Depois de três gerações (duas delas vendidas no Brasil com a marca Chevrolet), o Opel Vectra deu lugar, em 2008, ao Insignia, que, pelo seu estilo arredondado, elegante e ousado, aliado aos atributos de conforto, logo conquistou o título de Carro do Ano na Europa em 2009.

Oito anos depois, o Insignia chega à sua segunda geração, agora com o sobrenome Grand Sport, e somente nas carrocerias fastback e perua, chamada Sports Tourer. O sedã de três volumes foi aposentado, pois não faria sentido já que seria um cupê de quatro portas do mesmo jeito. 


Geração anterior do Opel Insignia, já com o face-lift de 2014

A plataforma é inteiramente nova e a carroceria, de alumínio, está mais leve. As linhas ficaram mais esportivas, com grade frontal hexagonal avançada com filetes e cromados estilizados, vincos marcantes, linha de cintura alta, lanternas horizontais em forma de asa delta, mas com refletores aparentando bumerangue, assim como nos faróis lá na frente, que levam a tecnologia IntelliLux, que detecta objetos e faróis de outros carros viajando a 80 km/h entre 30 e 40 m antes do que lâmpadas halogenas ou de xênon, alterando assim o facho. Tudo de forma automática. O sistema já é usado no Astra.

Com porte do Volkswagen Passat, Ford Fusion, Peugeot 508 (este que não vingou aqui no Brasil) e Renault Talisman (inexistente por aqui), que serão, inclusive, seus principais concorrentes, o novo Insignia mede 4,89m de comprimento e 2,82m de distância entre-eixos, o que aumenta o espaço para os passageiros do banco de trás.


Opel Insignia 2015

Como todo carro de luxo deve ser, o interior é revestido de couro e materiais de toque suave no painel de desenho horizontal, com poucos botões e a tela multimídia cercada pelas saídas de ar. Mas os detalhes no console central são em black piano. 

Estão previstos equipamentos como o sistema multimídia IntelliLink com Apple CarPlay e Android Auto, head-up display, câmera de 360º, alerta de tráfego traseiro, controle de cruzeiro adaptativo, aviso de saída de faixa, bancos com ajustes elétricos, massagem, memória e ventilação, sistema OnStar, entre outros. 



O porém foi a redução da capacidade do porta-malas da geração anterior para 490 litros, sendo 40 litros a menos. Na SportTourer, que é dez centímetros mais longa (4,99m), o porta-malas é fatalmente maior e terá abertura automática, com direito a um feixe de luz que orienta a posição correta de passar o pé sob o para-choque. O espaço também tem trilhos para melhor organizar as bagagens. 


Na gama de motorização a gasolina do Insignia estão o 1.5 Turbo de 165 cv e 2.0 Turbo de 250 cv. Os diesel deverão ser biturbo CDTi 1.6 e 2.0, com potências de 130 e 160 cv. O câmbio manual terá seis marchas, mas o automático terá oito velocidades. A tração é integral e tem sistema de vetorização de torque, que distribui a força nas rodas traseiras de acordo com o volante e o acelerador. 


Opel Insignia Sports Tourer 2015

Esta semana, surgiram rumores de que a General Motors estaria vendendo a Opel e a inglesa Vauxhall para o grupo PSA (Peugeot-Citroën), que até já emprestou a plataforma do C3 Picasso para o Crossland X.

Se o negócio se concretizar, o Insignia e a própria Opel controlados pelos franceses devem ficar longe do Brasil do mesmo jeito, pois Peugeot e Citroën também são marcas que desvalorizam o consumidor brasileiro. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO