TEXTO: MÁRIO COUTINHO LEÃO | FOTOS: NISSAN

Xtronic CVT, esse é o nome da maior novidade da Nissan para o motor 1,6-litro do Versa. Como a única alteração mecânica é o câmbio, focamos nele nesse impressões ao dirigir. Ao decidir fazer o carro sem embreagem, a engenharia da marca abriu mão da caixa automática convencional de quatro marchas usada na argentina e partiu para o sistema continuamente variável com conversor de torque. Houve preocupação com a redução de peso, tamanho e atrito interno, assim como o uso de uma bomba 30% menor e calibração para o menor consumo de combustível possível. Não pudemos rodar no nosso trajeto padrão, por isso consideramos os números apurados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Considerando as médias com etanol e gasolina, o lançamento gasta apenas 4,2% a mais de combustível que o equivalente com câmbio manual de cinco marchas.



Aproveitamos o trecho de teste para medir a diferença na arrancada e na velocidade máxima entre os dois câmbios. Com um acelerômetro digital G-tech Pro SS, a perda na prova de 0 a 100 km/h foi de apenas 0,2 segundo. E o GPS acusou 10 km/h em média a menos no automático. Transferindo isso para os números de fábrica, a aceleração e a máxima do mecânico ficam em 10,4 segundos e 187 km/h, contra 10,6 segundos e 177 km/h no CVT. Na prática, a perda do automático só será sentida acima dos 160 km/h, como pudemos comprovar em um tracho livre de rodovia. Consumindo pouco a mais e andando pouco menos, o preço do conforto se resume ao valor pago a mais na compra, algo como R$4.000 acima.


As boas notícias do CVT da Nissan continuam, já que a marca também vai oferecer o sistema ao seu hatch March, também apenas no motor 1,6-litro. A briga será boa e prometemos futurar medições de consumo e comparativo completo pelo Editor Gustavo do Carmo.