Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
O filme Herbie, meu Fusca Turbinado marcou o renascimento do Fusca de vida própria no cinema. E é turbinado que o Fusca ressuscita pela terceira vez no Brasil. A primeira, em 1993, foi o relançamento do besouro original, por sugestão do saudoso ex-presidente Itamar Franco. A segunda, com o New Beetle, que deu outro perfil ao velho sedan nascido para ser o carro do povo no final dos anos 40. E a terceira é a reestilização do New Beetle, que a Volkswagen mundial, por estratégia de marketing, autorizou as suas filiais a reviverem os nomes locais do velho besouro, como Vocho, Maggiolino, Coccinelle, Carocha, etc.
E assim, a segunda geração do New Beetle agora se chama Fusca em nosso país. O velho motor 2.0 da releitura anterior, que é usado até hoje no Jetta, deu lugar a um de mesma cilindrada, com turbo e injeção direta, que lhe dá 200 cavalos de potência.
A carroceria arredondada do New Beetle, preferido das mulheres, ficou mais agressiva e reta, principalmente na junção do teto (mais baixo) com o para-brisa, que agora está menos inclinado, como no Fusca original. A altura, aliás, caiu de 1,50 para 1,49m. Os faróis continuam redondos, mas agora têm luzes diurnas de LED (opcionais). Já as lanternas ficaram maiores e semi-ovaladas, mas permanecem nos salientes para-lamas, dando um toque de Porsche na traseira. A largura aumentou de 1,72m para 1,81m e o comprimento de 4,13m para 4,28m.
O interior ficou mais sofisticado, caprichado e esportivo. O volante tem base achatada. O quadro de instrumentos continua arredondado, mas está maior, com o velocímetro e o computador de bordo no centro, cercados, em menor tamanho, pelo conta-giros e o marcador de combustível.
O painel reto, mais próximo do para-brisa e com o porta-luvas embutido, lembra o modelo tradicional. Os detalhes modernos são o revestimento de plástico imitando fibra de carbono, o segundo porta-luvas na parte baixo, o trio de instrumentos analógicos no alto (cronômetro, manômetro do turbo e termômetro do óleo) e o sistema multimídia com navegador comandado por toque (opcional). Em contrapartida, perdeu o arco rígido conhecido como "pqp", presente até no New Beetle. Aliás, o painel arredondado e horizontal deste modelo foi embora junto com o vasinho de flor. O Novo Fusca agora é carro para "macho". Mas a alcinha em casa coluna das portas permanece.
O painel reto, mais próximo do para-brisa e com o porta-luvas embutido, lembra o modelo tradicional. Os detalhes modernos são o revestimento de plástico imitando fibra de carbono, o segundo porta-luvas na parte baixo, o trio de instrumentos analógicos no alto (cronômetro, manômetro do turbo e termômetro do óleo) e o sistema multimídia com navegador comandado por toque (opcional). Em contrapartida, perdeu o arco rígido conhecido como "pqp", presente até no New Beetle. Aliás, o painel arredondado e horizontal deste modelo foi embora junto com o vasinho de flor. O Novo Fusca agora é carro para "macho". Mas a alcinha em casa coluna das portas permanece.
Bancos esportivos e acabamento em couro são opcionais. Um ponto fraco é o espaço interno apertado para os dois únicos passageiros que vão atrás, mesmo com o aumento da distância entre-eixos de 2,52 para 2,54m. O porta-malas tem capacidade para 310 litros.
A suspensão agora é independente nas quatro rodas e tem um diferencial de deslizamento limitado, chamado XDS, que monitora as informações dos sensores de roda e detecta qualquer derrapagem, acionando automaticamente o freio para desacelerar a roda interna em uma curva.
