EM BREVE NO BRASIL - TOYOTA HILUX 2016

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO

O ciclo de renovação das picapes médias (agora grandes) fechou justamente em quem rejuvenesceu o segmento. Onze anos e dois face-lifts depois, a Toyota Hilux finalmente tem a sua carroceria totalmente reestilizada. Desta vez, no entanto, não houve revoluções no estilo e nem na mecânica e oferta de equipamentos. Apenas atualizações e adaptações.

As linhas laterais ficaram mais retas, com as janelas ganhando apenas uma leve inclinação na altura da caçamba. Na frente agressiva se destaca a imponente grade cromada, alinhada aos faróis horizontais, com a parte superior inclinada para baixo, que se estendem até a lateral. O resultado lembra o sedã Corolla.

O conjunto ótico agora tem luzes diurnas de LED. O para-choque ficou mais robusto e esculpido. Na traseira, as lanternas cresceram de tamanho, se estendendo em trapézio até a lateral. O para-choque é cromado, com uma interrupção para acomodar a placa. A grande assinatura TOYOTA, comum nas gerações anteriores, volta para a tampa da caçamba, abaixo da maçaneta cromada. O nome do modelo aparece pequeno no canto direito. O santantônio tem estilo diferenciado.

O interior também segue o estilo do Corolla, com painel e saídas de ar horizontais, além da tela multimídia plana e levemente saltada no centro. Há algumas curvas no desenho e detalhes em prateado e preto brilhante. Abaixo do painel há os comandos da climatização e porta-objetos, próximos ao console. O quadro de instrumentos tem estilo clássico. O volante multifuncional tem miolo quadrado e braço inferior vazado e prateado.

Além do sistema multimídia sensível ao toque com GPS e câmera de ré, a nova Hilux terá ar condicionado digital. Entre os recursos de segurança disponíveis de série para todas as versões estarão sete airbags, controles de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa.

Apesar da distância entre-eixos ter continuado em quase 3,08m o espaço interno aumentou. É que o comprimento cresceu sete centímetros (passando para 5,33m) e, nas picapes, o entre-eixos não dá referência para o espaço interno.

A estrutura, que envolve chassi e carroceria, é inteiramente nova e mais rígida que a anterior. A suspensão dianteira adota uma configuração double wishbone com barra estabilizadora, resultando em pacote mais robusto, com melhor capacidade fora de estrada, menos rolagem e maior absorção de vibrações. Ela tem três tipos de atuação: Padrão (para as estradas de todo o mundo), Pesado (para cargas pesadas) e Comfort (para estradas pavimentadas). A capacidade de carga subiu para 1,240 kg e a força de reboque para 3,5 toneladas.

Na mecânica destaque para a opção de dois novos motores GD turbodiesel de quatro cilindros: um 2.4 de 160 cavalos e um 2.8 de 177 cv. Os movidos a gasolina são o 2.7 de quatro cilindros de 164 cv e o V6 4.0 de 278 cv. Em relação ao câmbio, serão oferecidas transmissões manual e automática de seis velocidades. A manual é inteligente, pois faz o ajuste de rotação do motor e da transmissão durante as trocas para eliminar trancos, tornando seu funcionamento mais suave. E claro: terá opção de tração 4x2 e 4x4, agora com seleção automática.

Como em 2004 e com todas as suas concorrentes, a sétima geração da Hilux foi apresentada na Tailândia - país asiático que se tornou a capital mundial das picapes médias e premiére de lançamento - em três nomenclaturas de versão (Workmate, SR e SR5) e três tipos de cabine (simples, dupla e estendida).

A Hilux chegará ao Brasil no início do ano que vem, fabricada em Zárate, na Argentina, apenas com as duas primeiras cabines. A picape média da Toyota foi lançada em 1968, tendo sido reestilizada em 1972, 1979, 1984, 1989 e a anterior, de 2004, sem contar os face-lifts. Ela é vendida em nosso país desde 1992, quando vinha direto do Japão e, em 1997, passou a vir da Argentina.