Seis meses depois de apresentadas, aqui no Guscar, as primeiras imagens da quarta geração do Toyota RAV4, o crossover japonês já está à venda no mercado brasileiro, em três versões com duas opção de motor, tração e câmbio automático (2.0 4x2 e 4x4 CVT / 2.5 4x4 automático convencional), custando a partir de R$ 96.900.
A carroceria manteve a distância entre-eixos (2,66m), mas a plataforma é nova, embora com a mesma arquitetura da antiga. A lateral também lembra a terceira geração, por causa do recorte das janelas, mas a frente e a traseira são inteiramente novos. Os faróis horizontais e a grade dianteira arqueada seguem o novo conceito estético da marca, como nos novos Corolla. A entrada de ar principal se mistura ao para-choque em um formato trapezoidal. A traseira ficou mais limpa com lanternas horizontais e sem o estepe à mostra.
O interior agora tem painel de estilo horizontal com o gabinete "flutuante" do sistema multimídia, difusores de ar verticais e controle do ar condicionado, além de um enorme porta-luvas superior sem tampa e uma barra revestida de plástico imitando couro. Alguns frisos também imitam fibra de carbono. No alto do painel há uma saída de ar para os passageiros de trás.
Por falar nestes, apesar do espaço interno ainda ser amplo, ele foi reduzido. A saída do estepe da tampa do porta-malas melhorou o acesso com a mudança do sentido da abertura, que seguia a mão inglesa. Mas agora ficou mais pesado para levantar do que simplesmente puxar. A porta poderia ser automática, pelo menos. A visibilidade melhorou de verdade. O problema foi a redução da capacidade do porta-malas (de 540 para 476 litros).
De última hora, os dois motores anunciados naquele texto de novembro acabaram vindo para o Brasil. Só viria o 2.0 de 145 cavalos. Mas também chegou o 2.5 de 179 cavalos. Ambos são de quatro cilindros, dezesseis válvulas e comando variável das válvulas de escape e admissão (Dual VVT-i). O detalhe, que pode deixar o RAV4 em desvantagem no mercado, é que eles ainda não são flex.
O 2.0 pode ter tração só na dianteira (4x2) ou 4x4. Custa, respectivamente, R$ 96.900 e R$ 109.900. O 2.5, de R$ 119.900, só tem a tração integral. O estranho é que o câmbio do motor mais forte, considerado top de linha, é um automático sequencial convencional de seis marchas, mas a transmissão dos 2.0 é continuamente variável (CVT), com sete marchas virtuais, também sequenciais. A versão básica só é mais barata que a correspondente do Honda CR-V LX, que custa R$ 98.900. O Sportage com câmbio automático e tração 4x2 sai por R$ 94.600 e o ix35, R$ 93.000.
O RAV4 2.0 4x2 vem de série com ar condicionado manual, direção com assistência elétrica progressiva, rádio com CD-Player, MP3, Bluetooth e entradas USB e auxiliares com controle no volante, aviso sonoro de faróis ligados e chave na ignição, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro com encosto reclinável, coluna de direção regulável em altura e profundidade, computador de bordo, trio elétrico (incluindo retrovisores com rebatimento elétrico e seta), airbags frontais, freios ABS com EBD e assistente de frenagem (BAS), sensor de estacionamento traseiro e rodas de liga de 17 polegadas.
O 4x4, independente do motor, adiciona ar condicionado digital dual zone, tela sensível ao toque, banco do motorista com ajuste elétrico, bancos dianteiros com aquecedor, revestimento em couro, câmera de ré, microfone e amplificador do Bluetooth, piloto automático, gancho para bagagens no porta-malas, retrovisor interno eletrocrômico, sistema de partida sem chave e com botão e airbags laterais dianteiros e de cortina. O teto solar elétrico é exclusivo do 2.5.
O Toyota tem boa aceleração de 12,6 segundos, mas a retomada entre 80 e 120 km/h de 11 segundos é fraca. O consumo de 10,3 km/l e 12,6 km/l é superior ao dos concorrentes Honda CR-V, Hyundai ix35 e Kia Sportage, todos flex e mesmo quando os coreanos estão abastecidos com gasolina. A frenagem de 120 km/h em 68,7 metros é o seu ponto fraco dinâmico. Por outro lado, o ruído de 64,3 decibéis à mesma velocidade é melhor que os três principais rivais. Os números são da Quatro Rodas e na virada do mês farei um comparativo mais detalhado entre esses quatro crossovers.
Pontos Fortes
+ Espaço interno
+ Consumo
+ Conforto
Pontos Fracos
- Preço
- Motor 2.0 fraco
- Retomada
- Frenagem
- Equipamentos
FICHA TÉCNICA
Motores: Quatro cilindros, transversal, Dual VVT-i, gasolina, 1.987 e 2.494 cm³, 16 válvulas
Potência: 145 cv (2.0) e 179 cv (2.5)
Câmbios: Automático CVT de 7 marchas (2.0) e Automático de 6 marchas (2.5)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,6 segundos (2.0 - revista Quatro Rodas)
Velocidade máxima: Não informada
Consumo: 10,3 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada (2.0 - Quatro Rodas)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,57/1,85/1,72/2,66m
Porta-malas: 476 litros
Tanque: 60 litros
Preço: R$ 96.900 (2.0 4x2), R$ 109.900 (2.0 4x4) e R$ 119.900 (2.5)
2a Geração - 2000 a 2005
3a Geração - 2006 a 2013
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