Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
Texto atualizado em 08/09/2012


Só os mais atentos notaram que o revolucionário crossover compacto Land Rover Evoque é chamado de Range Rover, ensaiando uma família chefiada pelo veterano utilitário de luxo lançado em 1970. Mas era de se esperar que o seu estilo ousado fosse inspirar outros modelos da marca inglesa, hoje pertencente à indiana Tata.

E a inspiração já está sendo usada no próprio Range Rover "pai", que chega à sua quarta geração precisando se modernizar para enfrentar o luxo de rivais alemães como Audi Q7, BMW X5 e Mercedes ML.



Porém, quem esperava que o velho Range repetisse, em king size, a revolução estética do caçula pode se decepcionar. Os faróis ficaram mais finos, mas a manutenção da grande grade deu a impressão de que a nova geração é apenas um face-lift improvisado. Até as linhas clássicas foram conservadas, embora modernizadas na área envidraçada. As antigas saídas de ar verticais na porta dianteira foram substituídas por três vincos. As lanternas "em pé" continuam, mas ganharam uma ponta fina que se encaminha para a lateral. O estilo do interior também parece o mesmo, no entanto, o painel ganhou novos materiais de altíssima qualidade no acabamento e recursos tecnológicos como a alavanca de câmbio em forma de botão giratório retrátil, como no Evoque.





O Range Rover 2013, entretanto, é um carro inteiramente novo, começando pela plataforma. Agora construída inteiramente em alumínio de alta resistência, reduziu o peso do veículo em 39%, prometendo deixar o utilitário 420 kg mais leve. A intenção foi melhorar o desempenho e o consumo de combustível, reduzindo a emissão de gás carbônico. 


O espaço para os passageiros do banco de trás aumentou em doze centímetros por causa da maior distância entre os eixos. A cabine também está mais silenciosa por causa da melhoria do isolamento acústico. 


Entre os equipamentos, destaque para ar condicionado multi-zona, quadro de instrumentos com tela de LCD, bancos em couro, assentos elétricos, faróis bi-xenon, piloto automático, rodas de liga leve, equipamento de som integrado e sistema de navegação. Os modelos Vogue trazem a mais rodas maiores, sistema Camera Surround com visão em 360°, receptor de TV, volante aquecido, sistema de abertura das portas sem chave, entre outros.

A versão topo de linha Autobiography traz ainda sistema de som Meridian Premium com 825w de potência, teto solar panorâmico, rodas de liga leve aro 21″, bancos dianteiros e traseiros térmicos e climatizados, teto revestido em couro, ar condicionado de quatro zonas, entre outros. 



O Range Rover 2013 terá três opções de motores: o TDV6 3.0 rende 258 cavalos e vai equipar as versões Vogue e HSE. O outro turbodiesel é o V8 4.4 (SDV8) gera 340 cv e estará no capô da Vogue e da Autobiography. O mais potente é o V8 5.0 a gasolina (510 cv), exclusivo da Supercharged e Supercharged Autobiography. 

Todos terão câmbio automático desenvolvido pela ZF, com oito marchas, selecionadas pelo botão giratório no console central. A tração integral Terrain Response, que adapta os ajustes de motor, câmbio e tração de acordo com as condições de aderência do piso, é de nova geração e a suspensão a ar também foi reprojetada.



O desempenho anunciado é de 7,9 segundos de aceleração de 0 a 100 km/h e 209 km/h de velocidade máxima, com consumo de 13,3 km/litro com o motor TDV6. O SDV8 acelera em 6,9, alcança os 219 km/h e percorre 11,7 km com um litro de diesel. No V8 5.0 a gasolina os números são de 5,4 segundos, 225 km/h (limitada eletronicamente) e 7,2 km/litro.


A quarta edição do top de linha dos SUVs da Land Rover começará a receber encomendas nos Estados Unidos e na Europa já no próximo mês, quando será apresentado ao público no Salão de Paris. Mas só será entregue em dezembro. No Brasil o novo Range Rover será apresentado no salão de São Paulo, contudo, desembarca em janeiro.