O Toyota Prius foi lançado no Japão em 1997, sendo o primeiro carro híbrido produzido em larga escala no mundo. Sua pré-estreia foi em 1995, como conceito. O nome em latim significa Antes. Somente no ano 2000 passou a ser vendido em diversos países do planeta, excluindo o Brasil, que só conheceu oficialmente o modelo em 2013, na terceira geração. Desde então, evoluiu em estilo, baterias, desempenho e equipamentos. As duas primeiras gerações tinham motor a combustão 1.5, substituído pelo 1.8 a partir da terceira e pelo 2.0 a partir da nova geração lançada no final do ano passado, a quinta.
1a Geração (1997-2003)
O primeiro Prius tinha 4,28 metros de comprimento, 1,70 m de largura e 1,49 m de altura por 2,55 m de entre-eixos. O motor a gasolina era um quatro cilindros 1.5 de ciclo Atkinson, com apenas 58 cavalos e 102 Nm de torque, enquanto o elétrico rendia somente 40 cv e 305 Nm. O câmbio era automático CVT do tipo planetário, de apenas uma marcha. A bateria era carregada pela energia da frenagem.
Começou a ser fabricado e vendido apenas no Japão. Primeiro foi produzido em Takaoka, depois em Aichi, uma cidade perto de Nagoya. Logo começou a ser exportado para o Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. Foi eleito o Carro do Ano no Japão em 1998.
A partir de 2000 começou a ser vendido nos Estados Unidos, mas numa versão levemente reformulada, maior (4,31 m de comprimento) e mais baixa (1,46 m) e com motor mais potente (combustão com 70 cv e 110 Nm e elétrico com 44 cv e 350 Nm). A bateria continuou com 1,78 kWh.
2a Geração (2003-2008)
Antes um desengonçado três volumes, o Toyota Prius se transformou em um elegante liftback. Começou a ser desenvolvido já em 1999, mas só foi lançado em 2003. Ficou maior em quase todas as dimensões: 4,45 m em comprimento, 1,72m em largura e 2,70m na distância entre-eixos. Só manteve a altura em 1,49 m.
O motor a combustão se manteve em 1.500 cm³ com ciclo Atkinson, mas foi reformulado e ganhou mais potência, passando para 76 cavalos, enquanto os dois motores elétricos combinavam 67 cv. A potência combinada era de 110 cavalos. O câmbio continuou com uma marcha. A bateria passou a ter 28 módulos e era alimentada pelos motores elétricos e a energia da frenagem.
Entre os equipamentos, muitos deles opcionais, as novidades eram a chave inteligente, que era dispensada na abertura das portas e partida dos motores, DVD, controle de estabilidade, Bluetooth e assistente de estacionamento. Em 2006, ele ganhou tela de alta definição, câmera de ré e airbags de cortina.
A partir desta geração passou a ser vendido em vários países da Europa, além de fabricado nos Estados Unidos. Foi Carro do Ano 2005 no continente, eleito no ano anterior.
3a Geração (2009-2015 - 2013 a 2016 no Brasil)
Em 2009. o Prius ganhou a terceira geração, mantendo o estilo liftback, mas com contornos mais suaves e detalhes profundamente modificados, como os faróis menores mais arredondados e rasgados e lanternas traseiras com lentes ainda mais brancas. As medidas não mudaram muito. O comprimento cresceu apenas 2 cm (4,46 m), a largura mais 3 cm (1,75 m), enquanto a altura baixou 1 cm (1,48 m) e a distância entre-eixos se manteve em 2,70 m.
Por dentro, o painel ficou com linhas mais limpas, mas ainda futuristas, com instrumentação no centro do painel. A tela multimídia ficou mais embutida no gabinete central e o console central foi integrado ao painel, que ganhou a alavanca de câmbio planetário de uma marcha e o console passou a ser do tipo "ponte", havendo um porta-objetos embaixo dele.
Nos Estados Unidos, tinha quatro níveis de equipamento: Two, Three, Four e Five. A mais equipada tinha navegador em HD, head up display (instrumentos projetados no para-brisa), piloto automático adaptativo, sistema que evita colisão e assistente de manutenção em faixa. O teto solar pretendia carregar a bateria pela energia solar, mas causava interferência no rádio. Ficou limitado apenas a ventilar o carro e manter o ambiente bem refrigerado. O espaço interno era amplo para cinco ocupantes, pois o túnel central era baixo. O porta-malas tinha capacidade para 445 litros até a altura do vidro traseiro.
Na mecânica, a grande novidade foi o aumento da cilindrada do motor a gasolina, que passou de 1.5 a 1.8, ainda com ciclo Atkinson, aumentando a potência para 99 cavalos e torque de 14,5 kgfm. O motor elétrico passou para 82 cv. A potência combinada era de 134 cavalos. A bateria voltou a ter apenas 1,3 kWh de capacidade.
Outro recurso inédito foram os três modos de direção: EV, para andar no modo totalmente elétrico a até 40 km/h, Eco Mode, no qual o motor a combustão atua junto com o elétrico, e o Power Mode, que melhorava o desempenho. Os motores carregavam a bateria em movimento.
Esta terceira geração foi produzida também na Tailândia. Em 2013 passou a ser exportada para o Brasil, onde chegou com direção elétrica progressiva, ar-condicionado automático digital, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e para os joelhos do condutor), câmera de ré, sistema de som JBL, sistema multimídia com tela touch-screen de 6,1'', entre outros itens. Era vendido por R$ 133.900 na época, era um valor alto por causa da falta de incentivos do governo do PT.
Também teve outras versões, como a Plug-In (que também carrega na tomada), o monovolume V e o hatch C.
