No final do ano retrasado a Mercedes mudou a nomenclatura dos seus cupês e crossovers. A intenção foi padronizar e fazer referência aos sedãs (Classes A, E e S) que lhe davam origem. Entre os SUVs, o GLK foi substituído pelo GLC, o ML virou GLE e o GL passou a GLS. Só o compacto GLA já nasceu assim. Aliás, foi por causa dele que a marca alemã uniformizou as siglas.
O GLA já chegou ao Brasil no final de 2014. O GLE comum no final do ano passado. No começo de 2016 vieram o GLC e o GLE Coupé, dos quais vou falar a seguir. O GLS ainda está em fase de pré-lançamento.
GLC
O antigo GLK trocou as estranhas linhas quadradonas pelos cantos arredondados, grade saltada e lanternas horizontais (semelhantes aos cupês da Mercedes) do GLC, sem deixar de lado a aparência comportada. A plataforma é a do Classe C da atual geração, uma modular chamada MRA. O GLC tem 4,66m de comprimento, 1,89m de largura e 1,64m de altura.
O interior segue o visual do sedã Classe C, com três saídas circulares de ar no centro, tela multimídia afixada (sem comando por toque, que é feito nos complicados touch pad e botão giratório no console no assoalho), quadro com instrumentos individuais, console de junção com o assoalho contínua e detalhes em alumínio. O acabamento é de primeira linha. Apesar da distância entre-eixos de 2,87m e de aparentar um bom espaço no banco de trás, o GLC fica atrás dos seus principais concorrentes em acomodação das pernas e largura, segundo o site espanhol km77.com. Mas obteve boa classificação na altura. O porta-malas tem 550 litros de capacidade.
O GLC chegou ao Brasil apenas com o motor de quatro cilindros 2.0 turbo de injeção direta e 211 cavalos, além do câmbio automático 9G-Tronic de nove marchas (com mudanças manuais por borboletas atrás do volante). São duas versões: GLC250 4Matic e GLC250 4Matic Sport. 4Matic é o nome da tração integral.
A mais barata custa R$ 222.900 já é bem equipada e traz de série ar-condicionado digital de duas zonas, o sistema multimídia, 7 airbags, start-stop (que desliga o motor nos sinais de trânsito), cinco modos de condução, sensor de chuva, piloto automático e controles de tração e estabilidade. A Sport adiciona o kit de aparência da AMG (volante, soleira da porta, tapete, grade e pedais de visual esportivo), rodas de liga leve de 19 polegadas, suspensão esportiva, park assist, banco do motorista com ajuste elétrico e memória, teto solar panorâmico, rebatimento elétrico dos retrovisores, partida sem a necessidade de chaves nas mãos, porta-malas com acionamento elétrico, faróis full LED com acendimento automático e GPS. Seu preço chega a R$ 264.900. Seu preço básico está posicionado entre o BMW X3 (R$ 211.450) e o Audi Q5 (R$ 258.990), seus concorrentes. Mas o da versão completa o torna mais caro.
A mais barata custa R$ 222.900 já é bem equipada e traz de série ar-condicionado digital de duas zonas, o sistema multimídia, 7 airbags, start-stop (que desliga o motor nos sinais de trânsito), cinco modos de condução, sensor de chuva, piloto automático e controles de tração e estabilidade. A Sport adiciona o kit de aparência da AMG (volante, soleira da porta, tapete, grade e pedais de visual esportivo), rodas de liga leve de 19 polegadas, suspensão esportiva, park assist, banco do motorista com ajuste elétrico e memória, teto solar panorâmico, rebatimento elétrico dos retrovisores, partida sem a necessidade de chaves nas mãos, porta-malas com acionamento elétrico, faróis full LED com acendimento automático e GPS. Seu preço chega a R$ 264.900. Seu preço básico está posicionado entre o BMW X3 (R$ 211.450) e o Audi Q5 (R$ 258.990), seus concorrentes. Mas o da versão completa o torna mais caro.
+ Acabamento
+ Motor
+ Desempenho
+ Ruído
Ponto Fraco
- Preço da versão completa
FICHA TÉCNICA
Origem: Alemanha
Motor: Quatro cilindros, longitudinal, 16 válvulas, turbo, injeção direta de gasolina, 1.991 cm³
Potência: 211 cavalos
Torque: 35,7 kgfm a 1.200 rpm
Câmbio: automático de nove marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 7,9 segundos (revista Quatro Rodas)
Retomada de 80 a 120 km/h: 5,6 segundos (Quatro Rodas)
Velocidade máxima: 222 km/h (fabricante)
Consumo: 9,4 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada (Quatro Rodas)
Frenagem 80-0 km/h: 27,4 metros (Quatro Rodas)
Nível de ruído a 80 km/h: 58,9 decibéis (Quatro Rodas)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,66/1,89/1,64/2,87 m
Porta-malas: 550 litros
Tanque de combustível: 47 litros
Preço: R$ 222.900 (GLC 250 4Matic) / R$ 264.900 (Sport)
GLE Coupé
Inovador por colocar num jipe as linhas de um cupê, o BMW X6 enfim ganhou o seu primeiro concorrente diretíssimo. E ele já está no Brasil: é o Mercedes GLE Coupé, que mesmo tendo buscado inspiração dentro da própria marca da estrela de três pontas, no sedã CLS (que lançou a moda do cupê de quatro portas do mercado), acabou ficando muito parecido com o rival conterrâneo.
