Texto: Gustavo do Carmo e Autoesporte
Fotos: Divulgação e Autoesporte


A eleição de Carro do Ano da revista Autoesporte surgiu em 1966, organizada pela extinta Mecânica Popular. No início apenas um carro era nomeado. O primeiro vencedor foi a Picape Willys, derivada da Rural. Hoje, a publicação da Editora Globo, que organiza a promoção desde 1969, realiza treze premiações.

Além das cinco categorias tradicionais (Carro do Ano, Carro Premium, Picape, Utilitário e Utilitário Premium), a Autoesporte escolhe os motores até 2.0 e acima desta cilindrada, o carro ecológico, o site de montadora (Fiat), o comercial de TV (Honda City), executivo do ano (Jaime Ardila). Desde 2009 homenageia dois nomes marcantes do automobilismo brasileiro: um vivo (Luc de Ferran) e um já falecido (Rigoberto Soler).


Hall da Fama - Luc de Ferran e Rigoberto Soler

Luc de Ferran é vice-presidente de operações automotivas da Ford para a América do Sul deixou sua marca na indústria brasileira sem nem mesmo ter nascido no país. O francês Luc de Ferran foi idealizador de vários sucessos da marca: o clássico Corcel II, a luxuosa Del Rey, o cobiçado Escort XR3, o compacto Ka e o utilitário esportivo EcoSport.

Pai do ex-piloto campeão de Fórmula Indy, Gil de Ferran, Luc nasceu há 74 anos na França, mas chegou ao Brasil aos 4 anos. Estudou na Escola Politécnica da USP já por paixão aos veículos motorizados. Sua carreira na Ford começou em 1965, como estagiário, de onde nunca mais saiu. (Da redação da Autoesporte)

Rigoberto Soler Giebert foi o primeiro coordenador de projetos do Departamento de Estudos e Pesquisas de Veículos da Fundação Educacional Inaciana, a FEI. Ele fez história com sua criatividade à flor da pele e seu temperamento polêmico. Soler esteve à frente da concepção de uma série de protótipos, como o FEI X-1, veículo anfíbio de quatro rodas, o esportivo FEI X-3, que, com motor V8 de Dodge Charger R/T, foi concebido para atingir 240 km/h, e o TALAV, trem de alta velocidade. Nascido na Espanha, Soler, falecido em 2004, trabalhou ainda na Vemag, Willys-Overland e Brasinca. (Da redação da Autoesporte)


2013 - Luc de Ferran e Rigoberto Soler



Executivo do Ano - Jaime Ardila

Jaime Ardila é Presidente da GM na América do Sul desde 2010. Ele comandou o processo de renovação da linha Chevrolet no Brasil. Em 2008, a empresa estava com uma linha de produtos defasada e sem dinheiro para investir. O executivo, que na época era presidente da GM no Brasil e Mercosul, traçou um plano que previa o lançamento de nove produtos, sem ajuda financeira da matriz. O resultado começou a aparecer há um ano, com o lançamento do Cruze, e está sendo concluído agora, com a chegada do Onix e da TrailBlazer.

Ardila está na GM desde 1984. Iniciou na subsidiária da Colômbia, e depois teve passagens pelas unidades dos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra, além de ter exercido a presidência da empresa em vários países da América do Sul. O executivo de 57 anos nasceu em Pereira, na Colômbia, em 1955, e é mestre em Economia pela London School of Economics. (Da redação da Autoesporte)


2013 - Jaime Ardila (General Motors)


Site do Ano - Fiat


O principal destaque da Fiat está na ferramenta Monte Seu Carro, que oferece uma série de opções para o consumidor configurar o veículo antes de decidir sua compra. A área de serviços também recebeu boas notas por auxiliar e informar, assim como a usabilidade, que facilita a navegação dos visitantes entre as diferentes seções e modelos oferecidos pela marca. (Autoesporte) 

É a segunda vez que a Fiat ganha nesta categoria e a primeira que uma marca ganha duas vezes, fazendo dela a primeira bicampeã. Em 2010 ela venceu com o projeto Mio Fiat.

2010 - Mio Fiat


Publicidade do Ano - Honda City


Pela primeira vez a Fiat deixou de ter o melhor comercial do ano para a Autoesporte. O novo vencedor é a Honda, com o anúncio da linha 2013 do City. 

O filme, chamado de "Radarzinho" mostra todas as qualidades do sedã compacto premium, que ganhou leves alterações estéticas neste ano. As qualidades são tantas que até um radar de limite de velocidade fica encantado com o Honda e não para de tirar fotos, mesmo o motorista obedecendo a lei do trânsito. O radarzinho que cria pernas desperta a suspeita do guarda. 

O comercial ganhou pela criatividade, humor e por ser o que mais dialogou com o consumidor final ao mostrar as poucas mudanças do modelo. Criado pela agência F/Nazca, o Radarzinho superou o comercial do Mitsubishi Lancer, que fez uma referência ao filme De Volta para o Futuro, o estranho anúncio do Fiat Punto, que mostrava a notícia e o status social correndo atrás do hatch e o do Ford Edge. 

2013 - Honda City