TEXTO: GUSTAVO DO CARMO
FOTOS: DIVULGAÇÃO E REVISTA CAR AND DRIVER
Matéria originalmente postada em abril de 2014
Matéria originalmente postada em abril de 2014
O Chevrolet Cruze nasceu, em 2007, de um projeto sul-coreano da subsidiária da General Motors no país asiático, a Daewoo, que batiza o atual sedã médio da GM brasileira de Lacetti. Não parece, mas o Cruze tem muitos traços orientais, mas da década passada. O tempo passou e chegou a hora de dar um novo visual ao modelo global, que também é vendido nos Estados Unidos e Europa.
Os norte-americanos foram tratados como brasileiros (trouxas, mas felizes com um modelo desatualizado) no Salão de Nova York com o lançamento de um simples face-lift do Cruze original, semanas antes da apresentação da sua segunda geração no Salão de Pequim, na China.
O novo Chevrolet Cruze está mais coreano do que nunca. Ficou a cara do Kia Cerato, principalmente nos faróis espichados, no recorte traseiro das janelas laterais e nas lanternas traseiras em forma de asa delta. A caída do teto é próxima de um cupê, dando-lhe mais esportividade às suas novas linhas. O que mais chama a atenção no novo design do Cruze é a gravata dourada da Chevrolet, que foi parar na própria grade superior e não mais na barra divisória, como nos já antigos modelos da marca. É um novo conceito estético já usado no americano Impala.
O painel manteve o conceito estético do anterior, com as saídas centrais de ar cercando a tela multimídia e o quadro de instrumentos individualizado. Mas também ficou igual aos carros da Kia.
Seguindo uma tendência das últimas reformulações, o novo Cruze encolheu. O comprimento diminuiu de 4,68m para 4,56m e a distância entre-eixos de 2,74m para 2,68m. Ainda não foi divulgada a capacidade do porta-malas.
A única informação técnica diz respeito aos motores. O Ecotec 1.8 parece ter sido abandonado. A General Motors entra na onda do downsizing com um moderno propulsor 1.4 de injeção direta e turbocompressor de 150 cavalos. A promessa de consumo é de 14,4 km/l. Haverá outro mais simples, embora com cilindrada maior: um 1.5 de 115 cv. Este com injeção direta, mas aspirado. No câmbio as opções são os já conhecidos manual e o automático de seis marchas e um automatizado de sete velocidades e dupla embreagem, que será exclusivo do motor 1.4.
Dizer que o carro será exclusivo do mercado chinês foi a estratégia usada por muitas marcas no Salão de Pequim para despistar as informações sobre o seu lançamento em nosso mercado e de outros emergentes. Foi o caso do Cruze. Falaram até em lançar o modelo velho com face-lift norte-americano por aqui. Mas gente bem informada anda dizendo que esta nova geração chega sim, no mínimo, no final do ano que vem. Importada da Argentina. Para o nosso país resta a pobreza de só produzir compactos. Pelo menos ainda fabricamos a picape S10 e a utilitária Trailblazer. Por enquanto.
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