A Honda apresentou, na Tailândia, a quinta geração do sedã compacto Honda City. Somadas as gerações como hatch subcompacto, em 1981 e 1986, é a sétima. 

Apesar da nova plataforma vinda da nova geração do monovolume Fit, o estilo não mudou muito. Ele continua com aparência de sedã compacto. Nada de cupê de quatro portas como o Civic. De semelhança com o sedã médio, só a frente, que ficou com a grade mais recuada, com a faixa prateada mais reta e se estendendo até acima dos faróis mais espichados. A lateral ganha vincos acima das maçanetas (e não mais abaixo) e um novo recorte das janelas, que lembra o grande rival Nissan Versa e aposenta o aplique de plástico na altura da coluna. Na traseira, as lanternas ficaram alinhadas com o prolongamento na tampa do porta-malas e com luzes de efeito tridimensional. 



Nas dimensões, o City cresceu no comprimento (4,46 para 4,55m) e na largura (1,70 para 1,75m). Mas a altura (1,49 para 1,47m) e a distância entre-eixos (2,60 para 2,59m), entretanto, foram reduzidas. 



O interior adota painel semelhante ao do novo Fit, com saídas de ar centrais emoldurando a tela multimídia de oito polegadas discretamente flutuante, só que escuro e com volante multifuncional de três braços (o do Fit tem dois). Os comandos do ar condicionado digital sensíveis ao toque foram aposentados em favor de botões. O espaço interno deve ser reduzido com o encurtamento da distância entre-eixos. 



A lista de equipamentos de segurança também não evoluiu muito. O pacote de itens semi-autônomos Honda Sensing, adotado no novo Fit, não estará presente no City. Mas ele terá assistentes de subida, controle de estabilidade, seis airbags, câmera de ré, além de partida remota. O sistema multimídia é compatível com Android Auto, Apple Car Play e ao comando de voz da Siri.


Outra grande novidade é o motor 1.0 turbo i-VTEC de três cilindros, que rende 122 cavalos de potência e 17,3 kgfm de torque. Ele substitui o velho 1.5 aspirado de quatro cilindros. A transmissão é CVT de sete marchas simuladas. Por enquanto, o City não terá versão híbrida. Mesmo assim, a Honda promete um consumo de 23,8 km/litro. 

A versão inédita do City, na Ásia, é a esportiva RS, que chama atenção pela tiara da grade em preto brilhante em vez de prateada, a grade colmeiada, um pequeno aerofólio preto sobre a tampa do porta-malas e rodas de desenho exclusivo de 16 polegadas. Contudo, o motor será o mesmo 1.0 turbo. 


Na Tailândia, seu maior mercado, o novo Honda City começa a ser vendido na véspera do Natal. No Brasil deve chegar no final do ano que vem ou início de 2021, fabricado em Itirapina, interior de São Paulo. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO