A Audi fez do A5 fastback o substituto do tradicional sedã A4, tanto que a perua agora se chama A5 Avant. Ela tentou fazer o mesmo com o A6, que seria substituído pelo A7, mas mudou de ideia e, não só manteve o segundo sedã mais luxuoso da marca do grupo Volkswagen (abaixo apenas do A8), chamado oficialmente de A6 Limousine, como também apresentou a sua sexta geração, também disponível em versão perua, chamada Avant.
A fabricante informa que o novo A6 Limousine é o sedã mais aerodinâmico de sempre. De fato, o coeficiente frontal é de apenas 0,23 Cx. A frente tem um novo desenho, mais baixo, com capô arredondado e vincado. A área da grade agora é menos hexagonal, quase ovalada e ainda atravessando o para-choque, mas separada por uma barra. Este último ainda tem entradas de ar nas extremidades. Os quatro anéis, símbolo da marca, agora na cor cinza escuro, estão na parte superior, quase invadindo o capô. A tela da grade é em colmeia. Os faróis matriciais de LED têm formato de olhos orientais, com a assinatura diurna tracejada em cima. Atrás, onde a tampa do porta-malas é elevada, as lanternas são finas, também em LED e de iluminação segmentada, não ocupando toda a traseira. Este papel cabe ao friso iluminado que ficaria um pouco deslocado esteticamente se não fosse acompanhado por um par de entradas de ar verticais mais abaixo, exatamente para reforçar o conceito aerodinâmico.
Por dentro, muito luxo e conforto acompanhado de um console largo sob um painel envolvente, com o já manjado recurso estético da dobradinha quadro de instrumentos eletrônico-tela multimídia central, mas pelo menos o suporte de ambas reproduz a grade frontal. A tela central, de praticamente 15 polegadas, é voltada para o motorista. Já a de instrumentação tem aproximadamente 12 polegadas. E ainda tem a opção de uma segunda tela multimídia de 11 polegadas para o passageiro dianteiro, com suporte de design dinâmico.
Também são opcionais o amplo head up display, o sistema de som Bang & Olufsen com 20 colunas, sistema de ar condicionado de quatro zonas, teto panorâmico, faróis de OLED (diodos orgânicos emissores de luz) e o fechamento automático de portas. O porta-malas tem capacidade para 492 litros.
Com maior vedação das janelas e da tampa do porta-malas e uma junção das portas mais otimizada, o nível de ruído ficou 30% menor que a anterior geração. E os pneus de 19 polegadas ou mais são equipados com absorvedores de barulho.
Esta apresentação se refere ao sedã movido a combustão, com motores a gasolina (TFSI) e turbodiesel (TDI), ambos 2.0, com 204 cavalos de potência e uma eletrificação leve de 48 volts. O motor elétrico tem 24 cv. Mas o torque é diferente: 340 Nm para o gasolina e 400 Nm para o diesel. Posteriormente será lançado um de gasolina menos potente e sem o motor elétrico. O câmbio é automatizado de 7 marchas. A tração pode ser dianteira ou integral (Quattro).
Este sedã a combustão, que tem 5 metros de comprimento, utiliza a plataforma PPC (Premium Platform Combustion), que é a mesma do novo A5. O A6 elétrico, chamado E-Tron, utiliza outra plataforma, tem design mais futurista e apenas nas carrocerias fastback (Sportback) e perua (Avant).
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A6 e-Tron |
O novo A6 sedã terá três tipos de suspensão: Série, mais confortável que a geração anterior; Esportiva, que rebaixa a carroceria em 2 cm para uma condução mais dinâmica (de série com o Pacote exterior S line); e Pneumática adaptativa com controle eletrônico de amortecimento, permitindo uma grande variedade de ajustes entre conforto extremo e comportamento esportivo.
Ao descrever o estilo, me concentrei apenas na dianteira e na traseira, pois as linhas laterais são praticamente as mesmas desde a segunda geração de 1997. Nestes 28 anos, o Audi A6 só evoluiu na frente, na traseira e em tecnologia.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
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