TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Se este texto tivesse música, seria aquele famoso canto gregoriano: Aleluia! Aleluia! Sim, ele veio, ele veio! Estou falando do Golf na nova geração, a sétima mundial e... apenas a terceira a ser oferecida em nosso país tupiniquim.
Depois de quinze anos e um face-lift de gosto duvidoso em 2007, o hatch médio da Volkswagen vendido no Brasil enfim mudou radicalmente. A quarta geração, que chegou importada da Alemanha e em pouco mais de seis meses passou a ser fabricada em São José dos Pinhais, no Paraná, junto com a primeira versão do Audi A3, era quase uma cápsula do tempo. Do tempo em que os airbags frontais ainda eram "a" novidade e o must eram o ar condicionado digital e o CD Player com iluminação azul.
Por causa da má vontade e ganância pela relação "custo de produção x lucro" das montadoras estrangeiras que atuam em nosso país, a quinta e a sexta geração foram especuladas, mas nunca vieram. E exatamente um ano e um mês depois de eu ter apresentado, aqui no Guscar, as suas primeiras fotos (justamente no dia do meu aniversário), o Golf VII já está à venda no país, a partir de R$ 67.990.
Pulando três gerações, o Golf vai fazer um revival. Começa vindo da Alemanha (como em 1998) em duas versões: Highline 1.4 e GTI 2.0, ambas com quatro portas e motor turbo de injeção direta de gasolina, chamados TSI. Em 2015 começa a ser fabricado na mesma unidade de São José dos Pinhais, onde a quarta geração ainda é produzida. Há quinze anos ele chegava nas versões 1.6 de oito válvulas e também com 2.0 8v e GTI, na época 1.8 Turbo.
O 1.4 TSI, somente a gasolina, da Highline, de quem vamos falar agora (o GTI terá um post exclusivo), tem 140 cavalos de potência (mais que o irmão de plataforma Audi A3 Sportback). É a versão que custa 68 mil reais. Com este preço, cai por terra a ideia de que ele seria apenas um carro de imagem. Pelo menos nesta versão básica, ele vem com tudo no mercado para enfrentar Chevrolet Cruze Sport6 1.8 (144 cv / R$ 64.490), o novo Focus (R$ 63.990 na versão SE 1.6 com 135 cavalos), o já ultrapassado Peugeot 308 Allure 2.0 (151 cv / R$ 74.990) e o esquecido Fiat Bravo 1.4 T-Jet (152 cv / R$ 68.500).
O Highline vem da Alemanha de série com câmbio manual de seis marchas, freios ABS com EBD, controles de tração e estabilidade, bloqueio eletrônico do diferencial, freio de mão eletrônico, sete airbags (2 frontais, 2 laterais, 2 de cortina e um de joelho), alerta de perda de pressão dos pneus, ar condicionado digital de duas zonas, piloto automático simples, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensores de chuva e faróis, sistema Start-Stop (que desliga o motor nas paradas breves) e os já comuns direção elétrica, trio elétrico, com espelhos externos rebatíveis automaticamente, computador de bordo, bancos dianteiros com ajuste lombar, ajuste de altura e profundidade do volante (que é multifuncional, com controles do rádio, piloto automático e computador de bordo), CD Player com tela multimídia de 5,8 polegadas, sensor de aproximação e entradas USB, cartão de memória, entradas auxiliares e conexão Bluetooth, além de faróis de neblina, lanternas e luz da placa em LED e rodas de liga-leve de 16 polegadas.
Tirando o sistema start-stop, a lista de equipamentos do Golf Highline básico não é tão inovadora. É semelhante aos dos rivais. Mas é mais barato que as versões mais caras do Bravo e do 308 e é mais equipado que o Cruze básico e o Focus intermediário.
Mas o Highline vai ficando mais caro à medida que recebe opcionais. A começar pelo câmbio automatizado DSG de sete velocidades e dupla embreagem, que sobe o preço para R$ 74.990, já com hastes para mudanças manuais no volante inclusas. Aí a concorrência já passa a ser com o Cruze LTZ (R$ 79.990, com o mesmo motor flex), Bravo Absolute Dualogic (R$ 79.493 completo e com motor 1.8 Flex de 132 cavalos, porque o T-Jet só tem câmbio manual), 308 THP 1.6 (R$ 74.990 com 165 cv) e o Focus SE Powershift (R$ 72.990 com o 2.0 Direct Flex de 178 cv). Neste caso, o Golf passa a ser bem mais vantajoso.
