Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
A divulgação das primeiras imagens do conceito da versão hatch do Chevrolet Cruze, a ser apresentado no Salão de Paris, em outubro, era o que faltava para a General Motors confirmar a vinda da linha para o Brasil, em 2011, no lugar ou acima do Vectra Sedan e GT.
O primeiro a chegar será o sedã, do qual vou falar com mais destaque. O Cruze faz parte do projeto global J300, com planos de ser comercializado em 130 países, nos cinco continentes. Foi capitaneado pela sul-coreana Daewoo, que desenhou o carro e o comercializa na Ásia, com o nome de Lacetti. A Opel alemã colaborou com a parte mecânica. A Chevrolet colocou sua identidade visual na dianteira e o batizou, em 2008, de Cruze para a Europa (com fabricação na Rússia), Estados Unidos e América Latina. O modelo também está sendo fabricado na China e na Índia.
Com 4,57m de comprimento, 1,79m de largura, 1,48m de altura e 2,69m de distância entre-eixos, o estilo do Cruze sedã é bem atraente. A frente de barra central na cor do carro é mais harmoniosa que a do brasileiro Agile. O teto em curva deixa a lateral com aparência de cupê. O três volumes também tem um apliquezinho preto ao lado da janela, que é mais discreto que no compacto. Já a traseira, apesar do trivial conjunto "lanterna-prolongamento-régua-placa", é elegante. A tampa do porta-malas do hatch é bem esportiva.
O interior segue o padrão duplo-cockpit, presente no Corvette e nos já nossos conhecidos Malibu e Agile. No entanto, o desenho dos intrumentos (com iluminação azul) e do console central deu um aspecto bem mais moderno ao Cruze. O acabamento é simples, mas bem montado. O espaço interno, pela foto, parece ser bem generoso e confortável. O porta-malas tem capacidade para 400 litros.
Segundo o site espanhol Km77.com, a suspensão do Cruze é a melhor de toda a linha Chevrolet comercializada na Europa, apesar da construção traseira não ser independente. O carro é agradável de dirigir, cômodo e preciso nas retomadas. A plataforma é uma mistura das três últimas gerações do Astra. As rodas são de 17 polegadas.
O Cruze a ser vendido na Argentina a partir de outubro, importado dos Estados Unidos, será equipado de série com seis airbags, freios ABS, controle de tração e estabilidade, ar-condicionado automático, sensor de estacionamento traseiro, controle de velocidade de cruzeiro, teto solar elétrico, computador de bordo, revestimento de couro, sensor de chuva, volante multifuncional, com regulagem de altura e profundidade, rádio com CD, MP3 e entrada auxiliar.
O Chevrolet Cruze deve ser equipado no Brasil com motor 1.8 dezesseis válvulas e bicombustível. A potência estimada varia entre 138 e 141 cavalos. Mais moderno, deve substituir o 2.0 do Vectra atual, que rende entre 133 e 140 cv. Futuramente, este novo motor 1.8 16v poderá equipar o futuro hatch médio da marca, sucessor do Corsa, e até a linha Agile/Montana, aposentando de vez o antigo 1.8 Powertrain compartilhado com a Fiat, ainda usado no Corsa e Meriva. O câmbio, manual ou automático, deverá ter seis marchas.
O Cruze também já é vendido no Chile. No Brasil o sedã começará a ser montado em São Caetano do Sul, no ano que vem, com a maioria das peças importada. O hatch deve chegar seis meses ou um ano depois. Até 2012 a linha será totalmente nacionalizada.
Apesar da tendência de mundializar o nome dos seus carros eu sugiro que a Chevrolet mantenha o nome Vectra para o novo carro, pois Cruze deve soar estranho no Brasil e gerar apelidos como "Cruze-credo" ou "Cruzes". Vai por mim, GM!
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