LANÇAMENTO INTERNACIONAL - CHEVROLET CAMARO 2016

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO

O cupê esportivo preferido dos robôs extra-terrestres que se disfarçam de carro e dos sertanejos universitários já conhece a sua segunda geração. Ou a sexta, se contarmos toda a história do Chevrolet Camaro desde 1966, quando foi lançado para enfrentar o Ford Mustang.

O Camaro mudou a estrutura e o interior, mas não podemos dizer que ele foi totalmente reestilizado. Continua com as linhas inspiradas na primeira geração do modelo 1967, revividas em 2007. Mas as mudanças externas ficaram com uma forte impressão de face-lift. Pode parecer pouco para enfrentar o Mustang que, este sim, foi totalmente reestilizado há pouco mais de um ano.

Modelo 2014

Tudo bem que o capô está mais ondulado, a grade frontal ficou curvada, com impressão de mais fina e agora pode ter formato de colmeia (na versão SS) ou friso cromado (nas versões RS e LT), os faróis ficaram mais angulosos e estão emoldurados pelas luzes diurnas de LED, também presentes no para-choque (na posição horizontal na SS e vertical nas outras duas) que ficou mais agressivo pelo crescimento das entradas de ar (colmeia na SS e com frisos horizontais cromados na LT), a lateral ganhou mais vincos, o pequeno vidro vigia lateral está mais inclinado para cima e as lanternas traseiras ficaram mais finas e inclinadas, recuperando, pelo menos na iluminação, a divisão que havia no modelo 2008. A SS tem saídas duplas de escapamento.

Modelo 2014

O interior é totalmente novo, mas mantém traços do Camaro anterior, como o formato horizontal do painel e o quadro de instrumentos em duas elevações na cobertura. Mas a modernidade marca presença com a tela de oito polegadas tridimensional entre o velocímetro e conta-giros, que tem quatro pequenos marcadores virtuais, velocímetro digital e outras informações. E não faltou a projeção de informações no para-brisa. O volante multifuncional de base achatada é personalizado para o Camaro e não mais aquele aquele estilo padrão Chevrolet que é usado até no Onix.

Modelo 2014

A tela do sistema MyLink está mais baixa e a parte inferior da moldura, onde estão alguns comandos, se dobra junto com o painel. Também rebaixadas foram as saídas centrais de ar. que agora são redondas com moldura cromada e ficaram rentes ao console central. O freio de mão agora é elétrico. E a instrumentação e a luz ambiente têm a opção de 24 efeitos visuais a serem escolhidos através do sistema Spectrum. Mesmo assim, a impressão de face-lift do Camaro continua.

Ela só acaba quando sabemos que a plataforma é inteiramente nova: a Alpha, usada nos Cadillac ATS e CTS. Ela reduziu o peso do esportivo em cerca de 90 kg, embora seja 28% mais rígida que a anterior. As dimensões também foram reduzidas. O comprimento perdeu 5,8 centímetros e a distância entre-eixos 4 cm, o que deve ter reduzido ainda mais o espaço interno.

Na motorização a grande novidade é o 2.0 quatro cilindros Ecotec turbo de injeção direta. que rende 278 cavalos, exclusivo da LT, a versão mais básica, que também terá o V6 3.6 de 330 cavalos, também com injeção direta e possibilidade de desativação de dois dos seis cilindros. O propulsor também equipará a RS. A top SS, versão que é vendida no Brasil terá o V8 6.2, de 455 cavalos, o mesmo usado no Corvette. O V6 e o V8 podem ter o ronco do motor ajustado para ficar mais grave.

De câmbio as opções são o manual de seis marchas e o automático Hydra-Matic 8L90 (o autêntico hidramático) de oito e mudança nas borboletas atrás do volante.

A transmissão também pode ser ajustada junto com a direção elétrica e a tração. Esta tem opções para neve ou gelo, Tour, Esporte ou Track. Este seletor é exclusivo da versão SS, que também é a única com suspensão com ajuste magnético adaptativo.

O novo Camaro começará a ser vendido nos Estados Unidos no fim deste ano. Não se sabe se virá para o Brasil.

Voltando ao estilo, há o discurso de que fica difícil mudar o estilo de um carro consagrado. Só que o Camaro já teve outras três gerações (1970, 1982 e 1993) que também poderiam ser revividas. O que dá pra compreender é que estas edições não tiveram o mesmo êxito da primeira e da quinta e a General Motors não quis arriscar.