A linha 90 da Volvo, que é a top, dá continuidade à renovação estética da marca sueco-chinesa. O processo começou com o utilitário XC90, que acabou de ser eleito o Carro Premium do Ano da revista Autoesporte, conforme eu mostrei aqui no Guscar. Agora é a vez do sedã S90, que, com 4,96m de comprimento, vai concorrer com os alemães Audi A6, Mercedes Classe E e BMW Série 5 e o inglês Jaguar XF. Em breve ele também terá uma versão perua.
O nome já foi usado em 1997, ainda no velho modelo que se chamava 960, de 1991. Foi somente uma transição, pois ele foi substituído pelo então moderno S80 em 1998, que inaugurou, justamente, o penúltimo conceito estético anterior.
Volvo S90 1997 |
Ao mesmo tempo em que a nova identidade visual frontal é muito semelhante ao do SUV, como a grade de filetes verticais, a seta do logotipo alinhada com a barra diagonal e as luzes diurnas em T, o conjunto apresenta algumas discretas diferenças. A grade é levemente côncava e os faróis são mais retos. Para trás, a diferença é total. E não é por causa do formato da carroceria.
O S90 é mais esportivo e elegante que o XC, que ficou com as linhas muito quadradas. O sedã, inspirado nos últimos conceitos da Volvo apresentados em Salões, tem teto de caída suave como um cupê, mas o terceiro volume é bem reto. Na traseira, as lanternas têm formato de L, que se transforma em um C quando alinhadas ao fino prolongamento na tampa do porta-malas. Entre elas a inscrição VOLVO em baixo relevo.
Por dentro, o painel também é semelhante ao XC90, inclusive na tela multimídia vertical e o quadro de instrumentos virtuais configuráveis. Mas os difusores centrais, também verticais, são mais finos e alinhados com o display. O acabamento é em couro e tem apliques de madeira, além de detalhes em alumínio, como no utilitário. No banco de trás, o espaço para as pernas é amplo e os passageiros dispõem de comandos digitais do ar condicionado, mas o túnel da transmissão é bem alto e cria uma limitação para os pés e inviabiliza o quinto passageiro.
Na tecnologia, a novidade é o sistema de condução semi-autônoma Pilot Assist, que mantém o carro na faixa correta em velocidades de até 130 km/h, controlando acelerador, freios e direção, mesmo que não haja um carro à frente. É mais passo na direção 100% autônoma. O já conhecido City Safety, de frenagem automática, agora reconhece passantes de maior porte, como vacas, cavalos e alces, e para o carro num espaço menor. Também tem reconhecimento noturno.
Na motorização ele terá as versões T5, T6 e T8 Twin Engine, este último um híbrido com um motor elétrico de 80 cavalos e uma bateria plug-in ligada ao virabrequim. O motor a gasolina é o conhecido Drive-E 2.0 com turbo e injeção direta, usado no XC90, que rende 320 cv e também equipa a versão T6 (no T5 tem apenas 240 cv). Somado com o motor elétrico chega a 400 cv. Haverá também duas versões a diesel 2.0, com 190 (D4) e 235 cv (D5).
O Volvo S90 será apresentado ao público no próximo Salão de Detroit, em janeiro e terá esquema de pré-venda semelhante ao que foi feito com o XC: série especial limitada para clientes selecionados.
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