TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Um ano depois de lançar a nova geração do A4 com quase o mesmo estilo do anterior, a Audi apresenta o novo A5, versão cupê de duas portas do sedã médio, com quem compartilha a plataforma modular MQB Evo da Volkswagen. Também foi apresentado o esportivo S5.
A exemplo do A4, o A5 também dá a impressão de que passou apenas por um face-lift. Mas mudou tudo, principalmente a carroceria que ficou mais leve e aerodinâmica. A seção lateral traseira ganhou o vidro mais anguloso em relação ao A5 anterior, a coluna C mais larga e a carenagem está com mais vincos e volume, também presentes no capô, que também ficou mais musculoso. A frente, aliás, é a que mais o diferencia do sedã de quatro portas, já que os faróis são menos recortados, os LEDs adaptativos chamam menos atenção, o para-choque mais agressivo e da já citada saliência do capô. A traseira segue o padronizado layout das lanternas horizontais preenchidas com LED e divididas pela tampa do porta-malas, mas é cheia de vincos no para-choque e na ponta superior, simulando um aerofólio, além de mais bojuda.
O interior, com seus 30 tons ajustáveis de luz, é mais refinado que no A4 e tem bancos mais anatômicos, opção de estofados marrons e montagem mais rigorosa. Mas o estilo do painel horizontal, com tela multimídia central de 8,3 polegadas improvisada, e quadro de instrumentos virtuais é o mesmo do sedã. O S5 tem volante de base achatada e bancos dianteiros em concha. O acesso ao banco de trás é incômodo como qualquer carro de duas portas. O A5 é um 2+2 porque há um ressalto no meio do banco traseiro e não dispõe nem de cinto de segurança para um eventual terceiro passageiro. O espaço interno é suficiente para dois passageiros baixinhos ou dois pré-adolescentes. O porta-malas tem 465 litros de capacidade.
Como o A4, o A5, entre equipamentos de série, opcionais e de versões superiores, é bem dotado de itens de condução autônoma, como assistente de mudança involuntária de faixa, assistente de curva, programador de velocidade em congestionamento, alerta de tráfego posterior cruzado. Ele também pode ter no sistema multimídia MMI internet 4G e wifi, além de serviço de concierge, bancos elétricos com massagem e ar condicionado de três zonas. E não poderia faltar o Audi Drive Select, que seleciona cinco modos de condução (Confort, Auto, Dynamic, Efficiency e Individual), que modifica o comportamento do acelerador, câmbio, direção, programador de velocidade e climatização.
O A5 terá motores 2.0 TDI (diesel) de 190 cavalos e TFSI (gasolina) de 190 e 252 cavalos, além de um V6 3.0 TDI com potências de 218 e 286 cavalos. O S5, que tem para-choques mais agressivos, usa um V6 TFSI de 354 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos. Todos os motores possuem o sistema Start/Stop, que desliga nas paradas de trânsito, proporcionando mais economia de combustível. O TDI de 190 cv S-Tronic, por exemplo, faz 24,3 km/l de média.
E por falar no câmbio, as opções são manual de seis marchas, automatizado de sete (S-Tronic) e automático de oito velocidades (Tiptronic), este presente no S5 e no A5 V6 diesel mais potente. A tração Quattro será vendida em versões permanente e conectável. A suspensão tem dureza variável nos modelos mais caros.
A linha A5 será completada em breve pelo Sporback, o fastback de quatro portas, e um Cabriolet. Com a nova geração, a Audi ganha mais força para enfrentar o BMW Série 4 e o Mercedes Classe C Coupé, tanto no mercado quanto no DTM, o turismo alemão.
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