No meio deste ano foi apresentada a mais nova geração da Kia Carnival, a minivan que ganhou estilo de SUV, mas conservou a versatilidade da carroceria original. É a quarta edição de uma linha que começou em 1998, baseada no então sedã médio-grande da marca sul-coreana, o Clarus (Credos), e chegou ao Brasil no ano seguinte, na versão única GS com motor V6 2.5 de 175 cavalos e câmbio automático de quatro marchas, equipada com ar condicionado, trio elétrico e acabamento imitando madeira no painel. Teto solar, bancos de couro, toca-CD, duas bolsas infláveis e freios ABS eram opcionais. Em alguns mercados, como o norte-americano, é chamado de Sedona. Ganhou mais duas gerações em 2005 e 2014, sendo que cada uma das três ganhou um face-lift. A atual geração do Carnival vendida aqui é chamada de Grand Carnival e usa motor V6 3.3 a gasolina de 270 cv. 


Primeira geração (1998-2005. No Brasil de 1999 a 2006)




Carroceria tinha 4,89m de comprimento e entre-eixos de 2.91m. Chegou inicialmente ao Brasil somente com motor V6 2.5 de 175 cavalos, mas depois ganhou um turbodiesel 2.9 de 125 cv. 


Face-lift (2002)




O face-lift de 2002 foi além de uma nova grade, faróis e lanternas traseiras. O Carnival mudou também o painel interno, que trazia sistema multimídia com navegador por satélite e DVD. As portas laterais passaram a ser elétricas. Infelizmente, não chegou a ser vendido no Brasil. 



Segunda geração (2005-2014. No Brasil de 2005 a 2014)




A plataforma agora é a Y5, da primeira geração do Kia Optima e das gerações da época do Hyundai Sonata e Santa Fe. Ganhou a opção de uma versão mais longa, além de seis airbags, controles de tração e estabilidade, ar condicionado digital de três zonas e ganchos Isofix para cadeirinhas de criança. Aqui no Brasil chegou na versão mais longa, de 5.13m de comprimento e 3,02m de entre-eixos, com motor V6 3.8 de 242 cavalos e câmbio automático de cinco marchas em setembro de 2006. 


Face-lift (2011)

No Brasil, o face-lift que adotou grade "nariz de tigre" adicionou novos equipamentos como bancos dianteiros com ajustes elétricos, câmera de ré e faróis de acendimento automático. O motor V6 teve a cilindrada reduzida para 3.5, mas aumentou a potência para 276 cv. O câmbio automático subiu para seis marchas. 


Terceira geração (2014-2020. No Brasil desde 2015, como Grand Carnival)




No Brasil, o Carnival de terceira geração, com a plataforma UM do Sorento, chegou se chamando Grand Carnival, pois foi a versão mais longa que veio, com 4 cm a mais no entre-eixos que a geração anterior e oferecendo até oito lugares. O motor V6 foi reduzido em cilindrada e potência, agora 3.3 e rendendo 270 cavalos. 


Face-lift (2018)



Quarta geração (2020)





Quarta geração, com a plataforma modular MQ do novo Sorento, adotou estilo SUV sem deixar de lado a versatilidade da porta corrediça elétrica e dos bancos moduláveis, oferecendo até 11 lugares. O comprimento agora tem 3,15m e a distância entre-eixos, 3,09m. O sistema multimídia agora tem tela destacada, assim como o quadro de instrumentos virtual, ambos de 12,3 polegadas, além de ser compatível com Apple e Android e traz informações em tempo real do trânsito, previsões do tempo, locais de estacionamento, entre outras facilidades. Também há uma câmera que reproduz a imagem das fileiras traseiras na tela multimídia. Também não faltaram recursos semi-autônomos nível 2 e também assistente de faixa, detector de pontos cegos e sistema anti-colisão frontal com detecção de carros, ciclistas e pedestres. A porta lateral também detecta carros se aproximando por trás e não abre. O câmbio automático tem oito marchas e tem gerenciamento eletrônico, que dispensa a alavanca de câmbio. Porém, foram mantidos os motores V6, agora 3.5, com opção de injeção direta (rende 294 cavalos) e indireta (272 cv). O motor turbodiesel volta à cena, com 2.2 litros de cilindrada e 202 cv. Infelizmente, inicialmente, não foram oferecidas versões híbridas ou elétricas. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO