistência de manutenção de faixa e acompanhamento de baixa velocidade e monitoramento de atenção do motorista.
O novo Honda CR-V será oferecido em duas versões de motorização. Somente a gasolina, ele terá o 1.5 Turbo de 190 cavalos e 242 Nm de torque. E há a híbrida, sem recarga na tomada, que combina motor elétrico com um 2.0, com 204 cavalos de potência combinada, sendo 145 cv no motor a gasolina e 184 cv gerados pelo elétrico. Todas as versões têm câmbio CVT e opção de tração dianteira ou integral, sendo que a top Sport Touring a 4x4 é de série.
Mesmo com o 1.5 turbo já usado no HR-V brasileiro e no Civic, a versão híbrida é a mais cotada para chegar ao Brasil no ano que vem, onde vai concorrer com o Toyota RAV4, que também é híbrido e só híbrido.
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