O Corvette nasceu para enfrentar os esportivos europeus, mas veio dos japoneses, mais precisamente o Mazda RX7 de 1992, a inspiração para o C5, a quinta geração, revelada em 1997. Os puristas achavam que o único Vette de estilo genuinamente americano eram os StingRay, já que o primeiro tinha visual europeu e o anterior aparência oriental.

O capô ondulado, os faróis retráteis e a placa dianteira com o nome Corvette continuaram. Já as entradas de ar no para-choque, abolidas na versão anterior, estavam de volta, só que mais inclinadas. As lanternas traseiras se tornaram ovais, mas o vidro envolvente como tampa do porta-malas foi mantido. No entanto, nesta quinta geração este ganhou um discreto afundamento a partir do teto. Mesmo com os detalhes tradicionais, de um plano geral, o novo Vette estava mais arredondado e musculoso. Mas a carroceria, desde 1953, ainda era de plástico.



Também arredondado ficou o desenho do interior. Os revestimentos estavam ainda mais sofisticados e os bancos passaram a ser mais anatômicos. Curiosamente, houve um retrocesso: o quadro de instrumentos, antes digital, voltou a ser analógico, com ponteiros comuns inclusive para o velocímetro.


O motor mais simples, o V8 350 foi remodelado, ganhando construção inteiramente em alumínio, e já rendia 345 cavalos de potência e 48 kfgm de torque. A aceleração até os 96 km/h era cumprida em 4,7 segundos.


Além das carrocerias fastback, conversível (que tinha encosto central na cor do carro como a primeira geração) e targa, o Corvette C5 ganhou, em 1999, a versão Hardtop, de três volumes definidos, que, na verdade, era um conversível com capota fixa, não podendo se transformar em targa (o enorme vidro traseiro deixava de ser usado, pela primeira vez, desde 1977) e por isso era a opção básica.


Com a extinção do ZR1, o Corvette mais esportivo da quinta geração passou a ser o Z06, curiosamente, com a carroceria Hardtop, considerada a de entrada. O motor V8 manteve a cilindrada 5.7 e a potência, inicialmente de 390 cavalos, no ano seguinte aumentaria para 410 cv. Com silenciadores do escapamento de titânio e câmbio manual de seis marchas, o Z06 acelerava em apenas 3,9 segundos.


O Corvette chegava em 2003 aos 50 anos. Ganhou duas séries especiais de presente: a primeira, ainda no ano anterior, tinha apenas a cor vermelha, os amortecedores de carga variável e as opções de carroceria cupê e conversível. Já a outra era baseada no Z06, tinha pintura especial e capô de fibra de carbono, material que será usado na sétima geração, lançada este ano. Mas antes, o Corvette teve a sexta geração.

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS DA INTERNET
FONTE DE CONSULTA: BEST CARS