A Toyota está há um bom tempo tentando trazer um SUV compacto para o Brasil. A escolha estava quase pendendo para o Raize, derivado do Daihatsu (que pertence ao grupo) Rocky, de construção mais simples e voltado para países emergentes. Mas, li informações de que a marca japonesa teria mudado de ideia e, acertadamente, achado o Raize muito pobre para nós. Agora, já pensa em lançar aqui o novo Yaris Cross. O problema é que ele só deve chegar aqui em 2024. Se vier. Esqueça, portando, o ousado CH-R.
Toyota Raize - derivado do Daihatsu Rocky |
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Já o Yaris Cross tem estilo discreto, muito parecido, inclusive, com o médio RAV4 e com o também anunciado Corolla Cross no perfil e na traseira. Os três têm lanternas horizontais, mas no compacto há uma régua escura e um filete iluminado entre elas. Só a frente é bem diferente: o Yaris Cross tem faróis mais arredondados no capô e acima da grade, enquanto o RAV4 tem conjunto ótico mais reto e um pouco alinhado à entrada de ar e o Corolla Cross tem faróis bem afilados.
O que pode atrasar a vinda do Yaris Cross para o Brasil é a plataforma. Embora seja a mesma TNGA (Toyota New Global Architeture) usada no Corolla já fabricado aqui, ela é mais cara de produzir e ainda não tem grande volume para ser encurtada para o utilitário compacto. Por isso, a demora. Tanto que o Yaris produzido em Sorocaba usa a base do Etios. Já o Yaris europeu de nova geração, apresentado recentemente, é mais moderno, mais arredondado e usa a TNGA em versão mais curta (GA-B ou TNGA-B). O Yaris Cross mede 4,18m de comprimento, 1,76m de largura, 1,56m de altura e 2,51m de distância entre-eixos.
Toyota Yaris Hatch europeu de 4a geração |
O interior tem painel idêntico ao do Yaris comum (o europeu, claro), com a parte superior arredondada, difusores de ar no centro e no canto horizontais, console central vertical em um nível abaixo, tela multimídia destacada e cobertura do quadro de instrumentos (que são parcialmente eletrônicos) redonda. Só o forro das portas tem desenho diferente ao do hatch.
Entre os equipamentos estarão presentes sistema multimídia com Android e Apple, ar condicionado digital de duas zonas, carregador sem fio de smartphones, entrada e partida sem chave, além de controle de cruzeiro adaptativo, assistente de faixa com correção, alerta de colisão, alerta de ponto cego e tráfego traseiro (estes itens de autonomia ausentes até no luxuoso Camry vendido aqui), entre outros.
Na mecânica, ele terá apenas uma versão híbrida (o Hybrid faz parte do nome do carro), com motor a gasolina três cilindros 1.5 de ciclo Atkinson de 114 cv e outro elétrico não recarregável, com potência combinada de 116 cv. O câmbio é CVT e ele terá opção de tração integral. Chegará ao mercado europeu em 2021.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
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