O Renault Clio foi lançado em 1990, para substituir o Renault 5.O nome vem de uma deusa grega que representa a história e a criatividade.
Foi o primeiro modelo a ganhar duas vezes o título de Carro do Ano na Europa (1991 e 2006)
1a Geração (1990-1997)
Clio de primeira geração tinha opção de duas e quatro portas e media 3,70m de comprimento e 2,47m de distância entre-eixos.
Eram quatro as primeiras opções de motor: dois a gasolina (1.1 de 49 cavalos e 1.4 de 80 cv) e dois a diesel (1.8 com 65 cv e 92 cv). Só o movido a diesel mais potente tinha injeção eletrônica. O câmbio era manual de quatro ou cinco velocidades.
Clio Baccara foi uma versão luxuosa, que tinha interior com detalhes do painel e pomo da alavanca de câmbio em nogueira e revestimento dos bancos e parte das portas em couro. Entre os equipamentos já apareciam ABS, ar-condicionado, câmbio automático, alarme anti-intrusão, direção assistida e retrovisores elétricos com desembaçador.
No mesmo ano, o motor 1.2 era modernizado e passava a 60 cv, mesmo mantendo o carburador. A injeção eletrônica chegava em 1993, no 1.4, que perdeu potência (agora 73 cv).
Começaram a aparecer as versões esportivas: primeiro a RSi, com 1.8 de 110 cv, a 16S (Soupapes, válvulas em francês), com o mesmo 1.8, com 137 cavalos. Por fim, a série especial Williams (na época a Renault fornecia motor para a equipe de Fórmula 1), limitada a 2.500 unidades, com motor 2.0 16v de 150 cv, tornando-se o mais rápido da época. Se destacava pela pintura azul e as rodas diamantadas de dourado. A edição limitada teve mais unidades produzidas e voltou em 1996.
Ganhou um face-lift em 1994, que arredondou os faróis e unificou a grade com o para-choque. O painel também foi renovado.
Em 1996, o Clio chegou ao Brasil, importado da Argentina apenas com quatro portas, com motor 1.6 de oito válvulas e 74 cavalos e nas versões RL e RT.
2a Geração (1998-2005)
Estilo ficou arredondado e marcante. Comprimento chegava a 3,77m e a distância entre-eixos, 2,48m.
A segunda geração foi fabricada em São José dos Pinhais (PR) com motores 1.0 de 59 cv e 1.6 de 90 cv a partir de 1999. O modelo brasileiro tinha desenho da grade diferente (mais sorridente) e oferecia airbags frontais em todas as versões.
Na Europa, os motores a gasolina eram o 1.2 de 60 cv, 1.4 de 80 cv, 1.6 de 90 cv e 1.6 16v de 110 cv.
Um dos motores 1.9 a diesel passou a ter turbo e render 80 cv. Sem turbo a potência ficava em 65 cv. O câmbio automático se adaptava ao modo de direção do motorista. No ano seguinte, o 1.2 ganhou um bloco mais moderno e o 1.4 ganhou 16 válvulas e 90 cv. Em 2000 o 1.2 passou a ter 16v, subindo a potência para 75 cv.
Em 2000 chegava ao Brasil o Clio Sedan, baseado sobre o modelo lançado na Turquia um ano antes, com 510 litros de capacidade e motor 1.6 16v de 102 cavalos.
Voltando ao velho continente, duas novas versões esportivas foram lançadas, ambas com apenas duas portas: a Sport 16v, com motor 2.0 16v de 172 cv, e a inusitada V6, com o propulsor de seis cilindros 3.0 e 24v, de 250 cavalos no lugar do banco traseiro e muitos penduricalhos aerodinâmicos. A versão surgiu como conceito no Salão de Paris de 1998.
O nosso também ganhava uma versão esportiva Si, com 1.6 16v de 110 cv.
Três anos depois do lançamento da segunda geração na Europa, o Clio ganhava um face-lift que só chegou ao Brasil em 2003 e ainda incompleto, pois lá mudou o painel e aqui não. As siglas RL, RN e RT deram lugar, respectivamente, a denominações Authentique, Expression e Privilége.
O Clio de segunda geração brasileiro ganhou a inédita versão de duas portas, chamada Dynamique e o motor 1.6 16v passou a ser flex (HiFlex), com potências de 110/115 cv.
Enquanto o Clio europeu chegou à terceira geração, o nosso foi ganhando algumas mudanças cosméticas na frente, na traseira e no painel.
O modelo de segunda geração também sobreviveu na Europa, por mais alguns anos, com o nome Campus e algumas leves mudanças frontais.
O nosso Clio voltou a ser fabricado na Argentina e ganhou mais um face-lift, inspirado na frente da quarta geração. Deixou de ser importado em 2016.
3a Geração (2006-2011)
Terceira geração não foi vendida no Brasil, que adotou o Sandero, da Dacia. Cresceu ainda mais: 3,98m de comprimento e 2,57m de entre-eixos. Plataforma foi compartilhada com a Nissan, comprada pela Renault. Estilo ficou com a linha de cintura mais alta.
Destaque para o motor 1.2 TCe, com turbo, de 101 cavalos.
Clio Renault Sport tinha motor 2.0 16v de 197 cavalos e câmbio manual de seis marchas.
A perua Grand Tour foi lançada em 2007. Versão sedã deixou de existir.
Face-lift em 2009
Clio Sport passou a se chamar RS Gordini e tinha um motor 2.0 16v de 201 cavalos.
Quarta geração ficou com linha de cintura ainda mais alta e estilo futurista (ou foi o Brasil que ficou no passado?). Comprimento ultrapassou os 4 metros (tinha 4,06m) com a distância entre-eixos em 2,59m. Versão de duas portas foi extinta porque a de quatro já tem maçaneta embutida na coluna C e proporciona a impressão de que não tem portas traseiras. Novidade na motorização é o 0.9 TCe de três cilindros e 90 cavalos. Motor 1.2 passou a ter injeção direta e 120 cv e equipou a versão GT. Sistema multimídia, start-stop, controles de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa passaram a equipar o Clio.
Versão perua passou a se chamar Sport Tourer, com as mesmas versões do hatch.
Clio RS trocou o motor 2.0 por um 1.6 turbo, injeção direta e 220 cavalos.
Quinta geração mantém a silhueta parruda da geração anterior, mas é inteiramente nova, com plataforma modular CMF-B. Comprimento cai para 4,04m, enquanto a distância entre-eixos não foi divulgada.
Será o Clio do futuro, com quadro de instrumentos eletrônico, faróis full-LED em todas as versões, algumas com propulsão híbrida ou totalmente elétrica, e tecnologias de direção autônoma, como assistente de estacionamento, câmeras de visão externa, alerta de mudança involuntária de faixa com manutenção, programador de velocidade ativo e frenagem automática de emergência.
Tela multimídia fica na posição vertical e o carro também será equipado com aquecimento dos bancos e carregador magnético de smartphone, tal como o sistema Multi-Sense, que seleciona vários programas de condução para mudar a sensibilidade do acelerador, direção elétrica, câmbio automático e iluminação do ambiente.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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