TEXTO E MEDIÇÕES: MÁRIO COUTINHO LEÃO | FOTOS: DIVULGAÇÃO E DO AUTOR
Finalmente uma opção à Kawasaki Ninja 1000. A mesma "patada" mas com suavidade e conforto para garupa. Assento largo, posição de pilotagem relaxada e muita força em qualquer marcha logo que passam as 5.000 rpm. Pinças de freio Brembo com ABS fecham as credenciais para uma boa jornada. Embora a Suzuki tenha um apresença tímida no mercado por culpa da empresa que a representa no País (JTA), alguns importadores independentes perceberam que a marca tem potencial e produtos convincentes.
No lugar de tentar brigar por segmentos mais baratos, a decisão dos novos empreenderores é focar nos nichos de cercado com clientes mais exigentes e, claro, mais abonados. Daí a estratégia de ficar "acima dos R$40.000", de acordo com os lojistas que apresentaram a nova GSX-S 1000F. A ideia é colocá-la R$3.000 abaixo dos R$54.000 da Kawasaki Ninja 1000.
Nos primeiros quilômetros rodados já se percebe que a atitude da motocicleta é pouco mais esportiva e afiada que a rival da Kawasaki. A proteção aerodinâmica da bolha e a carenagem ligeiramente mais larga e abaulada garante fluxo de ar mais afastado do corpo do piloto e garupa. Sem exagero, são as mesmas diferenças nítidas que existem em uma comparação direta entre a Suzuki GSX-R 1000 e a Kawasaki ZX-10R. Dexempenho de Kawasaki com conforto e suavidade de Suzuki. O uso dos pneus Bridgestone Battlax Hypersport S20 (o mesmo das Super Bikes) reforça o lado mais arisco de pilotagem.
Freios com modularidade limitada, mas o ABS tem atuação progressiva e as paradas não sofrem trancos ou desvios. A potência de frenagem é adequada e, mesmo abusando da velocidade no Kartódromo, não houve sinal de fadiga no sistema, nem alteração do curso do manete (freio dianteiro) ou do pedal (freio traseiro). O gerente da loja não gostou da idéia de levarmos uma das motos do show room para a pista de teste mas concordou em ceder uma versão sem carenagem para os números de teste. Desta forma, a comparação foi feita com a Kawasaki Z1000.
Andar em marchas altas e rotações baixas é pouco mais fácil na Kawasaki. MAs se a ideia for "enrolar o cabo", a Suuzki impressiona mais. Na arrancada de quilômetro ela conseguiu abrir quase 1 segundo de vantagem e mais 5 km/h na velocidade máxima. O consumo é idêntico. A ciclística é igualmente ótima em ambas motos, com freios e suspensões trabalhando de forma previsível e competente.
Talvez o maior desafio da JTA seja conseguir divulgar as qualidades das novas motos. A postura mais agressiva de mercado da Kawasaki deverá ser seguida por mais fabricantes e importadores. É isso.
.: Suzuki GSX-S 1000F ABS - 2016 :.
Kartódromo Itororó
Power Lap: Não Aferida
Circuito VELO CITTÁ
Power Lap: Não Aferida
Campo de Provas ZF-TRW
0 a 50 km/h: 1,7 segundos - 13,4 metros
0 a 100 km/h: 3,7 segundos - 67,8 metros
0 a 100 km/h: 7,9 segundos - 285,7 metros
0 a 200 km/h: 10,6 segundos - 381,0 metros
0 a 1.000 metros: 20,5 segundos - 239,5 km/h
50 a 100 km/h (6ª): 4,4 segundos - 92,5 metros
Velocidade Máxima (6ª): 241,1 km/h - 0,01g**
**Velocidade Máxima Possível: 241,6 km/h
Consumo Médio: 15,5 km/l - 6,5 L/100km
.: Kawasaki Z1000 ABS - 2016 :.
Kartódromo Itororó
Power Lap: 1m18s00 - 165 km/h
Circuito VELO CITTÁ
Power Lap: 1m02s40 - 188 km/h
Campo de Provas ZF-TRW
0 a 50 km/h: 1,5 segundos - 11,8 metros
0 a 100 km/h: 3,8 segundos - 74,5 metros
0 a 100 km/h: 8,7 segundos - 301,5 metros
0 a 200 km/h: 11,6 segundos - 402,0 metros
0 a 1.000 metros: 21,4 segundos - 231,4 km/h
50 a 100 km/h (6ª): 4,1 segundos - 85,2 metros
Velocidade Máxima (6ª): 236,5 km/h - 0,02g**
**Velocidade Máxima Possível: 238,0 km/h
Consumo Médio: 15,5 km/l - 6,4 L/100km
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