A espanhola SEAT, marca do grupo Volkswagen, esteve no Brasil na década de 90 com um pequeno sucesso com os seus Ibiza e Cordoba quando 0 km, mas bastante rejeitada no mercado de usados e manutenção. Este ano, ela volta a ter importância para nós por dois motivos.

O primeiro foi o hatch Ibiza que antecipou o Polo, construído sobre a mesma plataforma. Dito e feito. O Volkswagen já foi revelado, inclusive aqui no Guscar, que também falou do modelo espanhol. Agora é a vez do utilitário esportivo compacto Arona, que vai dar origem ao SUV da marca alemã e também utiliza a base modular MQB A0 dos hatches já apresentados. 


O estilo do T-Cross (nome ainda não definitivo) pode não ser fiel ao do comportado Arona, que tem faróis e grade típicos da SEAT e janela lateral ascendente com friso prateado dividindo as pinturas da carroceria e do teto. As lanternas traseiras são horizontais. Mas o modelo espanhol vai dar uma ideia das dimensões e habitáculo do modelo da Volkswagen. 


O Arona tem 4,14 m de comprimento (a média do segmento é de 4,25 m), 1,78 m de largura (1 cm a mais que o Honda HR-V), 1,54 m de altura (4 cm a menos que o Nissan Kicks) e 2,56 m de entre-eixos (1 cm a menos que o Jeep Renegade).


O interior é mais discreto que o do Ibiza, que também tem aplique colorido como o Polo. O painel do Arona lembra o do Honda HR-V, só que com as saídas de ar centrais separadas das do carona, como no nosso Gol. O revestimento central do painel, que emoldura o espaço da tela multimídia, é na cor cinza convencional e aparenta ser material macio como no HR-V. O porta-malas tem capacidade para 400 litros, 20 a menos que a média do segmento. 

Ar condicionado digital dual zone, sistema multimídia com espelhamento com Apple e Android e entrada e partida sem chave são itens visíveis na foto do painel, mas o Arosa também terá carregador de celular sem fio, seletor de quatro modos de direção e recursos de segurança como alerta de veículos nos pontos cegos, alerta de tráfego traseiro, piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência, assistente de estacionamento semi-autônomo e frenagem de colisão múltipla.


A motorização vem da Volkswagen e deve ser usada também pelo T-Cross como os motores 1.0 TSI (de três cilindros com turbo e injeção direta) com potências entre 95 e 115 cavalos, o moderno 1.5 TSI de quatro cilindros com desativação de alguns deles e 150 cv de potência, além de versões 1.6 a diesel. Aqui no Brasil, o Volkswagen deve ter o TSI de 125 cv do Golf e o 1.6 16v MSI de 123 cv, ambos Flex.  

O T-Cross será fabricado em São José dos Pinhais no Paraná, enquanto o Polo e o sedã Virtus serão fabricados em São Bernardo do Campo. O utilitário também pode ter uma versão picape, futura maior concorrente da Fiat Toro, com cabine dupla e opção de tração 4x4. 

Conceito Volkswagen T-Cross Breeze

Diante da expectativa do lançamento no Brasil do SUV compacto da Volkswagen, o Seat Arona, assunto principal desta matéria, que não deve vir para cá, acabou ficando em segundo plano e servindo de referência para o futuro T-Cross.  


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO, COM INFORMAÇÕES DO CAR.BLOG.BR 
FOTOS: DIVULGAÇÃO 


Nota do Editor: O nome Arona vem de um município nas Ilhas Canárias, mas lembra o antigo subcompacto Arosa, versão SEAT do finado Lupo, este um antecessor indireto do Up! (o direto era o nosso Fox, muito criticado na Europa), que também tem um similar espanhol chamado Mii