O utilitário esportivo Kia Sorento foi lançado mundialmente em 2002, para se posicionar acima do então compacto Sportage, que ainda estava na primeira geração. Com o crescimento deste, o Sorento se tornou um médio-grande. Ganhou novas gerações em 2009, 2014 e agora em 2020.


Primeira geração (2002-2009. No Brasil a partir de 2004)




O primeiro Sorento tinha carroceria sobre chassi, com 4,57m de comprimento, 2,71m de distância entre-eixos e estilo de cantos mais arredondados, terceira janela lateral depois da coluna na cor do carro, grade trapezoidal ainda sem o conceito nariz de tigre e faróis trapezoidais. As lanternas traseiras eram verticais também trapezoidais. Só chegou ao Brasil, em 2004, com motor V6 3.5 de 197 cavalos, câmbio automático de quatro marchas e tração integral. Pouco tempo depois, a Kia também trouxe a versão com motor 2.5 turbodiesel de 140 cavalos. Ainda levava somente cinco passageiros. Após um discreto face-lift na grade, faróis e para-choques, o motor turbodiesel passou a 170 cavalos e o V6 passou a ser um 3.8 de 267 cavalos.


Segunda geração (2009-2014. No Brasil em 2010)




Na segunda geração, lançada mundialmente em 2009 (no Brasil no ano seguinte), o Sorento foi desenhado pelo alemão Peter Schreyer e adotou a tal grade felina, com um traço horizontal em cima e em baixo, além de linhas retas, com o terceiro vidro lateral mais próximo ao segundo. O comprimento subiu para 4,68m, mas a distância entre os eixos foi reduzida para 2,70m. Veio com motores a gasolina de quatro cilindros 2.4 de 16v e 174 cavalos e V6 3.5 de 278 cv. Tinha opção de sete lugares, mas a tração integral também passou a ser opcional.




Apesar de ser equipado com dez airbags, ar condicionado digital, banco do motorista com regulagem elétrica, retrovisores externos rebatíveis eletricamente e câmera de ré, os primeiros Sorento de segunda geração vendidos no Brasil não traziam sistema multimídia. As imagens da traseira eram projetadas no retrovisor interno. Só depois do face-lift, que chegou em 2013, que a tela colorida tátil foi incluída no centro do painel. A pequena reestilização só mudou o para-choque dianteiro, deixando a moldura das luzes de neblina verticais e criou um novo prolongamento das lanternas traseiras, mais horizontal, na tampa do porta-malas.


Terceira geração (2014-2020. No Brasil em 2015)




A terceira geração, de 2014 (aqui em 2015) voltou a ter linhas mais arredondadas e grade mais vertical e  proeminente, com filetes tracejados e discretamente cromados. Os faróis ficaram maiores, com luzes diurnas de LED e menos diagonais. As luzes de neblina se tornaram trapezoidais. Na lateral, a caída final da janela se tornou mais arredondada e na traseira, as lanternas passaram a totalmente horizontais. O comprimento passou para 4,78m e a distância entre-eixos para 2,78m. Por dentro, o painel ficou mais horizontal, com a tela multimídia mais retraída entre as saídas de ar centrais. O quadro de instrumentos deixou de cobertura redonda para ter tela eletrônica no miolo do velocímetro.

Ele continuou com a opção de sete lugares, mas perdeu quatro dos dez airbags que tinha e a tração integral, retomada no face-lift de meia vida. Mesmo assim, era equipado com tampa do porta-malas com abertura e fechamento elétricos por aproximação, ar condicionado digital de duas zonas, com saída para a segunda fileira, banco do motorista com ajuste elétrico de dez posições, memória e extensor de joelhos, entrada e partida sem chave e por botão de partida, freio de estacionamento elétrico, faróis de xenônio direcionais, piloto automático, bancos em couro, sistema multimídia com GPS, rádio, MP3, Bluetooth e câmera de ré, detector de ponto cego nos retrovisores, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, seis airbags e teto solar panorâmico.

O motor V6 também foi reduzido para 3.3 de 270 cavalos. O câmbio automático de seis marchas com comando manual na alavanca foi mantido da geração anterior. 




Em 2018, a terceira geração ganhou um face-lift que deixou a grade com os traços cromados nos filetes mais intensos, mudou o recorte do para-choque, da disposição dos faróis de neblina e o arranjo das luzes das lanternas traseiras. Voltaram o motor 2.4, dois cavalos menos potente (172 cv) e a tração 4x4. Já o motor V6 voltou a ser 3.5 e ganhou 10 cavalos de potência e o câmbio automático, somente desta motorização, passou a ter oito marchas. O modelo ganhou equipamentos como detector de ponto cego, chave presencial e carregador de celular sem fio.


Quarta geração (2020)


A quarta geração foi apresentada antes de um momento dífícil no mundo: a pandemídia, digo, pandemia de coronavírus, criada pela China e a imprensa em ano eleitoral norte-americano para impedir a reeleição do Presidente Donald Trump e derrubar o capitalismo. Com a produção mundial de veículos parada e as concessionárias fechadas, juntamente com o comércio, pela quarentena imposta por governos dispostos a implantar o comunismo, ficou difícil prever o início das vendas no exterior e a sua vinda para o Brasil. 


A nova geração ficou mais reta, com grade maior e novamente integrada aos faróis, agora mais retangulares, um broto de coluna na lateral e lanternas voltando a ser verticais. O comprimento agora é de 4,81m e a distância entre-eixos de 2,81m. No interior, tela multimídia destacada e horizontal de dez polegadas, botão do câmbio automático giratório, quadro de instrumentos eletrônico e muitos equipamentos de tecnologia como internet a bordo, programador de velocidade ativo que freia o carro automaticamente e sistema de estacionamento automático que movimenta o carro sozinho ao destravá-lo. 

Terá motorização híbrida (motor 1.6 turbo T-GDi de 180 + elétrico de 60 cavalos + bateria de 1,49 kWh, resultando numa potência combinada de 230 cv) e turbodiesel 2.2 litros CRDi de 201 cv. 


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO