Já se sabia que a nova geração do Toyota Corolla, a 12ª do modelo mais vendido do mundo, usaria a moderna plataforma modular TNGA (Toyota New Global Architeture), a mesma usada no atual híbrido Prius e no crossover compacto C-HR, este inexistente por aqui. O estilo foi sendo revelado aos poucos: primeiro o do hatch, depois a perua e, finalmente, o sedã, carroceria que mais interessa aos brasileiros e norte-americanos. 



O novo Corolla foi totalmente reestilizado. A lateral trocou a base bruscamente ascendente das janelas traseiras por uma totalmente reta, terminando num aplique de plástico igual ao do rival Chevrolet Cruze. A traseira ficou mais curta, com lanternas mais finas e realçadas pelos vincos da tampa do porta-malas e o friso de ligação entre as luzes, que são de LED e têm formato de bumerangue. 

Corolla mundial

Corolla norte-americano

A frente vai variar em cada mercado ou versão. A norte-americana tem a grade livre do emblema da marca (que está no capô), com faróis com três Ls de LED. A asiática, que será usada também na Europa, e talvez aqui no Brasil, tem o emblema entre os faróis e, na Hybrid, o T é cercado de frisos cromados que se misturam às luzes de LED dos faróis. E há uma versão exclusivamente chinesa, de aparência mais esportiva, sem os frisos, com a pequena grade em forma de colmeia, Em comum, todas têm os faróis finíssimos pontiagudos e a entrada de ar (com filetes ou em colmeia) enorme no para-choque, com vincos e reentrâncias. 

No tamanho, o Corolla ficou dois centímetros mais longo (4,64m) e cinco centímetros mais baixo (1,43m), mas manteve a largura de 1,78m e a distância entre-eixos de 2,70m. 

Corolla mundial

Corolla chinês (Levin)

Corolla norte-americano

Padronizado é o interior com painel horizontal em dois níveis, tela multimídia flutuante, iluminação ambiente e quadro de instrumentos eletrônico, pondo fim, definitivamente, ao reloginho de cristal líquido verde da década de 1980. Nos bancos, o quinto apoio de cabeça é embutido no encosto central para melhorar a visibilidade.




A promessa de ser o Corolla mais tecnológico de todos os tempos não se referia apenas à plataforma modular. O modelo médio também terá recursos semi-autônomos como alerta e sistema de manutenção de faixa, aviso de veículo no ponto cego e controlador de velocidade adaptativo com frenagem automática de emergência e detecção de pedestres e ciclistas.


Entre os itens de conforto e conveniência aparecem sistema multimídia compatível com Apple Car Play, Android Auto e Amazon Alexa, som premium JBL de 800 watts, chave presencial, farol com facho alto automático, ar-condicionado digital de uma ou duas zonas, carregador de celular por indução e teto-solar elétrico.



Na motorização foi dado destaque à versão híbrida, com um motor a gasolina 1.8 (o mesmo do Prius) e outro elétrico, gerando uma potência combinada de 123 cv ou com um 2.0 de 180 cv. Mas ainda haverá motores convencionais a gasolina. Como o 1.8 de 139 cv que será oferecido no mercado norte-americano, o 1.2 turbo de 116 cv para o mercado chinês e o novo 2.0 aspirado de injeção mista (direta e indireta) com 171 cv, que deve ser usado em todos os países do mundo, incluindo o Brasil, que vai adaptá-lo para rodar também com álcool, assim como o motor do Hybrid. Na transmissão haverá opção manual de seis marchas (com punta-tacco automático) e automática CVT. A suspensão traseira passa a ser independente. 

Com a modernização do Toyota Corolla, que deve chegar no fim do ano que vem ou, mais tardar, em 2020, a batata quente da desatualização entre os sedãs médios passa para o Honda Civic e o Chevrolet Cruze, que acabaram de passar por um face-lift no exterior. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO