EM BREVE NO BRASIL? - JEEP COMPASS 2027


Já é a terceira geração. Mas poderia ser apenas a segunda, tamanho sucesso que a versão anterior fez em todo o mundo, o que fez esquecer que o Jeep Compass de primeira geração tinha um estilo estranho e desengonçado. 

O terceiro Compass trocou as linhas arredondadas pela silhueta reta e ousada, que em nada lembra a geração anterior, a primeira a ser fabricada aqui no Brasil, em Goiana (PE). E principalmente a de 2006. A linha de cintura é desnivelada e as janelas ficaram mais amplas. Até a frente com a característica grade de sete gomos verticais da Jeep e os faróis horizontais em LED com iluminação diurna em formato de parêntesis é inteiramente nova. As lanternas traseiras continuam horizontais, mas agora têm iluminação em X, que se mistura ao friso acima da placa, também iluminado, tal como o logotipo Jeep. 


O interior manteve o conceito da tela multimídia central flutuante, de 16 polegadas, mas o interessante é que o quadro de instrumentos digital de 10 polegadas é recuado em um gabinete atrás do volante e alinhado com o recuo no lado do carona, fugindo do banalizado recurso dos dois tablets unidos. Também há head up display opcional no para-brisa. 


Os comandos de climatização e outras funções do veículos são feitos através de botões físicos, atendendo a pedidos de consumidores incomodados com o excesso de operações por toque. No console só há os botões do seletor do modo de condução, o seletor giratório do câmbio e o botão do freio de estacionamento elétrico. Há carregador de smartphone sem fio. O porta-malas tem capacidade para 550 litros e o espaço interno para as pernas também aumentou. 


Entre os equipamentos de série estão rodas de 20″, farois de led matrix, bancos aquecidos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e câmara de ré. Existe um pacote opcional simplificado com bancos ventilados e massagem, teto solar e assistência semiautônoma de mudança de faixa.


O novo Compass usa a moderna plataforma STLA Medium, preparada para veículos elétricos e híbridos. O veículo foi ampliado em todas as dimensões. O comprimento aumentou para 4,54 metros, um ganho de 12 centímetros. A largura espichou em oito centímetros, indo a 1,90 m. A altura cresceu três centímetros, indo a 1,67 m. Por fim, a distância entre-eixos passou de 2,64 para 2,77 m. 

A plataforma foi adaptada para receber eletrificação porque todas as versões são híbridas leves, plug-in ou totalmente elétricas. A mais simples tem motor 1.2 turbo de três cilindros com um pequeno motor elétrico de 28 volts com bateria de 0,4 kWh, rendendo no máximo 145 cavalos. 


Depois, vem a híbrida plug-in, como a atual 4xe, agora com um motor a gasolina 1.6 THP oriundo da Peugeot, de 150 cv (substituindo o 1.3 Turbo GSE), associado a um elétrico de 125 cv, gerando uma potência combinada de 195 cv. A bateria é de 17,8 kWh e a autonomia no modo elétrico é de 87 km. 

Por fim, temos a inédita versão elétrica, com tração dianteira ou integral. Na primeira opção, o propulsor montado no eixo dianteiro gera 213 cavalos, alimentado por uma bateria de 74 kWh e com autonomia de 508 km. Há uma segunda opção de tração à frente com bateria de 96 kWh, potência de 231 cv e autonomia de 660 km, a maior de toda linha. 


Já a 4x4 tem dois motores elétricos: o dianteiro de 213 cv e um traseiro de 179 cv. A potência combinada (e não somada) é de 375 cv. A bateria é a de 96 kWh. A autonomia, no entanto, não passa dos 600 km. 

O Compass elétrico 4x4 tem para-choques diferentes que conferem um ângulo de entrada de 27º e de saída de 31º.  As demais são de 20º e 26º. O ângulo ventral é de 15º. A altura livre do solo é de 20 cm e a profundidade máxima é de 47 cm. 

O novo Compass, por enquanto, será fabricado apenas em Melfi, na Itália. A imprensa privilegiada dá como certa a sua produção em Goiana, mas deve ser só a partir de 2027. Isso se a Stellantis não inventar um face-lift meia-boca da geração atualmente vendida aqui. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO 

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