TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Se tem um modelo que serve para exemplificar o termo "crossover" este é o Ford Edge. Um misto de perua de suspensão elevada com um utilitário esportivo sem cara de lameiro lançado em 2007. Tudo bem que o Dodge Journey (origem do Fiat Freemont) briga pela invenção do conceito, mas o Edge é o que melhor identifica o gênero.
E o retrato da expressão está de cara nova. O Ford Edge ganhou a sua segunda geração, com frente e traseira mais agressivas e harmoniosas que o atual e novo recorte das janelas, mas manteve a silhueta quase quadrada para conservar a identidade. A nova plataforma vem do Fusion, embora o novo crossover esteja longe de lembrar o sedã. Mesmo na grade hexagonal, que no Edge é aberta e tem a novidade de ser ativa para reduzir a resistência aerodinâmica.
Os faróis são maiores e têm iluminação em LED. A frente ficou até parecida com a do Dodge Durango. Na traseira, que continua conservadora e abrindo mão do estepe (aliás, isso é mania brasileira), as lanternas ficaram horizontais, com luzes auxiliares de LED ligando o par. A carroceria é construída em aço de alta resistência, proporcionando 26% mais rigidez à flexão e 16% mais rigidez torcional, além de menos ruído, vibração e aspereza, e completando com um rodar mais mais silencioso.
O interior foi totalmente redesenhado, mas o painel ainda segue linhas convencionais, com as saídas de ar em posição vertical cercando a tela de 8 polegadas do sistema multimídia Sync no centro. O quadro de instrumentos tem duas telas de LCD, como no Fusion. Os bancos ficaram mais finos para melhorar o espaço interno.
Entre os recursos tecnológicos e de conforto estão presentes a direção adaptativa de relação variável (que garante mais precisão nas manobras a baixa velocidade e mais firmeza a altas velocidades), o sistema Auto Start-Stop (desliga o motor nas paradas em sinal de trânsito), a tração integral totalmente controlada por computador, piloto automático adaptativo, câmera integral com visão de 180 graus, alerta de tráfego cruzado, estacionamento automático aperfeiçoado, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, alerta de manutenção em faixa e airbag no porta-luvas. Um dos primeiros crossovers a oferecer teto solar panorâmico, o Edge continua com o acessório.
A motorização também foi renovada. Entra em cena a família Ecoboost, pelo menos no mercado norte-americano. A oferta começa com uma versão melhorada do 2.0 de quatro cilindros usado no Fusion, com 245 cavalos. Haverá também um 2.7 V6 da mesma linha e uma evolução do atual 3.5 V6. O câmbio será sempre automático de seis marchas.
O novo Edge começa a ser vendido nos Estados Unidos em 2016. A sua vinda para o Brasil vai depender do ritmo de produção por lá e do custo de importação.
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