Abandonados no Brasil, os hatches médios ainda são bem competitivos na Europa. E a mais nova atração é a terceira geração do Peugeot 308, que mantém a plataforma EMP2, as linhas retas e a coluna lateral traseira larga da geração anterior (como o arquirrival Golf), mas ganha os mesmos detalhes extremos do compacto 208, como a frente de grade tridimensional sem moldura, os faróis com dentes de sabre de LED e as lanternas horizontais escurecidas. A diferença é que o novo 308 estreia a nova logomarca da Peugeot: um escudo preto emoldurando apenas a cabeça estilizada do leão, baseado na identidade usada dos anos 1930 aos 1960.
O interior conserva o conceito i-Cockpit, com os instrumentos acima do volante. O painel, entretanto, tem desenho mais anguloso que o anterior. A tela multimídia agora tem 10 polegadas, está abaixo das saídas centrais de ar e são flutuantes. Atrás dela estão as luzes ambiente de LED, que se espalham por todo o painel até as portas e podem ter oito cores. Abaixo está um painel sensível ao toque para os comandos do som, climatização, navegação telefone e espelhamento. E mais embaixo tem as tradicionais teclas funcionais do veículo, entre elas a do pisca-alerta que é vermelha, enquanto as demais são prateadas. O console das versões automáticas não tem alavanca de câmbio e nem freio de mão. Tudo é eletrônico e operado por botões no console. O da transmissão fica numa espécie de rampa com acabamento de alumínio à frente, próximo do carregador de celular por indução. O do freio mais atrás, fora da elevação. O quadro de instrumentos vai além do digital. A partir da versão GT é tridimensional, como o 208. O volante tem sensores para os comandos do rádio, sistema multimídia, telefone e os auxiliares de direção para que o motorista não precise apertar os botões. O acabamento pode ter plástico, alumínio, tecido ou alcântara, dependendo da versão.
O sistema multimídia ficou mais intuitivo, personalizável e agora também com gráficos 3D e função de espelhamento sem fio. O visor do quadro de instrumentos eletrônico, que tem 10 polegadas, é totalmente configurável e tem diferentes modos de visualização: Navegação 3D Connected com serviços de trânsito TomTom, Rádio/Mídia, ajudas de direção e fluxos de energia (pode ser alterado no controle multifuncional).
Não foram divulgadas fotos do habitáculo, mas o espaço deve aumentar com a nova distância entre-eixos ampliada de 2,62 para 2,67m. O comprimento agora é de 4,37m (antes eram 4,25m), a largura 1,85m (1,80m) e a altura, que baixou para 1,44m (era 1,47m). O porta-malas tem 412 litros nas versões a gasolina e diesel e 361 litros para as híbridas, menor até que a geração anterior, que tinha 420.
Entre os equipamentos de segurança e ajuda a condução, o novo 308 tem, de série ou opcional, dependendo da versão, detector de veículos em ângulo morto, alerta de tráfego cruzado traseiro, frenagem de emergência em cidade com reconhecimento de pedestres e ciclistas (inclusive à noite), leitor de sinais de trânsito e detector de fadiga do condutor. No final do ano será oferecido como opcional o pacote Drive Assist 2.0 que oferece uma função de condução automática, combinando o funcionamento do programa de velocidade ativo com o sistema de manutenção em faixa. O sistema também permite que o veículo faça uma ultrapassagem entre 70 e 180 km/h e depois volte automaticamente para a sua faixa, mas com a aprovação do motorista. O 308 tem faróis inteiramente em LED, com a opção dos matriciais, assentos dianteiros da marca alemã AGR com função de massagem, sistema de som Focal e para-brisas aquecido.
Diferente de outros modelos da Stellantis, como o 208, o 2008, o Opel Corsa e o Citroën C4, o novo 308 não terá uma versão totalmente elétrica e, sim, híbrida. Na verdade, duas. Ambas com um motor 1.6 a gasolina de 110 cavalos, combinado com um elétrico síncrono e recarregável na tomada (plug-in), mas um com potência combinada de 180 cv e outro com 225 cv.
A autonomia com o uso inteiramente elétrico é de 60 quilômetros. A versão mais potente, porém, tem 1 km a menos. A bateria tem 12,4 kWh de capacidade. O carregamento total demora 7 horas com uma tomada doméstica padrão 8A com carregador de 3,7 kW, 3 horas e 50 minutos com uma tomada 16A aprimorada com carregador integrado de 3,7 kW e 1,55 horas com uma WallBox 32A com carregador de 7,4 kW, que é opcional.
Os motores exclusivamente a combustão são o Puretech 1.2 de três cilindros com potências de 110 e 130 cavalos e o BlueHDi 1.5 de quatro cilindros de 130 cv. O câmbio pode ser manual de seis marchas ou automático de oito. Este último opcional nos motores térmicos e de série nas híbridas. A tração é dianteira.
0 Comentários