TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Este é o verdadeiro Chevrolet Cruze de segunda geração. Não que o modelo apresentado no Salão de Pequim do ano passado e que foi mostrado aqui no Guscar seja o falso. É que ele é voltado para os mercados asiáticos. O Chevrolet Cruze ocidental que eu apresento agora tem linhas mais arrojadas.
Se a versão chinesa tem aparência coreana, o modelo norte-americano, apresentado ontem, parece mais europeu. A frente é mais bicuda. A grade fina mais curvada. Os faróis têm desenho recortado e trazem xenônio e LEDs. O do chinês é elíptico. A grade maior no para-choque também é trapezoidal, mas o para-choque é mais musculoso.
Cruze chinês |
As janelas também são em arco, mas vão até o final da lateral traseira, formando uma ponta. No entanto, esta ponta é cega, como no modelo antigo. A traseira é mais curta e estreita, com baixo relevo da tampa do porta-malas menor. As lanternas, também horizontais e com extensão na tampa, também possuem desenho diferente. E há menos cromados. O Cruze chinês é muito parecido com o Kia Cerato. Já o americano segue o estilo adotado nos novos Volt e Malibu, apresentados este ano. Até o novo Camaro foi lembrado.
Cruze chinês |
O interior, contudo, é o mesmo nos dois carros, embora no americano seja preto. O desenho do painel tem o formato cockpit simétrico, tela multimídia de sete polegadas sensível ao toque cercada pelas saídas de ar centrais verticais e quadro de instrumentos destacado, com tela de 4 polegadas entre o velocímetro e o conta-giros. A quantidade de botões foi reduzida.
Enquanto o Cruze chinês encolheu, o americano aumentou sete centímetros no comprimento (agora com 4,67m) e dois na distância entre-eixos, que agora é de 2,70m (era de 2,68m). Isso aumentou em 5,1 cm o espaço para os joelhos no banco de trás.
Na lista de equipamentos de conforto, destaque para o sistema multimídia MyLink compatível com o Android Auto e o Apple CarPlay, além de ter conexão â internet 4G, hotspot WiFi, o serviço de assistência online OnStar (que está chegando ao Brasil no Cruze velho) e bancos traseiros aquecidos. A tela multimídia de oito polegadas será opcional.
Em relação a segurança estão presentes 10 airbags, detector de ponto cego, alerta de tráfego traseiro, assistente de manutenção de faixa, alerta de colisão dianteira, monitoramento de pressão dos pneus, faróis com acendimento automático e cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes.
O motor 1.4 com turbo e injeção direta já deixou de ser uma novidade. Ele também está presente no Cruze chinês, mas no americano é mais potente (155 contra 150 cavalos). O torque é de 24,4 kgfm. Além disso, o Cruze brasileiro da atual geração também receberá o propulsor nos próximos meses. Outro motor que vai equipar o novo Cruze é o 1.5 aspirado e injeção direta de 115 cavalos e 14,9 kgfm, também presente no asiático. Em breve, também chegarão um 1.6 e um 2.0 movido a diesel. O câmbio será manual ou automático de seis marchas. O 1.5 terá cinco.
O Cruze 1.4 Turbo acelera de 0 a 100 km/h em 8 segundos. Já o consumo é de 17 km/litro. A economia foi possível pelo sistema start-stop e a utilização de alumínio no bloco do motor e materiais leves na carroceria e na plataforma. O peso foi reduzido em 113 kg.
A segunda geração ocidental do Cruze começa a ser vendida nos Estados Unidos do ano que vem, nas versões L, LS, LT, Premier e a esportiva RS, com aletas da grade verticais, spoiler traseiro e faróis escurecidos. As rodas terão entre 15 e 18 polegadas. Gente bem informada da imprensa garante que ele chega ao Brasil no final do ano que vem, importado da Argentina. Só falta a General Motors daqui negar a sua vinda.
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