Texto: Gustavo do Carmo / Foto: Divulgação

Animada com o sucesso dos carros de passeio Nissan importados do México, a Renault, dona da marca japonesa, decidiu fabricar dois monovolumes no Brasil, aumentando a produção de sua fábrica em São José dos Pinhais, PR, que está começando a produzir a nova geração da picape Frontier e encerrando a da antiga geração e do seu sport-utility XTerra.

Especulada há muito tempo, somente na semana passada foi confirmada a produção da família Livina para o ano que vem. Apesar do mesmo nome e desenho são duas minivans projetadas para dois segmentos. A Livina tem cinco lugares e porte (4,18 metros de comprimento) para concorrer com o Chevrolet Meriva, o Fiat Idea e o reestilizado Honda Fit. Seu porta-malas possui 383 litros. Já a Grand Livina é maior (4,42m), terá sete lugares e disputará mercado com Chevrolet Zafira, Citroën Xsara Picasso e a Renault Scénic, uma prima. A capacidade do porta-malas com cinco lugares é de 589 litros. A distinção do desenho das duas versões está no tamanho da terceira janela lateral. Mas a distância entre-eixos e a largura são as mesmas: 2,60m e 1,69m, respectivamente.


Apesar de pertencerem ao mesmo grupo fabricante e de poderem concorrer entre si a Livina não é uma prima direta da Scénic, que pode até ser substituída aos poucos. Sua plataforma é a do Logan e por isso será mais simples do que a importada Grand Scénic, apesar desta também ter sete lugares. Seus equipamentos de conforto e segurança deverão ser os triviais ar condicionado (provavelmente com uma opção digital), trio elétrico, direção hidráulica, freios ABS e airbags. Nada de inovação, a não ser que haja alguma surpresa. O câmbio automático, opcional para os dois tamanhos, terá apenas quatro marchas. O acabamento, pelas fotos, deve ter o padrão do Tiida.

O hatch mexicano também emprestará o seu motor 1.8 16v (que passará a ser flex, inclusive no hatch) para as duas versões, sendo de série para a Grand Livina e opcional para a Livina que ainda terá o motor 1.6 16v HiFlex do Mégane.

A Livina foi projetada para ser um carro mundial, mas estreou na China. Atualmente já é vendida na Indonésia, Tailândia, Oriente Médio e África do Sul, de onde eu tirei as referências de tamanho, porta-malas e equipamentos. A produção brasileira será destinada para toda a América Latina e chegará às nossas concessionárias em março.