TEXTO : WEVERTON GALEASE | FOTOS : DIVULGAÇÃO
O Chevrolet Malibu foi lançado no Brasil em 2010, importado diretamente dos Estados Unidos. Foi prejudicado pelo custo-benefício pouco atraente: era mais caro que o rival Ford Fusion e ainda tinha poucos equipamentos. Foi por isso que a GMB enrolou, enrolou e nem lançou a geração seguinte aqui.
Em sua casa, a situação foi pior. O modelo 2013 (lançado em 2012), reestilizado, mergulhou na indiferença, especialmente em comparação aos concorrentes, que estavam cada vez mais criativos, como o elegante Hyundai Sonata e o próprio Fusion. Tanto que no ano seguinte já ganhou um face-lift. Três anos depois, o Malibu reaparece totalmente novo de novo.
A longevidade deste Malibu é tão longa que esta é a nona geração desde a placa de identificação que apareceu pela primeira vez em 1964.
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Começando com suas proporções, o Malibu 2016, adota um estilo "cupê de quatro portas", com um teto à la Ford Fusion que mistura-se bem com o longo capô e saliências cortadas. O rosto do Malibu é elegante, apesar de alguns ângulos, a horizontalidade grave da borda superior dos faróis empresta uma aparência caída. No geral, as linhas nítidas do Malibu 2016, nos deixa esquecer a tristeza do velho Malibu.
Não é por acaso que o Malibu agora parece um pouco mais longo e mais baixo que o antigo. A distância entre eixos foi estendida em 9,1 cm e o comprimento em 5,8 cm, passando para 2,82 e 4,91m, respectivamente. A largura continua a ser a mesma de antes, 1,85 cm, mas ele vem mais baixo, dando impressão de crescimento na cintura. O aumento do tamanho realmente compensa na parte interior, onde há 3,3 cm adicionais nos espaços para as pernas nos bancos traseiros.
Debaixo do Malibu fica a novíssima plataforma E2XX, de tração dianteira da GM, uma alteração que resulta não só na aparência e melhora do interior, mas menos peso também. A Chevrolet alega que o Malibu 2016 é 136 quilos mais leve.
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O novo Chevrolet Malibu terá dois motores a gasolina. Um deles é o 1.5 de quatro cilindros, da nova família compacta Ecotec da GM, que substitui o antigo 2.5. Acoplado exclusivamente a uma transmissão automática de seis velocidades, o motor vem com start-stop, injeção direta de combustível e um turbo rodando a 17 psi máximo de impulso. A potência é de 160 cavalos e o torque de 25,5 kgfm. Tudo bem que houve uma perda de 36 cavalos na potência, mas o novo modelo não deve sofrer muito, graças à redução do peso. O consumo é de 11,5 km/l na cidade e 15,8 km/l na estrada.
O outro é o 2.0 turbo que já equipava o face-lift do ano passado. Assim como o Ecotec 1.5 litros, este também perdeu potência, caindo de 259 para 250 cavalos. O torque de 35,7 kgfm. Mais uma vez, redução de peso do carro novo deve ajudá-lo a manter o desempenho, o mesmo se deve à única transmissão do 2.0: uma nova caixa automática de oito marchas. É derivado do GM8L90 (visto anteriormente no Corvette, o Silverado/Sierra e os grandes SUVs), ainda que adaptado para o motor transversal e a tração dianteira.
O Malibu 2016 também terá uma versão híbrida combinando um bloco a gasolina 1.8 turbo de injeção direta com dois elétricos, rendendo juntos uma potência de 182 cavalos e proporcionando um consumo combinado de 19,2 km/l. Outra atitude para melhorar a eficiência do novo modelo foi a troca de peças de aço da suspensão por outras de alumínio.
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De maior importância para compradores de sedãs de médio porte do que os valores de potência e afinação de suspensão é a lista de características de segurança do Malibu 2016. Detector de pedestres com frenagem automática, aviso de pista da partida auxiliar, de manutenção da pista, o monitoramento do ponto cego, alerta para a colisão à frente com frenagem automática, alerta traseiro tráfego cruzado, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, de estacionamento automático, além de dez airbags de série. Um recurso interessante, nem tão inédito, permite aos pais, através de uma senha, monitorar a direção dos seus filhos adolescentes, definir avisos de limite de velocidade e reduzir o nível máximo de volume do sistema de som.
As diversas funções do sistema são acessíveis através de uma nova tela de oito polegadas MyLink, com toque opcional, que agora é fixa e flutuante no painel (também de desenho modernizado, ficando semelhante ao do novo Volt) e não mais retrátil, como no modelo anterior. O sistema foi ligeiramente atualizado e ganhou um processador mais rápido.
Os preços para o Malibu 2016 no mercado norte-americano ainda não definidos, porém, já se sabe, que contará com quatro níveis, se trata do L, LS, LT, e uma nova 'especificação' chamada de Premier, ao qual substitui o LTZ, agora extinto. Cada Malibu 2016 virá com uma conexão de dados 4G LTE da GM com um hotspot wireless e três meses de dados livres.
O Malibu 2016 só estará à venda, nos Estados Unidos, no quarto trimestre de 2015. Até lá mais detalhes apareceram, com os testes a serem realizados por apaixonados por carros.
No Brasil? Vai depender da política de câmbio e da logística. Por enquanto, teremos que babar por ele. Por enquanto, o top de linha da nossa Chevrolet continua sendo o velho Cruze. Parece que o Omega australiano morreu à toa para nós.
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