TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO 

A nova geração do Hyundai i30 já foi mostrada no final de outubro, aqui no Guscar. Na época eu disse que o hatch médio era esperado para janeiro, embora algumas previsões mais pessimistas apostassem que ele só chegaria em junho ou julho.

Os otimistas estavam certos. De fato, o novo i30 começou a sua pré-venda no primeiro mês do ano. Mas somente agora está oficialmente à venda no mercado brasileiro, com os compradores que o encomendaram recebendo o seu carro.

Pena que vai ser difícil o i30 repetir a façanha do modelo anterior, que foi o mais vendido do seu segmento no país. A segunda geração começa custando R$ 75 mil, quase 20 mil reais mais cara que a antiga versão.


Em compensação, ele vem bem equipado na chamada opção Completa: duplo air-bag dianteiro, freios ABS, faróis de neblina, computador de bordo, sistema multimídia integrado ao painel com GPS integrado, DVD, direção com assistência elétrica com três níveis de ajuste no sistema Flex Ster, rodas de 17 polegadas de alumínio, retrovisores rebatíveis eletricamente, sensores de estacionamento traseiro e volante - com ajuste de altura e alcance - do tipo multifuncional, incorporando os controles do sistema de som e da conexão com o telefone celular.


O nível Completíssimo custa R$ 85 mil e adiciona teto solar, controles eletrônicos de estabilidade e tração, airbags laterais e de cortina, revestimento de bancos e volante em couro, freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado automático com duto para a traseira, banco do condutor com ajustes elétricos, faróis de xenônio com autoacendimento e botão de partida.

O novo  i30 tem linhas retas, mas o conceito de escultura fluída, característico da Hyundai, está nas formas dos faróis, vincos laterais e extensões das lanternas horizontais (eram verticais, invadindo o vidro traseiro). Quem não conhecia o novo i30 vai achar que ele é cópia do compacto HB20, mas foi o hatch nacional quem se inspirou no médio importado, apresentado em 2011.


Seu comprimento é de 4,30m e a largura 1,78m, maiores até que o i30 antigo. A altura, no entanto, baixou para 1,49m. A distância entre-eixos foi mantida em 2,65m. 

O interior do i30 é mais caprichado e sofisticado do que o HB20, com muitos detalhes em alumínio. Mas o plástico também domina o ambiente. O espaço interno melhorou com o quase nivelamento do assoalho e acomoda bem três adultos. Já o  porta-malas tem capacidade para 378 litros. Antes tinha 340.


Outro defeito do novo i30, além do preço, é a troca do motor 2.0 16v pelo 1.6 16v Flex de 122 e 128 cv, o mesmo do HB20. O problema é que o compacto pesa 1 tonelada com câmbio automático, enquanto o i30 pesa 1.210 kg. A vantagem do médio é que a transmissão é automática de seis marchas e de série, enquanto que o HB20 tem apenas 4 marchas no câmbio sem embreagem. 

A Hyundai CAOA, que importa e cuida do pós-venda do novo i30, planeja trazê-lo com o motor Flex 2.0 usado no utilitário ix35. Mas seu preço, que antes o levava â liderança do mercado, agora o coloca em pé de igualdade com o também caro Chevrolet Cruze Sport6.