Lançado em 2003, o Ford Ecosport foi o primeiro SUV compacto do mercado brasileiro, abrindo as portas para vários modelos do gênero, nacionais ou importados. A primeira carroceria passou por dois face-lifts (2007 e 2010) e em sete anos viu surgir os primeiros concorrentes, como o Citroën Aircross e o Renault (Dacia) Duster.
Em 2012, o Eco ganhou uma nova geração, com carroceria, estilo e plataforma inteiramente novos, mas que não foram capazes de resolver os problemas de espaço e acabamento. No primeiro caso, o estepe continuou exposto na tampa do porta-malas para aumentar a capacidade de bagagem. E os painéis continuaram abusando do plástico duro.
Ford Ecosport 2013 |
Em compensação, se tornou um carro mundial, com fabricação na Índia e exportação de lá para a Europa, onde é vendido sem o "cafona" estepe na tampa traseira. Por aqui, a concorrência foi ficando ainda mais forte. No ano seguinte surgiu o Chevrolet Tracker. Mas foi a partir de 2015 que o Ecosport ficou definitivamente para trás, tanto em modernidade, quanto em vendas. Surgiram no mesmo ano, quase no mesmo mês o Honda HR-V, Jeep Renegade e o Peugeot 2008. No ano passado chegaram o o face-lift do Tracker, o Nissan Kicks e este ano a sua versão nacional, o Hyundai Creta e o Renault (autêntico) Captur. O Chevrolet foi até prejudicado pelas cotas limitadas do México, onde é fabricado. Hoje, o Ecosport ocupa o quarto lugar em vendas acumuladas no ano em seu segmento.
Assim, cansada de ver o seu querido produto fragilizado, a Ford resolveu se mexer. Reestilizou a frente do seu pequeno SUV, dando-lhe faróis maiores e uma grade mais avantajada que a anterior, lembrando o luxuoso Edge. Foi a única mudança externa, pois o estepe continua lá na tampa do porta-malas, ainda de abertura lateral, já que o brasileiro se incomodaria em perder mais espaço para bagagem do que ele não tem (são 356 litros). Pior que perdeu mesmo sem tirar o estepe do lugar. O assoalho ganhou reforço para permitir três níveis de acomodação, inclusive plano.
Por dentro, a mudança do Ecosport foi mais profunda. No habitáculo, o problema de acabamento, um fardo desde o seu lançamento em 2003 e atenuado na segunda geração, parece ter acabado. O painel ganhou revestimento emborrachado na parte superior e a tela multimídia agora é maior (a da versão básica SE tem 6,5 polegadas, um grande avanço para quem tinha aquela telinha monocromática anos 90 de 3,5 pol) e sensível ao toque. Mas para isso, os difusores de ar centrais, antes "alados", passaram para baixo e viraram horizontais com contornos ovais, o excesso de botões foi eliminado e a estrutura da tela precisou ficar destacada. A antiga telinha mudou-se para o quadro de instrumentos e ainda ficou maior, com cerca de 4 polegadas. Os grafismos também se apagam totalmente quando o carro é desligado, ficando só as molduras do velocímetro e do conta-giros. O volante agora é vazado. O revestimento das portas também ficou mais caprichado, mas ainda é de plástico duro na parte superior. Os bancos também são novos.
Sob o capô a grande novidade é o motor 1.5 Dragon, que tem apenas três cilindros, mas rende entre 130 e 137 cavalos. Pena que o propulsor ainda é importado da Índia. O antigo 1.6, substituído, tinha no máximo 131 cv. O câmbio automático agora é automático de verdade, com conversor de torque, e também tem seis marchas como o antigo automatizado Powershift, que também saiu de cena. Este novo motor só está disponível nas versões SE e Freestyle, Já o novo câmbio automático é opcional nestas duas versões e de série na Titanium.