O motor 2.0 TSi, com turbo e injeção direta de gasolina, tem 200 cavalos, como já disse, e 28,5 kgfm de torque, alcançado logo a 1.700 rotações por minuto. O câmbio automatizado DSG de dupla embreagem e seis marchas é opcional. Com ele, o Fusca acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e tem velocidade máxima de 210 km/h. O consumo é muito bom: 9,7 km/litro na cidade e 13,1 km/l na estrada. Os números são da revista Quatro Rodas.
Além do motor 2.0 turbo, o Novo Fusca com câmbio manual, também de seis marchas, traz de série ar condicionado manual, direção hidráulica, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controles de estabilidade (ESC) e tração, freios antitravamento (ABS), assistente de partida em rampa, coluna de direção com regulagem de altura e distância, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, iluminação da cabine com três opções de cor, porta-luvas superior refrigerado, bancos em couro, aerofólio traseiro e rodas de liga-leve de 17 polegadas. Tudo isso por salgados R$ 76.600.
E o novo Fusca vai ficando mais caro a cada vez que fica mais interessante. Equipado com o câmbio DSG Tiptronic o preço sobe para R$ 80.990. Somando as rodas de liga-leve de 18 polegadas com dispositivo antifurto (R$ 2.050), o pacote com interior em couro e bancos esportivos aquecíveis (R$ 4.190), filetes de LED nos faróis e luz da placa (R$ 3.680), teto solar panorâmico elétrico e luzes de leitura indireta (R$ 2.900), sistema de partida sem chave (R$ 1.656), navegador (R$ 2.325), sistema de som Fender com 10 canais, potência de 400 watts e cabo USB (R$ 1.630), ar condicionado digital, sensor de chuva e volante multifuncional (R$ 2.850), já ultrapassa os 100 mil reais.
A pintura metálica custa R$ 976 e tem as opções Azul Recife, Cinza Platinum, Marron Toffe, Prata Moon Rock e Prata Sargas. Quem escolher a perolizada Preto Mystic paga R$ 1.440. As opções sólidas são Amarelo Saturno, Azul Denim, Branco Cristal (que até é uma cor da moda e ajuda a economizar), Preto Ninja e Vermelho Tornado. Com a pintura perolizada o novo Fusca custa mais de 103 mil reais. O novo besouro também pode ser personalizado com adesivos decorativos.
O novo Fusca já não é mais o carro do povo e seu custo-benefício não é tão bom por causa dos muitos opcionais. Mas não é o pior. Concorrendo agora no segmento de carros de imagem, a versão básica do besouro é mais cara que o Mini Cooper One (R$ 69.950) e o Fiat 500 Cabrio completo (R$ 62.835). Mas custa menos que o Citroën DS3 (R$ 79.900). O Audi A1 Attraction duas portas, vendido a R$ 93 mil, é mais barato que o Fusca completo, mas tem tantos opcionais que ultrapassa o Volks.
Se você tem dinheiro sobrando na conta bancária, inclusive para a versão completa, poderá comprar, de verdade, um Fusca turbinado de série. A Lindsay Lohan, infelizmente, não está na lista de opcionais.
Pontos Fortes
+ Estilo
+ Acabamento
+ Motor
+ Desempenho
+ Consumo
Pontos Fracos
- Preço
- Muitos opcionais
- Espaço interno
Pontos Fortes
+ Estilo
+ Acabamento
+ Motor
+ Desempenho
+ Consumo
Pontos Fracos
- Preço
- Muitos opcionais
- Espaço interno
FICHA TÉCNICA - VOLKSWAGEN FUSCA 2.0 TSI
Motor: Quatro cilindros, transversal, 16 válvulas, turbo, injeção direta de gasolina, 1.982 cm³
Potência: 200 cavalos
Aceleração de 0 a 100 km/h: 7,3 segundos
Velocidade máxima: 210 km/h
Consumo: 9,7 km/l na cidade e 13,1 km/l (Quatro Rodas)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,28/1,81/1,49/2,54 m
Porta-malas: 310 litros
Tanque: 55 litros
Preço: R$ 76.600 (manual) / R$ 80.990 (DSG seis marchas básico)
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