TEXTO: MÁRIO COUTINHO LEÃO | FOTOS: FIAT
Apesar da provocação feita pela Renault em
outdoors a Fiat fez bem em lançar a Toro depois. Algo como “faça primeiro ou
faça melhor”. Só pelas duas grandes vantagens, que são a possibilidade do motor
a Diesel e o câmbio automático, ausente na rival de origem francesa. O visual é
controverso, mas tachá-la de bonita ou feia é subjetividade que pode gerar
longas conversas na mesa do restaurante ou mesmo aquelas intermináveis “trêtas de
feicibúqui”. Na dúvida, diga que ela tem um look exótico.
Seus quase cinco metros de comprimento
(4,91m para ser exato) são claramente mais longos que os 4,47 da Fiat Strada. Considerando
os 55 centímetros
da dupla abertura elétrica da caçamba chegamos aos 5,46 metros !! Lembrando
dos 1,84 metro
de largura é que a preocupação com as vagas de prédios e shoppings começa a
tomar vulto. Superando essa primeira surpresa, vamos ao que interessa, que é o
comportamento da novidade Fiat no segmento de utilitários. Para essa avaliação
dupla nós do GUSCAR escolhemos os extremos do catálogo: A versão flex 4X2 (por
ora apenas automática) e a diesel 4X4 automática de nove marchas. As diferenças
entre elas são bem mais complexas que os R$40.000 que as separam.
Primeiro a flex AT6, mais convencional. Se você já andou ou já leu a respeito do Jeep Renegade com esse conjunto motriz, fique tranqüilo. A letargia e falta de alegria é a mesma, apesar dos 7cv e 0,4 mkgf de torque a mais que o mesmo E-torq 1,75-litro utilizados
A versão a Diesel repete a receita mecânica
do Renegade. Motorzão torcudo movido a óleo que “enforca” em giros altos. Não é
ruim, mas a dinâmica não faz juz ao elevado preço. A transmissão salva bem essa
falta, com trocas suaves e até ágeis. Ruído só desagrada em ultrapassagens, mas
é só. Kit de chassi (direção, suspensão e freio) dão conta do recado, sem
grande destaque positivo. Se a tocada não chega no nível de uma Amarok, ao
menos não há os sacolejos de uma S-10, para contextualizar melhor.
Finalizando, há claros benefícios neste
meio-termo mercadológico e técnico. Mais espaço que as pequenas, melhor
comportamento dinâmico que as grandes. Só o preço que ficou bem acima das
expectativas. A Diesel tem opção de câmbio manual, mas só trataremos do assunto
quando a Fiat resolver lançar a versão mecânica do motor flex.
Números de Fábrica
Fiat Toro Freedom 1.8 AT6 4X2 - 2017
Preço
Sugerido: R$76.500
Velocidade
Máxima: 175 km/h
Consumo
Cidade: 5,8 (A) / 8,3 (G) km/litro
Consumo
Estrada: 7,4 (A) / 10,5 (G) km/litro
Proporção
de autonomia Álcool x Gasolina: 70,2%
Fiat
Toro Volcano 2.0 TD AT9 4X4 - 2017
Tabela
FIPE: R$116.500
Velocidade
Máxima: 188 km/h
Consumo
Cidade: 9,4 km/litro (Diesel)
Consumo
Estrada: 12,9 km/litro (Diesel)
Proporção
de autonomia Álcool x Gasolina: 69,2%
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