O Renegade é produzido na nova e moderna unidade do grupo FCA (Fiat-Chrysler Automotive) em Goiana, interior de Pernambuco. É o primeiro modelo da divisão Jeep fabricado no Brasil. O velho Jeep Willys, que teve a sua produção cessada pela Ford em 1982, ainda não tinha a sua marca independente. Hoje, o grupo Chrysler pertence à Fiat.
O Renegade tem o desenho mais rústico dos utilitários compactos. Mais até que o do Renault Duster. Isso se deve à carroceria reta, com janelas laterais planas, às lanternas quadradas com as lentes brancas em formato de X, às luzes de direção separadas do conjunto ótico, aos faróis redondos também com lentes em X e à tradicional grade com os sete gomos verticais da Jeep. Aliás, a grade é um pouco recuada em relação ao capô e ao para-choque e os faróis são recuados em relação à grade. Nos dois para-choques da versão Trailhawk, ganchos para reboque (dois na dianteira e um na traseira) que suportam o peso do carro mais 300 kg reforçam a vocação lameira do Renegade. Também na versão top o teto (em fibra de vidro) pode ser removido (opcional).
Por Weverton Galease
O Chevrolet Malibu foi lançado no Brasil em 2010, importado diretamente dos Estados Unidos. Foi prejudicado pelo custo-benefício pouco atraente: era mais caro que o rival Ford Fusion e ainda tinha poucos equipamentos. Foi por isso que a GMB enrolou, enrolou e nem lançou a geração seguinte aqui.
O Malibu 2016 adota um estilo "cupê de quatro portas", com um teto à la Ford Fusion que mistura-se bem ao longo capô e saliências cortadas. O rosto do Malibu é elegante, apesar de alguns ângulos, a horizontalidade grave da borda superior dos faróis empresta uma aparência caída. No geral, as linhas nítidas do Malibu 2016, nos deixa esquecer a tristeza do velho Malibu.
Pela primeira vez em quase dez anos, o estilo rompe com a geração anterior. O comportado sedã japonês deu lugar a um arrojado cupê de quatro portas ou fastback (como o novo nome do Focus Sedan no Brasil), com teto caindo suave até a tampa do porta-malas mais curta. As lanternas traseiras mantêm o formato atual, mas as luzes de LED assumiram uma forma de C (ou o verdadeiro formato bumerangue), lembrando os modelos da Volvo. Apesar dos faróis, também com diodos emissores de luz, se integrarem ao desenho da máscara da grade, a dianteira foi a que menos me agradou. Ficou poluída. O desenho já havia sido antecipado no início do ano, em um conceito da versão cupê, que será lançada em breve.
Oito anos depois, o Ford GT volta a renascer no Salão de Detroit de 2015. Desta vez, com o estilo totalmente renovado. Só o capô e os faróis remetem ao modelo original, para manter a identidade. O par de colunas escurecidas sugere que o para-brisa incorporou as janelas laterais. A maior parte da carroceria, inclusive o capô dianteiro, é composta de vincos, túneis e generosas entradas de ar. As portas agora se abrem para cima. A estrutura das rodas traseiras e o aerofólio parecem flutuantes. As lanternas redondas, posicionadas nas extremidades se confundem com as duas saídas de escape colocadas bem no centro.
As picapes médias já eram sucesso nos Estados Unidos, onde são consideradas compactas, uma década antes de chegarem ao Brasil. Com a abertura das importações promovida pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, modelos como Toyota Hilux, Mitsubishi L200, Mazda B2200 e Nissan Frontier (então chamada de King Cab) invadiram o mercado brasileiro com mais conforto e tecnologia que as arcaicas e pesadas Chevrolet A/C/D20 e Ford F1000.
Motivadas pela forte concorrência, estas duas montadoras norte-americanas, as com maior tempo em atividade no país, decidiram se mexer e apostaram no novo segmento de picapes, que, além do menor tamanho (em altura e largura), tinham a dirigibilidade de uma caminhonete suavizada, inserindo um conforto de carro de passeio e mantendo a agilidade de um veículo fora de estrada.