Toyota Prius-V |
Toyota Prius-C |
4a Geração (2015-2022 - 2016 a 2020 no Brasil)
Na quarta geração, de 2015, o Prius voltou a flertar com o terceiro volume (com a tampa do porta-malas integrada ao vidro traseiro), mas o resultado ficou estranho demais, pois o terceiro volume, na verdade é o aerofólio que divide o vidro traseiro. O aplique na lateral traseira, que servia para criar a ilusão de teto flutuante, poluía o visual. E faróis e lanternas eram bem pontiagudos, com os faróis invadindo o para-choque num desenho que parecia um caco de vidro pontudo. As lanternas tinham formato de bumerangue.
As dimensões aumentaram, com o comprimento passando para 4,54 m, largura para 1,76 m e a altura para 1,49 m. Só a distância entre-eixos que se manteve nos 2,70 m. A plataforma passou a ser a modular TNGA (Toyota New Global Architeture), usada por diversos modelos da Toyota até hoje.
Por dentro, o painel voltou a ter relevos, ao contrário do anterior, com o gabinete central, que incluía saídas de ar, a tela multimídia e os comandos do ar condicionado, passando a ser sobreposto. Mais abaixo ficava a pequeníssima alavanca do câmbio CVT, agora de relações infinitas. O espaço interno melhorou bastante, mas a capacidade do porta-malas baixou para 412 litros.
No Brasil, a quarta geração do Prius chegou no ano seguinte. Entre os equipamentos disponíveis aqui a novidade era o carregador de celular por indução. Também era equipado com sistema multimídia JBL (com tela e botões sensíveis ao toque), rádio, CD Player, DVD, GPS, câmera de ré, TV digital, chave presencial para entrada e partida do motor, ar condicionado digital de duas zonas (que evita circular o ar na área que estiver vazia), bancos em couro, retrovisores externos com rebatimento elétrico e interno eletrocrômico, sete airbags, rodas de liga-leve aro 15 com calotas, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, banco do motorista com regulagem lombar elétrica, bancos dianteiros com aquecimento. coluna de direção com regulagem manual de altura e profundidade e head up display.
Na mecânica houve um retrocesso. Enquanto a potência do motor a gasolina se manteve com 98 cavalos, a do motor elétrico caiu de 82 para 72 cavalos. Havia outro motor elétrico de 31 cv para recarregar a bateria. A potência combinada baixou para 123 cv. A bateria passou a ser duas. Uma de níquel com 1,2 kWh de capacidade e outra de íons de lítio de 0,75 kWh. Eram carregadas pelo motor a gasolina e pela energia regenerativa da frenagem. O Prius continuou com os três modos de condução, agora chamados de Eco, Normal e Power. No exterior, especialmente nos Estados Unidos, havia opção de tração integral, com outro motor elétrico de 6,7 cv na traseira.
A versão plug-in tinha estilo diferenciado, com faróis mais convencionais, de estilo horizontal e lanternas menores, com luzes se estendendo pelo aerofólio. O interior era mais tecnológico, com tela multimídia vertical. A autonomia era maior.
Em 2018, as versões autocarregáveis receberam um face-lift que aparou as pontas dos faróis e lanternas. A modificação chegou a vir para o Brasil, em 2019, mas deixou de ser importada em 2020, ofuscada pelo Corolla Hybrid, que é nacional e tem motor flex. Por causa disso, a chegada da quinta geração é incerta.
5a Geração (2023)
No final do ano passado, com as vendas iniciando este ano, foi lançada a quinta geração do Toyota Prius, que voltou a ter estilo liftback, mais agradável, futurista e arredondado. A porta lateral traseira passou a ter maçanetas embutidas na coluna. Os faróis ficam escondidos no vão entre o capô e o para-choque, com as luzes diurnas se estendendo em formato de bumerangue até o capô. As lanternas ficaram totalmente horizontais e finas, mas a base faz um rasgo no para-choque traseiro.
Pela primeira vez em suas cinco gerações, o quadro de instrumentos do Prius passou para à frente do volante, próximo ao para-brisa, numa posição mais alta, como nos modelos da Peugeot, e a tela multimídia está flutuante no painel. A alavanca do câmbio CVT planetário voltou para o console.
Além dos itens de conforto, o Prius ganhou a terceira geração do pacote Toyota Safety Sense de série, que inclui sistema de pré-colisão com detecção de pedestres, alerta de saída de faixa com assistência de direção, controle de cruzeiro dinâmico por radar de faixa de velocidade total. As novidades são o assistente de interseção, que avisa sobre os perigos ao virar, e assistente de direção proativa, que reconhece os obstáculos próximos e próximos à sua própria faixa: em caso de possível colisão, ocorre a frenagem e a direção. Também recebeu retrovisor digital e um sistema de câmera panorâmica.
A mecânica evoluiu com o novo motor a gasolina 2.0 de 151 cv e um elétrico de 163 cv, com potência combinada de 223 cv. A bateria subiu para 13,6 kWh. Esta é a configuração da versão plug-in, carregada na tomada, que será a única vendida na Europa. Nos Estados Unidos, a plug-in se chama Prime, mas lá continua a venda a versão recarregada pelos dois motores elétricos, o motor a gasolina e a energia da frenagem, além de opção de tração integral. A potência combinada da versão comum é de 194 cv. Como opcional, finalmente foi adotado o painel solar no teto para gerar mais energia, que tinha sido testado (e reprovado) na terceira geração.
Especula-se a volta do Toyota Prius ao Brasil com a nova geração para ainda este ano, mas ainda não há nada confirmado. Como sempre.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
FONTE DE CONSULTA: WIKIPEDIA E MATÉRIAS ANTERIORES DO GUSCAR
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