O Golf 1.4 ainda tem os pacotes Elegance, Exclusive e Premium. O primeiro custa R$ 72.990 com manual e R$ 79.990 com o DSG. Adiciona o seletor de perfil de direção entre quatro modos (normal, eco, esporte e individual), sistema de navegação com tela de 5,8 polegadas, três anos de atualização grátis dos mapas e comando de voz, além do sistema de acesso sem chave e partida por botão.
A Exclusive sai por R$ 82.990 e R$ 89.990. Acrescenta faróis de xénon com luzes diurnas de LED, regulagem dinâmica de altura e indicador do nível da água do lavador e revestimento interno de couro com aquecimento dos bancos dianteiros. A Premium eleva o preço para R$ 92.990 e R$ 99.990, completando com bancos dianteiros com ajustes elétricos, detector de fadiga e sistema de proteção ativa para os passageiros, que fecha os vidros automaticamente quando detecta risco de acidente.
Aliás, completa não. Tem mais opcionais independentes como teto solar elétrico panorâmico (R$ 4.500), Park Assist de segunda geração com câmera traseira (R$ 3.730), sistema de navegação com tela de 8 polegadas e HD de 60GB (R$ 6.730) e as duas opções de rodas de liga-leve de 17 polegadas, chamadas Madrid (R$ 280) e Géneve (R$ 950). Com esses preços, o Golf Highline ultrapassa a faixa dos 100 mil reais e já se tornou um modelo extra-premium.
E ainda tem as opções de cores metálicas (Azul Night, Cinza Limestone, Prata Sargas e Tungstenio, por R$ 948) e perolizada (somente a Preto Mystic por R$ 1.422). Quem quiser economizar na cor deve optar pelas sólidas Branco Puro, Preto Ninja e Vermelho Tornado.
Segundo a revista Quatro Rodas, o motor 1.4 com câmbio manual leva o Highline a acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos, retomar entre 80 e 120 km/h em 8,9 segundos e alcançar os 212 km/h. O consumo urbano é de 11,5 km/l e o rodoviário, 14,9 km/l. A frenagem e o nível de ruído, ambos a 120 km/h são de, respectivamente, 58,4 metros e 65,5 decibéis.
Com o automático a aceleração cai para 8,6 segundos e a retomada para impressionantes 6 segundos. O consumo urbano é o mesmo, mas o rodoviário caiu para 14,1 km/l. Frenagem e ruído também melhoraram para 57,9 metros e 62,8 metros, também a 120 km/h.
Contra os concorrentes, o Golf se mostrou bem superior em desempenho, consumo, segurança e nível de ruído. Foi melhor até que o Audi A3, com quem compartilha a plataforma modular MQB, exceto em consumo (empatou na cidade, mas perdeu na estrada) e ruído. Ele também perde em frenagem e ruído para o Bravo, considerando a versão manual.
A sétima geração do modelo que começou a sua história na Europa em 1974 tem desenho marcante. Tanto por manter a mesma silhueta (hatch com traseira levemente vertical e coluna lateral traseira larga) desde a primeira geração, quanto pelos vincos na carroceria presentes no capô (na altura dos faróis), nos para-lamas laterais, abaixo das maçanetas das portas e na traseira, entre as lanternas horizontais, cortando o emblema no centro. O estilo conservador foi atualizado nos faróis, grade (com friso cromado no Highline e vermelho no GTI), para-choques, vidros e lanternas traseiras, que invadem um pouco a lateral.
O acabamento interno é impecável. O painel adotou o formato clássico de quadro de instrumentos (em baixo relevo) e console central (voltado para o motorista) unidos. Ele tem revestimento emborrachado, montagem sem muitos vãos e friso em plástico duro brilhante texturizado na altura do porta-luvas. Este detalhe também está presente nas portas, que são revestidas em tecido nas versões até a Elegance. A partir da Exclusive é de couro. O espaço para os passageiros de trás é razoável e eles dispõem de saída de ar condicionado. E o porta-malas tem apenas 313 litros, enquanto os concorrentes têm mais de 350.
Com garantia de 3 anos (enquanto os Volks nacionais só têm um) e poucos defeitos (só no porta-malas e na extensa lista de opcionais que encarecem demais o Golf), o hatch médio da Volkswagen no Brasil enfim entrou no século XXI.
