TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Três anos passaram voando para a Ford Ranger. Parece que foi ontem que ela conheceu a sua atual geração. Mas chegou a vez do seu face-lift.
A picape média já abandonou oficialmente (por enquanto apenas na Tailândia e na Austrália) os faróis quadradinhos e a grade estilo lâmina de barbear, um resquício do velho sedã Fusion. Agora o conjunto ótico é horizontal, com duplos refletores destacados, sobreposto pela grade hexagonal cromada fosca. Na verdade, os três frisos continuam, mais espaçados e flutuantes. São formados por um inferior, o central que nem chega a ocupar toda a moldura (o efeito da entrada de ar nos cantos remete a outros utilitários da Ford) e a parte superior do hexágono, que continua com a assinatura do modelo em baixo relevo.
Modelo 2013-2015 |
O estilo, mais agressivo, foi inspirado no utilitário Everest, que se especulou por aqui mas parece que não vem mais. A traseira não mudou praticamente nada.
Ford Everest |
Modelo 2013-2015 |
A Ford pretendeu ir além de um mero face-lift. O interior foi modernizado com tela multimídia maior e mais colorida, mas as formas do painel foram simplificadas: apenas com a faixa prateada fosca na área do passageiro, a tela de toque cercada pelos difusores centrais e verticais de ar (com molduras cromadas), com um discreto relevo na parte superior, ao lado do quadro de instrumentos, agora com velocímetro e dois clusters digitais ao redor, seguindo o conceito do Fusion. Nas extremidades, mais saídas de ar e detalhes prateados, que se estendem até as portas. Na parte de baixo o gabinete com comandos do som, funcionais do carro e do ar condicionado se unindo ao console onde ficam mais comandos, a alavanca do câmbio, porta-objetos e descansa braço.
2013-2015 |
A picape também ganhou atualizações na capacidade de carga e nos equipamentos como o novo sistema de conectividade Ford SYNC 2, sistema de auxílio de manutenção em faixa, piloto automático adaptativo, monitor de incapacidade súbita do motorista, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sistema Start-Stop e novo sistema de assistência elétrica da direção.
Os motores, no entanto, tiveram poucas mudanças. O diesel cinco cilindros 3.2 Turbo Diesel Duratorq TDCi apenas recebeu upgrades como novo sistema de exaustão, que melhorou a eficiência em 18%. A potência se manteve nos 200 cavalos e o torque em 47,0 kgfm. O quatro cilindros 2.2L Duratorq TDCi diesel ganhou 10 cavalos de potência e um quilo de torque, passando a 160 cavalos e 38,5 kgfm. Como a nova Ranger foi apresentada no exterior, ainda não foram divulgadas mudanças no quatro cilindros Duratec a gasolina, que aqui no Brasil também pode ser abastecido com álcool. O câmbio continua com opções manual e automática de seis velocidades.
A nova Ranger será lançada no Brasil no final do ano, ainda importada da Argentina (em 2015 completam-se 20 anos da sua chegada ao país), onde é fabricada na unidade de Pacheco, que também abastecerá outros países da América Latina. A picape da Ford também é produzida na Tailândia (Rayong, para os mercados da Ásia e Austrália) e na África do Sul (Silverton - Pretória, para a própria África e Europa).
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