O Kia Cerato foi lançado na Coreia do Sul em 2003, construído sobre a plataforma do Hyundai Elantra, marca do mesmo grupo. Sucedeu o Sephia (que foi vendido no Brasil na década de 1990), nome que foi mantido em alguns mercados latino-americanos.
Nos Estados Unidos foi chamado de Spectra. Logo depois, surgiu o hatch, que ficou conhecido lá como Spectra 5. No Brasil chegou apenas três anos depois, equipado com motor 1.6, que passaria a 121 cavalos em 2007. Seu estilo parecia meio desengonçado e que ainda estava na década de 90.
Foi somente em 2008, com a segunda geração, chegando ao nosso país no ano seguinte, que o Cerato se revelou um carro atraente e competitivo no mercado, concorrendo até com o Honda City. Suas linhas foram inteiramente renovadas pelo estilista alemão Peter Schreyer, uma espécie de Paulo Barros (carnavalesco no Rio de Janeiro, para quem é estrangeiro) do design automotivo, que se consagrou no grupo Volkswagen desenhando o Audi A3, o cupê Audi TT, a quarta geração do Volkswagen Golf e o New Beetle.
O Cerato ficou mais anguloso e atraente, com faróis e lanternas traseiras horizontais e a grade "boca de tigre" (em homenagem à Coreia do Sul, um dos tigres asiáticos), que se tornou a identidade visual da Kia até hoje. Na Coreia do Sul e nos Estados Unidos passou a ser chamado de Forte. Além do hatch, o Cerato de segunda geração ganhou o cupê Koup, que chegou a ser vendido no Brasil de 2010 a 2013.
Quatro anos depois, foi apresentada mundialmente a terceira geração, completamente arredondada, principalmente na caída do teto. A traseira continuou curta e as lanternas tinham formato de asa delta. Os faróis, antes horizontais retangulares, passaram a ser espichados e integrados à grade, que no hatch vendido nos Estados Unidos era bem fina, sendo padronizada com o sedã em outros mercados, como o australiano.
Com o aumento de 30% no IPI para carros importados fora do eixo Mercosul-México, que encareceu o modelo importado diretamente da Coreia do Sul, e o motor 1.6, o Cerato acabou enfraquecido contra o Honda Civic e Toyota Corolla e muito caro para brigar com o Honda City, Fiat Linea e outros sedãs compactos. Por isso, acabou esquecido no mercado. Passou a vir do México, com o face-lift da terceira geração. O Koup acabou não vindo mais e o hatch nunca deu as caras por aqui.
Com a quarta geração, apresentada agora em 2018, o Cerato, enfim, ganha um motor 2.0, depois de tanto usar 1.6, e um porte condizente com os seus rivais Honda City, Toyota Corolla e Volkswagen Jetta.
1a Geração - 2003 a 2008 (2006 no Brasil)
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