O Citroën C4 Pallas foi lançado em 2007 como a grande aposta da marca francesa no segmento de sedãs médios, considerado no Brasil mais importante que os hatches. Aliás, não é só aqui. O Pallas surgiu na China, onde era chamado de C-Triomphe, e depois foi vendido na Rússia, dois mercados emergentes que também são fãs dos carros de três volumes. Por isso, chegou importado da Argentina antes do hatch de quatro portas, que demorou a beça para vir.
Na época, o Pallas venceu até um comparativo do Guscar contra o Chevrolet Vectra, Honda Civic e Nissan Sentra. Porém, em 2010, foi apresentada na Europa a segunda geração da linha C4. Como se já estivesse informado, o consumidor brasileiro começou a rejeitar o sedã e ele ficou esquecido no mercado.
C4 Pallas |
Seis anos depois a história começa a se repetir. O C4 reestilizado, depois de longa espera, chega na versão sedã, que nasceu na China (onde é chamado de C4L), já é fabricado na Rússia, mas vem importado para nós da Argentina.
No Brasil, o três volumes do novo C4 também mudou de nome. Agora é chamado de C4 Lounge e já está à venda a partir de R$ 60 mil.
Claro que a história não se repetiu completamente porque, na época, o Pallas chegou depois do cupê de duas portas VTR, inexistente na nova geração (até porque já tem o DS4).
E espera-se que o novo modelo não repita o fracasso do Pallas, pois o Lounge é outro carro, com faróis mais angulosos, grade mais aberta com moldura unida ao emblema da marca (como todos os modelos atuais da Citroën) e traseira bem mais harmoniosa, com lanternas horizontais proporcionais, integrada ao desenho do carro e não enxertada de última hora com as enormes lanternas em formato bumerangue.
Aliás, o porta-malas curto (que, realmente, perdeu capacidade: de impressionantes 580 para medíocres 450 litros) e o recorte ascendente na parte traseira das janelas laterais lembram a nova geração do Toyota Corolla, que só vai chegar no ano que vem. Mas o C4 Lounge já enfrenta a concorrência do Honda Civic, Ford Focus, Nissan Sentra, Chevrolet Cruze, Kia Cerato, Renault Fluence, Volkswagen Jetta e do parente Peugeot 408.
O nome Lounge não foi escolhido à toa. Além de completar o insosso L do mercado chinês, a Citroën pretendeu fazer do interior do C4 uma sala de estar aconchegante e agradável. O acabamento é de qualidade, com direito a revestimento emborrachado no painel de estilo conservador (o mesmo do DS4, que faz parte da família).
Os instrumentos saíram do display no alto do painel, quase junto ao para-brisa, para a cômoda posição atrás do volante (que deixou de ter miolo fixo). De volta ao formato analógico com três túneis (de iluminação ajustável em intensidade e cor entre o azul e o branco), seria um retrocesso se não houvesse um display digital dentro de cada círculo, sendo que o do meio, além do computador de bordo, pode ser configurado para representar um velocímetro digital. O perfumador estiloso do ambiente, porém, foi abolido. Para alguns pode fazer falta, mas para quem enjoava do cheiro ou reclamava da manutenção deu graças a Deus.
Os instrumentos saíram do display no alto do painel, quase junto ao para-brisa, para a cômoda posição atrás do volante (que deixou de ter miolo fixo). De volta ao formato analógico com três túneis (de iluminação ajustável em intensidade e cor entre o azul e o branco), seria um retrocesso se não houvesse um display digital dentro de cada círculo, sendo que o do meio, além do computador de bordo, pode ser configurado para representar um velocímetro digital. O perfumador estiloso do ambiente, porém, foi abolido. Para alguns pode fazer falta, mas para quem enjoava do cheiro ou reclamava da manutenção deu graças a Deus.
O espaço no banco traseiro não mudou (continua muito bom para pernas e cabeça), assim como a distância entre-eixos de 2,71m. A largura, por sua vez, aumentou de 1,77 para 1,79m. O comprimento, entretanto, caiu de 4,77 para 4,62m, o que também colaborou para a redução do porta-malas.