A plataforma não é exatamente a mesma do sedã Classe E e sim do antigo ML, que ganhou um face-lift e mudou de nome para GLE. O Coupé, portanto, é um novo carro.
O GLE Coupé chegou ao país praticamente em versão única (GLE400), com motor V6 3.0 biturbo de 333 cavalos e o mesmo câmbio 9G-Tronic do GLC. Custa R$ 415.900 e vem equipado com ar-condicionado digital de três zonas, teto solar panorâmico, 7 airbags, bancos dianteiros com revestimento em couro Nappa, ajustes elétricos e memória, amortecedores adaptativos, câmera de ré, park assist (estaciona sozinho), sensores de estacionamento dianteiro, luz e chuva, faróis em full LED, rodas de 21 polegadas, acesso e partida sem a necessidade de chaves nas mãos, controles de tração e estabilidade, assistente de descida de rampas e central multimídia com GPS (com espelhamento apenas com o Apple Play) e DVD. O Night é mais um pacote de opcionais do que uma versão propriamente dita. Inclui retrovisores, spoiler inferior e grade em preto brilhante e rodas com desenho diferenciado, ainda de 21 polegadas. Neste caso, a tabela fica em R$ 425,9 mil.
Fora o ousado perfil com a caída arredondada do teto, o GLE Coupé tem a identidade da Mercedes, como a grade avançada com apenas um friso cromado (o GLC tem dois) e a estrela de três pontas no meio, os faróis amendoados e as lanternas horizontais na traseira unidas por um friso cromado numa tampa lisa, com vinco apenas para simular um aerofólio. É um layout que vem sendo usado no Classe S Coupé e no superesportivo AMG GT.
Já o interior é conservador, com o painel de mesma estrutura em dois níveis, saídas de verticais e repleto de botões do antigo ML. Só a tela multimídia de 8 polegadas ficou solta no painel, entre os difusores. Como no GLC, ela não é operada por toque e sim pelos confusos touchpad e botão giratório no console. Mas o luxo e a qualidade dos materiais impera, claro, com couro, materiais emborrachados e metal escovado.
O espaço interno é generoso, mas comparado aos concorrentes mais próximos, a sua classificação é mediana, mesmo medindo 4,90m de comprimento, 2 metros de largura, 1,73m de altura e 2,92m de entre-eixos. Ao contrário do rival X6, que é 2+2, o GLE Coupé acomoda três passageiros no banco traseiro. O porta-malas tem capacidade para 650 litros.
Mesmo a Mercedes não trazendo o motor V6 de 367 cavalos do GLE450, os 333 cv e o câmbio automático de nove marchas levam o GLE Coupé a acelerar de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos e retomar de 80 a 120 km/h em 4,3 segundos. O desempenho cobra muita gasolina, fazendo com que ele ande apenas 7.6 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. Está certo que é um motor forte, mas com tanta tecnologia poderia, pelo menos, andar na faixa dos 9 e 12 km/litro. A frenagem de 29,3 metros e o ruído de 59,4 decibéis, ambos a 80 km/h também decepcionaram. São piores que o do GLC (27,4 metros e 58,9 decibéis). Os números são da Quatro Rodas.
Como no GLC o GLE também tem cinco modos de condução: Sleepering (areia e terra), Comfort, Sport, Sport+ e Individual, mas o botão de comando é mal localizado, desviando a atenção do motorista. Outros defeitos: ele não tem itens tecnológicos como alertas de ponto cego e detector de pedestres. E faltam mais três airbags. Um carro de 400 mil reais deveria ter tudo isso. E para piorar é mais caro que o seu "muso" inspirador e arquirrival, o BMW X6, que custa R$ 375.450. Outros três concorrentes também são mais baratos, como o recém-chegado Jaguar F-Pace (R$ 363.500), Range Rover Sport (R$ 393.500), Volvo XC90 (R$ 319 mil) e o Audi Q7 (R$ 321.190), que não possuem o estilo de jipe-cupê, mas o Jaguar está próximo disso.
Pontos Fortes
+ Estilo
+ Acabamento
+ Porta-malas
+ Motor
+ Desempenho
Pontos Fracos
- Preço
- Consumo
- Frenagem
- Ruído
FICHA TÉCNICA
Origem: Alemanha
Motor: Seis cilindros em V, longitudinal, 24 válvulas, biturbo, injeção direta de gasolina, 2.996 cm³
Potência: 333 cavalos
Torque: 48,9 kgfm a 1.600 rpm
Câmbio: automático de nove marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,4 segundos (revista Quatro Rodas)
Retomada de 80 a 120 km/h: 4,3 segundos (Quatro Rodas)
Velocidade máxima: 247 km/h (fabricante)
Consumo: 7,6 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada (Quatro Rodas)
Frenagem 80-0 km/h: 29,3 metros (Quatro Rodas)
Nível de ruído a 80 km/h: 59,4 decibéis (Quatro Rodas)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,90/2,00/1,73/2,92 m
Porta-malas: 650 litros
Tanque de combustível: 47 litros
Preço: R$ 415.900 (GLE400 Coupé) / R$ 425.900 (GLE400 Coupé Night)
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