Segundo a revista Quatro Rodas, o Freestyle acelera de 0 a 100 km/h em 12,6 segundos e recupera a velocidade entre 80 e 120 km/h em 10,3 segundos. Pena que o desempenho não agrada tanto. Ele fica atrás do Nissan Kicks e seu motor de apenas 114 cv e do Hyundai Creta em retomada (a aceleração é igual), que tem no máximo 130 cv. Só supera o Renault Captur 1.6, de 120 cv. O consumo de 10,6 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada é semelhante aos concorrentes, assim como a frenagem de 80 a 0 km/h em 28,6 metros e o ruído de 63,2 decibéis aos mesmos 80 km/h.
O Ecosport Freestyle tem rodas escurecidas, grade sem cromados e é equipado de série com ar-condicionado automático e digital, assoalho inteligente do porta-malas, bancos revestidos em tecido e couro, câmera de ré, central multimídia Sync 3 de 8” com navegação por GPS em português, computador de bordo com tela LCD de 4,2”, luzes diurnas em LED, rodas de 16”, sensor de ponto cego e tráfego cruzado. Custa R$ 81.490 com câmbio manual e R$ 86.490 com o automático.
Os sete airbags (frontais, laterais, cortina e joelho do motorista) e o assistente de partida em rampa não estão restritos à versão Titanium. Eles já são de série na básica SE, também somente com o motor 1.5 Dragon e que também traz ar-condicionado manual, aviso de portas abertas e faróis acesos, banco do motorista com ajuste de altura, banco traseiro bipartido, central multimídia Sync 3 com tela sensível ao toque de 6,5” com Bluetooth e entrada USB, chave canivete com controle remoto, cinto de segurança de três pontos para todos os bancos com aviso de uso, computador de bordo de 2,8”, controle eletrônico de estabilidade e tração, direção elétrica, gancho para reboque, ganchos ISOFIX para cadeiras infantis, grade frontal ativa, porta-malas com abertura elétrica, retrovisores externos elétricos com luzes de seta integradas, rodas de liga leve de 15”, sensor de estacionamento traseiro, sensor de pressão dos pneus, vidros elétricos com função one-touch, volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade. A SE sai por R$ 73.990 a manual e R$ 78.990 a automática.
A versão top continua sendo a Titanium, que não ganhou um motor inteiramente novo, como um turbo da série Ecoboost, mas trocou o seu velho 2.0 Duratec, que vinha desde a primeira geração, pelo 2.0 DirectFlex do Focus, que tem injeção direta, mas sem turbo e com potência reduzida de 175/178 cv para 170 cavalos com gasolina e 176 cv com álcool. Mesmo assim, é um grande avanço em relação ao antigo motor de até 147 cv e lhe dá uma boa vantagem contra os seus concorrentes com motor 2.0 (como o Hyundai Creta e o Renault Captur) ou turbo (Chevrolet Tracker e Peugeot 2008 THP). Os dados de teste desta versão ainda não foram divulgados. O câmbio é o automático de seis marchas e não há a opção do manual.
A versão top continua sendo a Titanium, que não ganhou um motor inteiramente novo, como um turbo da série Ecoboost, mas trocou o seu velho 2.0 Duratec, que vinha desde a primeira geração, pelo 2.0 DirectFlex do Focus, que tem injeção direta, mas sem turbo e com potência reduzida de 175/178 cv para 170 cavalos com gasolina e 176 cv com álcool. Mesmo assim, é um grande avanço em relação ao antigo motor de até 147 cv e lhe dá uma boa vantagem contra os seus concorrentes com motor 2.0 (como o Hyundai Creta e o Renault Captur) ou turbo (Chevrolet Tracker e Peugeot 2008 THP). Os dados de teste desta versão ainda não foram divulgados. O câmbio é o automático de seis marchas e não há a opção do manual.
A Titanium custa R$ 93.990 e adiciona ao SE e Freestyle acendimento automático dos faróis, chave com sensor de presença e partida sem chave, espelho retrovisor eletrocrômico, faróis de xenon, cinco alto falantes e quatro tweeters, sensor de chuva, sistema anti-capotamento, teto solar elétrico. Seu interior tem a parte inferior do painel e o revestimento dos bancos e parte das portas na cor bege claro.
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