A Ford saiu na frente e trouxe, direto dos Estados Unidos, a Ranger, ainda em 1994, já em nova geração, mais moderna que a original norte-americana de 1982. A Chevrolet, por sua vez, chegou depois por um motivo nobre: resolveu fabricar a sua S10 (também nascida lá em 82 e já reestilizada) aqui mesmo no Brasil. E com frente diferenciada da matriz. Chegou por volta de março de 1995, apenas com cabine simples. Há vinte anos.
O primeiro carro nacional clonado por uma marca diferente e vendido simultaneamente com o modelo original está completando 25 anos. O Volkswagen Apollo foi a primeira experiência de um novo passo da Autolatina, holding que controlava a Volks e a Ford entre 1987 e 1995: carrocerias iguais com marcas diferentes. Antes, já compartilhavam os motores AP1800 da Volkswagen e o CHT 1.6 da Ford. A unificação das concessionárias, que aconteceu na Argentina, não foi levada adiante no Brasil.
O modelo clonado foi o Ford Verona, versão três volumes e apenas duas portas do Escort, lançado no finalzinho de 1989. Em junho de 1990 chegou o Apollo, ironicamente batizado em homenagem ao Deus grego da beleza, nas versões GL e GLS, que se diferenciava do Verona por outros pequenos detalhes estéticos e mecânicos além do emblema Volkswagen.
O HR-V derrotou seis concorrentes. Quatro deles foram lançados em 2015: Jeep Renegade, Peugeot 2008, Suzuki S-Cross e JAC T6. Só o Ford Ecosport e o Chevrolet Tracker eram veteranos. O Honda venceu cinco dos treze itens analisados: câmbio (empatado com o S-Cross), desempenho, frenagem, estilo e acabamento. Seus piores resultados foram antepenúltimos lugares (quinto lugar) no motor, no nível de ruído e na lista de equipamentos. Carro do Ano da revista Autoesporte, o Renegade ficou na modesta sexta colocação, à frente apenas do chinês T6.
Primeiro veículo do mundo a popularizar o sistema híbrido de alimentação (motores a gasolina e elétrico), o Toyota Prius foi lançado em 1997 com um desenho bem estranho. Era um sedã com cara de carro conceito da época que só conquistou os europeus e americanos, de fato, na sua segunda geração, lançada em 2004, transformada em fastback e com estilo convencional.
Seu concorrente mais famoso, o Chevrolet Volt, também nasceu com visual futurista, em 2010. Apesar de ter sido eleito o Carro do Ano na Europa, dois anos depois, junto com a sua versão alemã, o Opel Ampera, também não conseguiu ser tão popular como a General Motors acreditava.
E no último Salão de Detroit foi revelada a sua segunda geração, que pretende repetir o sucesso do rival e até roubar a sua popularidade. Para isso precisou se renovar inteiramente. Seguiu o exemplo do Prius e adotou linhas modernas e contemporâneas, como as de um carro convencional só com motor a combustível. A inspiração foi o novo Cruze. O novo Volt 2016 chegará ao mercado norte-americano no segundo semestre deste ano.
Nesta categoria de prêmios especiais, a revista Autoesporte voltou a escolher duas personalidades para o Hall da Fama (Chico Rosa e Márcio Piancastelli), escolheu um Executivo (Besaliel Botelho) que não representa uma marca de veículos e sim uma fabricante de autopeças (a Bosch), deu o título Verde a uma marca (Nissan) e não a um determinado modelo e escolheu não apenas o melhor site, como também a melhor ação digital do ano, incluindo Twitter, Facebook, Instagram e You Tube. E a vencedora também foi a marca japonesa. Já o comercial do ano foi mantido. O escolhido deste ano foi o Honda HR-V.
O Ford Fiesta Sedan ganhou cinco quesitos sozinho (motor, desempenho, estilo, assistência e equipamentos de série), dividiu dois com o Honda City (frenagem e acabamento), empatou em nível de ruído, ficou em segundo no preço, câmbio, consumo e porta-malas (quatro) e só ficou em terceiro e último no espaço interno. Em segundo lugar ficou o Honda City EXL e em terceiro, o Hyundai HB20S Premium 1.6. Foi o que teve o melhor aproveitamento entre os comparativos feitos pelo blog.
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