TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


A Sport Series, série esportiva de acesso da McLaren (embora custe quase 200 mil euros na Europa), conhece o seu terceiro membro. Depois do 570S e do 540C, agora é a vez do 570GT, apresentado no último Salão de Genebra.




O desenho ondulado, inspirado no top de linha P1, com faróis que remetem ao logotipo da McLaren, permanece, mas, com o 570GT, a marca britânica criada na Fórmula 1 quer oferecer mais conforto e praticidade, a começar pelo teto solar panorâmico fixo e a tampa de abertura lateral, novidade neste novo modelo, que protege um porta-malas de 220 litros (há também um bagageiro no capô da frente, com 150 litros), com revestimento de couro sobre o motor V8 biturbo 3.8 de injeção direta, 570 cavalos (que dá nome ao carro) e 61,2 kgfm de torque. 


Tanto o teto quanto a tampa são de cristal, com 18% de escurecimento e sistema de absorção de ruído. A estrutura é de fibra de carbono e a ponta da traseira é 10 mm mais alta para melhorar a aerodinâmica. 


Para fazer jus à proposta do novo esportivo, o mais luxuoso da Sport Series, a maior parte do interior também é revestida em couro e materiais de tapeçaria exclusivos. As portas, construídas em alumínio, têm ângulo de altura (abrem para cima) maior, para facilitar o acesso.



O 570 GT traz bancos com aquecimento, ajustes elétricos e função de memória, volante com também regulável eletricamente e função de entrada e saída, sistema de fechamento das portas diferenciado, sensor de estacionamento traseiro, ar condicionado dual zone, sistema multimídia com navegador, telefone viva-voz e sistema de som com oito alto-falantes, operados pela tela TFT no centro do console. Como opcional há o sistema de som premium Bowers and Wilkins e o kit de personalização By McLaren, com combinação variada de materiais e cores do interior e da carroceria.




Na mecânica, o principal ajuste para tornar a 570GT confortável foi a suspensão, que tem molas 15 e 10% menos rígidas nos eixos dianteiro e traseiro, respectivamente. Os amortecedores têm dureza regulável em três posições: Normal, Sport e Track, que também alteram a velocidade da resposta do câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, que não tem alavanca no console. O novo sistema de direção prioriza o conforto em viagens mais longas. Os pneus Pirelli P-Zero, que calçam as rodas dianteiras de 19 polegadas e traseiras de 20 pol, também têm sistema de redução do ruído e o som do escapamento é mais silencioso que as outras versões da série.


Todo luxo e conforto acabou atrasando em dois décimos a aceleração de 0 a 100 km/h do McLaren 570GT em relação ao S. Culpa dos 1.350 kg do seu peso, 37 kg maior. Mas não se trata de um carro lento. Afinal, leva apenas 3,4 segundos e 9.8 segundos para ir até os 200 km/h. E ele continua chegando aos 328 km/h. Tem que honrar a sigla GT, usada por diversos modelos em todo o mundo.



A McLaren no mercado

A McLaren voltou a produzir carros de "rua" em 2011, quando lançou o MP412C, sucedido em 2014 pela série 600 (650S e 675LT) ou SuperSeries. Seu modelo pioneiro, o F1 (1993-1998) só ganhou um sucessor em 2013, o P1, que foi documentado no Guscar e já parou de ser fabricado após 375 unidades. Isso sem falar do SLR McLaren, fabricado em parceria com a Mercedes entre 2003 e 2010. A Sport Series, da qual faz parte o 570GT, foi lançada no ano passado. 

McLaren F1 (1993-1998)


Mercedes SLR McLaren (2003-2010)
McLaren MP4 12C (2011-2015) / Foto: Gustavo do Carmo 

MP4-12C High Sport




McLaren 650S Spider (2014) / Foto: Gustavo do Carmo

McLaren 675 LT (2015)