TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


O interesse pelos crossovers compactos não é exclusividade de marcas populares como Ford (Ecosport), Renault (Captur), Dacia (Duster), Peugeot (2008), Chevrolet (Tracker) e Volkswagen (Taigun). As alemãs da categoria premium também estão investindo intensamente no gênero há alguns anos, embora derivados de hatches médios e não de compactos.

A primeira foi a BMW, com o X1, que já está se encaminhando para a sua segunda geração, baseada no novo Série 1. Há dois anos a Audi apresentou o Q3, derivado do A3. Agora é a vez da Mercedes-Benz apresentar, no próximo Salão de Frankfurt, o inédito GLA, que começa a ser vendido por lá no início do ano que vem e chegará ao Brasil no segundo semestre de 2014, podendo até ser fabricado aqui em 2015.


O GLA é o quarto modelo a utilizar a plataforma do Classe A, chamada MFA. Além do hatch esportivo original, já foram lançados o monovolume Classe B e o sedã CLA. A carroceria tem linha de cintura alta, cantos arredondados, vários vincos e grade avançada de contornos grossos com faróis elípticos, seguindo o exemplo dos irmãos. A diferença está nos para-choques reforçados. O comprimento de 4,41m se coloca entre o Q3 (4,39m) e o X1 (4,47m). A largura é de 1,80m de altura e a altura, 1,49m. 


O interior é idêntico ao do Classe A e do CLA, principalmente no painel de desenho minimalista com faixa em fibra de carbono ou imitando madeira e as três saídas de ar circulares com formato de turbina. O porta-malas tem capacidade para 421 litros, podendo ser aumentado para 481 com a inclinação do encosto do banco traseiro e 836 litros com o rebatimento dos bancos. 


Como todo carro de luxo, equipamentos de segurança não podem faltar, mesmo que já estejam sendo usados por carros de outras marcas. Assim, o GLA terá detector de fadiga, frenagem automática em relação ao veículo da frente (desde que esteja até 20 km/h), assistência de manutenção na faixa e detector de ponto cego nos retrovisores externos. 


Na mecânica, o GLA começa no mercado europeu com o mesmo motor 1.6 a gasolina com turbo e injeção direta do Classe A vendido no Brasil, que rende 156 cavalos. A versão com ele será chamada de GLA 200. A GLA 250 terá um 2.0 de 211 cavalos. Entre os diesel, as versões são a 200 CDI e 220 CDI, ambas com um 2.2 com 136 e 170 cv, respectivamente.

Os GLA 250 e 220 CDI têm tração integral chamada 4MATIC com modo de transmissão off-road, controle de velocidade em descidas e o sistema COMAND Online com informações na tela multimídia sobre a inclinação da carroceria e ângulo de giro das rodas. 


As versões GLA 200 e 200 CDI com tração dianteira terão câmbio manual de seis marchas. As demais o automatizado de dupla embreagem e sete velocidades. 

Performance elevada e consumo baixo serão duas qualidades dinâmicas do GLA.  O 250, por exemplo, acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e alcança 233 km/h. Já o 200 CDI andará cerca de 23,2 quilômetros com um litro de diesel. 

O GLA, obviamente, não tira de linha o quadradíssimo GLK, que agora vai concorrer com o BMW X3, o Audi Q5 e o Volvo XC60. Mas agora a Mercedes voltará a ter um crossover ousado, bonito e atraente, o que não acontecia desde a segunda geração do ML.