O Toyota Yaris foi lançado no Japão, em 1998, com o nome de Vitz. Mas o que a marca japonesa queria mesmo era disputar o forte mercado europeu com Volkswagen Polo, Fiat Punto, Ford Fiesta, Opel Corsa, Renault Clio e Peugeot 206. O objetivo foi realizado em 1999, quando foi apresentado no Salão de Frankfurt daquele ano. 

Com o seu estilo arredondado e alto, desenhado pelo jovem designer grego Sotiris Kovos, foi logo, em seu primeiro ano, eleito o Carro do Ano da Europa de 2000, título que ele já havia conquistado no Japão em 1998.

Teve também uma versão monovolume chamada Verso (Fun Cargo no Japão), que se tornou uma linha independente e foi separada do Yaris. Foi vendido em outros mercados, como a Austrália, com o nome de Echo. Na América do Norte e México teve também a versão sedã com este mesmo nome. 

Em 2018, o Yaris começou a ser produzido no Brasil, após quase vinte anos de atraso. Mas a carroceria escolhida foi a genérica versão tailandesa, de linhas mais retas, um destoante aplique preto na coluna e uma versão sedã, que é até elegante. Mas o acabamento interno é muito mais simples. E a plataforma ainda é do Etios. 

A fábrica da Toyota em Indaiatuba, SP, estava recém-inaugurada, produzindo o Corolla e a marca japonesa pretendia produzir um segundo veículo. Mas o dólar disparou, a economia esfriou e a produção do Yaris foi adiada para a segunda geração, que só seria lançada em 2005. Com Lula já no poder, os investimentos em modelos modernos foram reduzidos e o Yaris ficou mais caro.

Já com o país sob o poder da presidente Dilma, a crise econômica ficou mais forte e, em vez da terceira geração, apresentada em 2011, a Toyota decidiu fabricar um modelo mais barato: o indiano Etios, nas versões hatch e sedã, com painel de instrumentos centralizados. Este ano, o Etios deixou de ser produzido aqui. 

O três volumes do Yaris 3, fabricado na Ásia, chegou a ser cogitado, com o nome de Vios, mas também não vingou por causa dos custos e do predomínio de SUVs.

Enquanto isso, o europeu ganhou dois face-lifts na sua terceira geração (2014 e 2017) e a quarta, que acabou de ser eleita o Carro do Ano 2021 na Europa, sendo o segundo título na história do Yaris. Todas essas gerações serão lembradas neste História em Fotos. Desta vez, o Yaris tailandês fabricado no Brasil fica de fora.  

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO



1a Geração - 1999




A primeira geração do Toyota Yaris tinha 3,62m de comprimento na versão de duas portas e 3,63m a de quatro. A distância entre-eixos era de 2,37m. Na Europa, os motores poderiam ser o 1.0 de 68 cv, 1.3 de 86 cv e 1.5 de 106 cv, este último da versão esportiva T-Sport, que tinha o quadro de instrumentos analógico centralizado (no resto da linha era digital). Ambos já usavam a tecnologia VVTi, com comando variável das válvulas, que eram 16. O câmbio podia ser manual de cinco ou automático de quatro marchas.



Echo Sedan, versão três volumes do Yaris era mais popular na Austrália e na América do Norte, como Estados Unidos, Canadá e México.




















Se hoje os SUVs compactos estão na moda (inaugurada pelo Ecosport), na década de 90 os queridinhos eram os monovolumes. E o Yaris teve o seu: o Verso oferecia cinco lugares e espaço para a cabeça. Tinha motores 1.5 e 1.4 diesel. Como o Corolla também teve o seu Verso e fez mais sucesso, o Yaris perdeu o tipo de carroceria na segunda geração. A terceira até tem, mas a linha ficou independente. 

2a Geração - 2005







A segunda geração, de 2005, ficou com mais vincos, principalmente na frente, e faróis verticais. O comprimento cresceu para 3,75m e a distância entre-eixos para 2,46m. Os motores continuaram os mesmos 1.0, 1.3 e 1.5, mas ganharam potência para, respectivamente 69, 87 e 110 cv. A gama ganhou a companhia de um motor 1.4 a diesel de 90 cavalos. O câmbio podia ser manual ou automático CVT. 




O Sedan ficou restrito aos mercado norte-americano, australiano e asiático, apenas com motor 1.5 de 107 cavalos. Em alguns países passou a ser chamado de Vios. 

3a Geração - 2011 







Na terceira geração o comprimento já chegou a 3,89m e a distância entre-eixos a 2,51m. O motor 1.3 ganhou sistema start-stop nas paradas de trânsito e a linha ganhou uma versão híbrida. O interior abandonou o painel de instrumentos centralizados (aproveitados no simplório Etios), adotando a posição convencional. 

Face-lift 2014




Face-lift 2017

O segundo face-lift da terceira geração do Yaris europeu aumentou o comprimento em 3,95m. 

4a Geração - 2020

A atual geração, apresentada no final de 2020, adotou a nova arquitetura modular TNGA-B e prioriza a motorização híbrida (motor tricilíndrico 1.5 Atkinson combinado com um elétrico, gerando 116 cv e câmbio CVT), ofertada como opcional em quase todas as versões vendidas em Portugal. A exceção é a versão esportiva GR (abreviação de Gazoo Racing), única com duas portas e com grade diferenciada, que tem motor turbo 1.6 de 261 cv e tração 4x4. As demais motorizações a gasolina são o 1.0 tricilíndrico de 72 cv e o mesmo 1.5 das versões híbridas, neste caso rendendo 125 cv. O comprimento foi reduzido para 3,94m, mas a distância entre-eixos aumentou para 2,56m. O interior ganhou a já banalizada tela multimídia destacada e as versões mais caras têm quadro de instrumentos virtual. Entre os equipamentos de série desde a versão básica (Comfort) estão frenagem de emergência para pedestres e ciclistas, reconhecimento de sinais de trânsito, aviso de saída de faixa, sistema multimídia de 7 polegadas e câmera de ré. Versões mais caras têm ar condicionado digital, multimídia de 8 polegadas e som premium. Este ano o Yaris foi eleito o Carro do Ano pela segunda vez.