TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
A Datsun foi criada em 1931, como porta de entrada para quem pretendia comprar o seu primeiro automóvel no Japão. Mas foi nos Estados Unidos e com uma série de cupês esportivos terminados em Z que a marca ficou famosa nos anos 70, pois representava a Nissan no país norte-americano.
Trinta anos depois da sua extinção, a Datsun foi reativada pelo agora grupo Renault-Nissan. Recomeça novamente oferecendo carros mais baratos, mas o seu foco no século XXI será nos mercados emergentes, como Índia, Indonésia, África do Sul e Colômbia. O primeiro modelo foi apresentado na última semana: o Go.
É um hatch compacto construído sobre a plataforma do March, com quem divide algumas medidas, como o comprimento de 3,78m, a distância entre-eixos de 2,45m e a largura de 1,67m. O Go só é mais baixo: tem 1,48m de altura contra 1,53m do primo. Visualmente ele se identifica pela grade em formato de diamante e os faróis pentagonais. A lateral tem linhas retas, com uns quatro vincos, inclusive no recorte das janelas, sombreadas por um falso vidro vigia. A traseira é levemente inclinada e com lanternas retangulares nos cantos.
Por se tratar de um carro acessível, o interior é bem simples, apesar do painel moderno, com o suporte da alavanca de câmbio manual de cinco marchas integrado ao console central proporcionando um assoalho plano. O quadro de instrumentos só tem o velocímetro, um display e um marcador. O porta-luvas não tem tampa e nas portas não há nenhuma tira de tecido, mas um pequeno porta-garrafa. O tecido economizado foi parar entre os bancos dianteiros, criando uma falsa impressão de banco inteiriço e para três lugares. Não foram divulgadas fotos do banco traseiro, mas o que parece acomodar seis passageiros só deve comportar quatro. O motor será um 1.2. A potência ainda não foi divulgada.
O Datsun Go começa a ser vendido na Índia no início do ano que vem. Tem preço estimado em 400 mil rúpias ou aproximadamente US$ 6.700, pouco mais 15 mil reais. Por falar no Brasil, o Go não deve vir tão cedo.
É que a Nissan pretende estabelecer a sua marca no país com a inauguração da sua fábrica em Resende, aqui no estado do Rio de Janeiro, na mesma época em que estiver ganhando as ruas indianas. Mas seria uma boa opção para ficar abaixo do March. Desde que mude o nome para não confundir com o velho líder de mercado Volkswagen Gol. Vai ter briga se vier.
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