O novo C4 Lounge realmente é outro carro no nome e na carroceria, mas manteve a plataforma (mudando apenas a suspensão traseira) e o motor 2.0 16v Flex de 143 e 151 cv, que passa a ser o mais simples da linha. O propulsor top agora é o THP 1.6 16v a gasolina, com turbo, injeção direta e potência de 165 cavalos, que estreia no C4, mas já não é nenhuma novidade, pois também é usado em vários carros da dupla Peugeot-Citroën, além do Mini e da BMW. O câmbio automático sequencial subiu de quatro para seis marchas, com controle manual, embora só na alavanca do console. Outro item mecânico que é o mesmo dos Peugeot 308 e 408.
Nesta versão, a aceleração de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos, retoma a velocidade entre 80 e 120 km/h em 8,4 seg. e alcança velocidade de 214 km/h. O consumo urbano é de 9,3 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada. A frenagem a 120 km/h é feita em 64 metros e o ruído a 63,4 decibéis.
No 2.0, as marcas são de respectivos 11,3 seg., 6 segundos, 208 km/h, 7,6 e 11,1 km/l, 64,4 m e 66,3 decibéis. Os números são da Revista Quatro Rodas, exceto os de velocidade.
Nesta versão, a aceleração de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos, retoma a velocidade entre 80 e 120 km/h em 8,4 seg. e alcança velocidade de 214 km/h. O consumo urbano é de 9,3 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada. A frenagem a 120 km/h é feita em 64 metros e o ruído a 63,4 decibéis.
No 2.0, as marcas são de respectivos 11,3 seg., 6 segundos, 208 km/h, 7,6 e 11,1 km/l, 64,4 m e 66,3 decibéis. Os números são da Revista Quatro Rodas, exceto os de velocidade.
O C4 2.0 fica atrás dos concorrentes Civic e Corolla de mesma cilindrada em desempenho, mas é superior na frenagem e no nível de ruído. O consumo é semelhante. Já o 1.6 THP é melhor em desempenho, frenagem e consumo (graças ao motor somente a gasolina), mas aí já perde no ruído. Na comparação com o modelo top entrou também o Focus 2.0 com injeção direta e flex. Neste caso foram usados os dados da revista Carro, inclusive do C4 Lounge.
As versões de acabamento repetem a nomenclatura do compacto C3: Origine, Tendance e Exclusive. A primeira terá apenas câmbio manual, motor 2.0, custará R$ 59.990 e trazem de série bolsas infláveis frontais, rodas de alumínio de 16 pol com pneus 205/55, faróis e luz traseira de neblina, freios ABS com distribuição eletrônica entre os eixos (EBD) e reforço de assistência em emergências, leds para luz diurna, ar-condicionado com difusores para o banco traseiro, alarme com ultrassom, fixação Isofix para cadeiras infantis, banco traseiro bipartido, computador de bordo, rádio/CD com MP3 e interface Bluetooth para celular, controlador e limitador de velocidade, direção com assistência eletro-hidráulica, volante regulável em altura e distância com comandos de áudio, para-brisa com isolamento acústico e controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores.
As versões de acabamento repetem a nomenclatura do compacto C3: Origine, Tendance e Exclusive. A primeira terá apenas câmbio manual, motor 2.0, custará R$ 59.990 e trazem de série bolsas infláveis frontais, rodas de alumínio de 16 pol com pneus 205/55, faróis e luz traseira de neblina, freios ABS com distribuição eletrônica entre os eixos (EBD) e reforço de assistência em emergências, leds para luz diurna, ar-condicionado com difusores para o banco traseiro, alarme com ultrassom, fixação Isofix para cadeiras infantis, banco traseiro bipartido, computador de bordo, rádio/CD com MP3 e interface Bluetooth para celular, controlador e limitador de velocidade, direção com assistência eletro-hidráulica, volante regulável em altura e distância com comandos de áudio, para-brisa com isolamento acústico e controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores.
