Foto: Pablo Gonzalez (Divulgação Autoesporte)


Para 2021, pela primeira vez na história da eleição de Carro Verde do Ano da revista Autoesporte, um modelo totalmente elétrico faturou o título pelo segundo ano consecutivo. No ano passado, foi o Nissan Leaf. Desta vez, um esportivo puro sangue: o Taycan, primeiro Porsche a dispensar completamente o motor a combustão. 

De estilo semelhante ao Panamera (cupê de quatro portas), mas com porte menor, medindo 4,96m de comprimento, o Taycan usa dois motores elétricos, sendo um em cada eixo.


O Taycan começou a ser vendido no Brasil, em pré-venda, em agosto, com promessa de entrega das unidades ainda este ano. Está sendo vendido em três versões: 4S (R$ 589.000), Turbo (R$ 809 mil) e Turbo S (R$ 979 mil). 

As versões se diferenciam pela potência dos dois motores elétricos, que funcionam sincronizados. O câmbio automático tem duas marchas e a tração é integral. 


A 4S rende 265 cavalos em cada motor (530 cv combinados já em modo Overboost), a Turbo, que nada mais é um nome de fantasia, entrega 340 cv (680 cv combinados) e a Turbo S, 380 cv (761 cv). 

A autonomia também varia para cada versão, mas cai quando o motor fica mais forte. A 4S vai até 407 quilômetros, podendo chegar a 463 km com o carregador opcional Performance Battery Plus. A Turbo vai a 450 km e a Turbo S é de 412 km. 

O Turbo S acelera de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e leva 9,8 segundos para chegar aos 200 km/h. A velocidade máxima é limitada em 260 km/h. 


A suspensão do Taycan foi herdada do Panamera, incluindo a configuração pneumática de três câmaras com quatro níveis de rigidez. O seu sistema de gerenciamento eletrônico da suspensão rebaixa automaticamente o carro em 12 mm em velocidades superiores a 100 km/h. Se os modos de condução Eco, Sport ou Sport Plus estiverem ativados, a redução na altura é ainda maior: 20 mm.

Por falar em modos de direção, além do Eco, Sport e Sport Plus, o novo modo Range também está disponível. Criado para otimizar o consumo de energia, o modo melhora a eficiência do carro, fazendo apenas o motor dianteiro funcionar.



Não foram divulgados muitos equipamentos do Taycan. Seu interior é refinado e se destaca pelo quadro de instrumentos eletrônico e telas multimídia horizontal na parte central do painel, outra vertical no console e até uma horizontal no lado do carona.

O título de Carro Verde do Ano foi criado pela Autoesporte na premiação 2010. Em quatro dos cinco primeiros anos, só carros populares, inaugurados pelo Renault Sandero, sem qualquer motor elétrico ou híbrido, ganharam o título. Em 2015, foi o Honda Fit, outro que nada tinha a ver com as novas tendências de motorização. Pneus mais finos e fábrica mais limpa foram considerados verdes e fundamentais para o título. 



Em 2013, um modelo híbrido, o Ford Fusion Hybrid de antiga geração, finalmente foi eleito. Curiosamente, no mesmo ano, a nova geração a gasolina foi escolhida na categoria Premium. Mas o popular Fox Bluemotion voltou a ganhar o título no ano seguinte. 

De 2016 até 2019 premiando apenas marcas, a Autoesporte voltou a dar o título Verde a um modelo no ano passado e o escolhido foi finalmente um elétrico: o Nissan Leaf, que, enfim, foi lançado no Brasil na segunda geração. A primeira só esteve aqui emprestada para taxistas e a polícia, como avaliação.

Agora é a vez do Porsche Taycan, um esportivo de primeira grandeza. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO 
FOTOS: DIVULGAÇÃO E REVISTA AUTOESPORTE (PABLO GONZALEZ)


Outros vencedores:

2021 - Porsche Taycan