Aliás, completa não. Tem mais opcionais independentes como teto solar elétrico panorâmico (R$ 4.500), Park Assist de segunda geração com câmera traseira (R$ 3.730), sistema de navegação com tela de 8 polegadas e HD de 60GB (R$ 6.730) e as duas opções de rodas de liga-leve de 17 polegadas, chamadas Madrid (R$ 280) e Géneve (R$ 950). Com esses preços, o Golf Highline ultrapassa a faixa dos 100 mil reais e já se tornou um modelo extra-premium.
E ainda tem as opções de cores metálicas (Azul Night, Cinza Limestone, Prata Sargas e Tungstenio, por R$ 948) e perolizada (somente a Preto Mystic por R$ 1.422). Quem quiser economizar na cor deve optar pelas sólidas Branco Puro, Preto Ninja e Vermelho Tornado.
Segundo a revista Quatro Rodas, o motor 1.4 com câmbio manual leva o Highline a acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos, retomar entre 80 e 120 km/h em 8,9 segundos e alcançar os 212 km/h. O consumo urbano é de 11,5 km/l e o rodoviário, 14,9 km/l. A frenagem e o nível de ruído, ambos a 120 km/h são de, respectivamente, 58,4 metros e 65,5 decibéis.
Com o automático a aceleração cai para 8,6 segundos e a retomada para impressionantes 6 segundos. O consumo urbano é o mesmo, mas o rodoviário caiu para 14,1 km/l. Frenagem e ruído também melhoraram para 57,9 metros e 62,8 metros, também a 120 km/h.
Contra os concorrentes, o Golf se mostrou bem superior em desempenho, consumo, segurança e nível de ruído. Foi melhor até que o Audi A3, com quem compartilha a plataforma modular MQB, exceto em consumo (empatou na cidade, mas perdeu na estrada) e ruído. Ele também perde em frenagem e ruído para o Bravo, considerando a versão manual.
A sétima geração do modelo que começou a sua história na Europa em 1974 tem desenho marcante. Tanto por manter a mesma silhueta (hatch com traseira levemente vertical e coluna lateral traseira larga) desde a primeira geração, quanto pelos vincos na carroceria presentes no capô (na altura dos faróis), nos para-lamas laterais, abaixo das maçanetas das portas e na traseira, entre as lanternas horizontais, cortando o emblema no centro. O estilo conservador foi atualizado nos faróis, grade (com friso cromado no Highline e vermelho no GTI), para-choques, vidros e lanternas traseiras, que invadem um pouco a lateral.
O acabamento interno é impecável. O painel adotou o formato clássico de quadro de instrumentos (em baixo relevo) e console central (voltado para o motorista) unidos. Ele tem revestimento emborrachado, montagem sem muitos vãos e friso em plástico duro brilhante texturizado na altura do porta-luvas. Este detalhe também está presente nas portas, que são revestidas em tecido nas versões até a Elegance. A partir da Exclusive é de couro. O espaço para os passageiros de trás é razoável e eles dispõem de saída de ar condicionado. E o porta-malas tem apenas 313 litros, enquanto os concorrentes têm mais de 350.
Com garantia de 3 anos (enquanto os Volks nacionais só têm um) e poucos defeitos (só no porta-malas e na extensa lista de opcionais que encarecem demais o Golf), o hatch médio da Volkswagen no Brasil enfim entrou no século XXI.
Pontos Fortes
+ Acabamento
+ Motor 1.4 TSI
+ Câmbio DSG
+ Desempenho
+ Consumo
+ Frenagem
+ Nível de ruído
+ Equipamentos de série
Pontos Fracos
- Porta-malas
- Muitos opcionais
- Preço completo
FICHA TÉCNICA
Motores: Quatro cilindros, transversal, turbo, injeção direta de gasolina (TSI), 1.395 cm³, 16 válvulas
Potência: 140 cv
Câmbio: Manual de seis marchas ou Automatizado sequencial de sete marchas e dupla embreagem com mudanças manuais
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9 (manual) e 8,6 (automático) segundos (Revista Quatro Rodas)
Velocidade máxima: 212 km/h (VW)
Consumo: 11,5 km/l na cidade e 14,9 (manual) / 14,1 (automático) km/l na estrada
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,25/1,80/1,47/2,63m
Porta-malas: 313 litros
Tanque: 50 litros
Preço básico: R$ 67.990
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