A Tendance pode ter a transmissão manual (R$ 62.490) ou automática (R$ 66.990). Tem motor 2.0, os mesmos itens do Origine mais rodas de 17 pol com pneus 225/45, ar-condicionado automático de duas zonas, sensores de estacionamento traseiros, faróis e limpador de para-brisa automáticos, temporizador de faróis e retrovisor interno fotocrômico.
O Exclusive só tem câmbio automático, mas oferece os dois tipos de motor: o 2.0 e o 1.6 THP. Adiciona controle eletrônico de estabilidade e tração, bolsas infláveis laterais e de cortina, bancos e volante revestidos em couro, acesso ao interior e partida do motor (por botão) sem chave, para-sóis com espelhos iluminados e rebatimento elétrico dos retrovisores externos.
O 1.6 THP ainda é o mais completo: tem monitor de pontos cegos (leds nos retrovisores externos alertam se houver veículo em faixa adjacente e atrás), sensores de estacionamento dianteiros, câmera traseira para orientação de manobras e navegador por GPS em tela de sete polegadas no painel, além de rodas diferenciadas também de 17 polegadas e ponteira dupla de escapamento. E ainda tem um pacote opcional formado por teto solar de controle elétrico (bem pequeno se comparado ao C3 e Peugeot 208) e faróis com lâmpadas de xenônio em ambos os fachos e função autodirecional. O Exclusive 2.0 custa R$ 72.490 e o 1.6, R$ 77.990, que com o pacote opcional sobe para R$ 81.290.
A garantia é de 3 anos e as ofertas de cores são branca (sólida ou perolizada), azul, prata, cinza, preta e vermelha (todas metálicas). A expectativa da Citroën é que 1.500 consumidores por mês abram mão dos concorrentes para levar o C4 Lounge e que a futura terceira geração do C4 não apareça no exterior tão cedo. Que não se repita o que aconteceu com o Pallas e o Peugeot 308, este um ano depois de chegar ao Brasil. Quem manda o grupo PSA demorar a lançar seus carros por aqui?
Pontos Fortes
+ Acabamento
+ Espaço interno
+ Motor 1.6 THP
+ Desempenho (1.6 THP)
+ Consumo (1.6 THP)
+ Frenagem
+ Ruído (motor 2.0)
+ Equipamentos de série do motor 1.6 THP
Pontos Fracos
- Porta-malas reduzido em relação ao C4 Pallas
- Motor 2.0
- Desempenho 2.0
- Consumo 2.0
- Ruído 1.6 THP
Pontos Fortes
+ Acabamento
+ Espaço interno
+ Motor 1.6 THP
+ Desempenho (1.6 THP)
+ Consumo (1.6 THP)
+ Frenagem
+ Ruído (motor 2.0)
+ Equipamentos de série do motor 1.6 THP
Pontos Fracos
- Porta-malas reduzido em relação ao C4 Pallas
- Motor 2.0
- Desempenho 2.0
- Consumo 2.0
- Ruído 1.6 THP
FICHA TÉCNICA
Motores: Quatro cilindros, transversal. flex, 1.997 cm³, 16v (2.0 Flex)
Quatro cilindros, transversal, turbo, injeção direta de gasolina, 1.598 cm³, 16v (1.6 THP)
Potência: 143/151 cv (2.0 Flex) e 180 cv (1.6 THP)
Câmbio: Manual de cinco marchas e automático de seis
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,3 (2.0) e 8,9 segundos (THP) (Quatro Rodas, 2.0 com álcool)
Velocidade máxima: 208 e 214 km/h (Citroën)
Consumo: 7,6 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada (2.0 com álcool) / 9,3 e 13,5 km/l (THP)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,62/1,79/1,50/2,71 m
Porta-malas: 450 litros
Tanque: 60 litros
Preços: R$ 59.990 (Origine 2.0 manual) / R$ 62.490 (Tendance 2.0 manual) R$ 66.990 (Tendance 2.0 automática) / R$ 72.490 (Exclusive 2.0 automática) / R$ 77.990 (Exclusive 1.6 THP automática) / R$ 81.290 (Exclusive 1.6 THP completa)
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